quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Mas quando é que se vão embora?

Hoje o serão vai ser passado no sofá com o Calvin, com uma manta, um chá, um livro, um pé partido e uma constipação.
Juro que até convidava mais alguém para passar por cá, mas não tinha onde os sentar pois o sofá, apesar de grande, está cheio e eu cá, uma sumidade nisto da arte de receber, não iria sentar os meus convivas no chão.
Se isto não é um serão com casa cheia, então eu não percebo nada disso das noites bem passadas...

Ok, eu sei que não é de bom tom correr com as visitas, mesmo com as indesejadas, mas já desamparavam a loja, boa?

Halloween

É sabido que não sou fã do Halloween. A minha opinião sobre a festarola continua a ser a mesma que era antes, mas este ano, no dia de Halloween...fui à bruxa. Quer dizer, como uma não chegava fui às bruxas, sim, eram três!
Estavam à porta da escola do Calvin, à frente de três abóboras decoradas a vender o doce que a pequenada andou a fazer. Ao que parece, fazer doce de abóbora é tradição lá escola e aqui a lontra confessa que, assim sendo, este ano a noite das bruxas vai ter outro sabor.

sábado, 27 de outubro de 2012

In Repeat Mode



Well it's a big big city and it's always the same
Can never be too pretty tell me your name
Is it out of line if I were simply bold to say "Would you be mine"?Because I may be a beggar and you may be the queen
I know I may be on a downer I'm still ready to dream
Though it's 3 o'clock, the time is just the time it takes for you to talk.

So if you're lonely why'd you say you're not lonely
Oh you're a silly girl, I know I hurt it so
It's just like you to come
And go you know me no you don't even know me
You're so sweet to try, oh my, you caught my eye,
A girl like you's just irresistible
Well it's a big, big city and the lights are all out
But it's as much as I can do you know to figure you out
And I must confess, my heart's in broken pieces
And my head's a mess
And it's 4 in the morning, and I'm walking along
Beside the ghost of every drinker here who has ever done wrong
And it's you, woo hoo
That's got me going crazy for the things you do

So if you're crazy, I don't care, you amaze meOh you're a stupid girl, oh me, oh my, you talk
I die, you smile, you laugh, I cry
And only, a girl like you could be lonely
And it's a crying shame, if you would think the same
A boy like me's just irresistible

So if you're lonely, why'd you say you're not lonely
Oh you're a silly girl, I know I hurt it so
It's just like you to come and go
And know me, no you don't even know me
You're so sweet to try oh my, you caught my eye
A girl like you's just irresistible

Vota Castelo-Branco

Quando achava que a política em Portugal já tinha batido no fundo do poço do degredo, quando achas que o conceito de político já está ao contrário, distorcido, diria mesmo do mais avacalhado que já se viu, eis que há sempre mais um degrau para descer até o inferno.
Oh mulher homem rapariga moço...tu aí, a quem os fãs empurram para a presidência da Câmara de Sintra, se acabas com as lojas dos chineses, como é que as fashionistas podem postar fotos encostadas à porta da casa de banho com o modelito comprado no "comércio local"? Lá festas com VIP's internacionais, cobrar taxas aos turistas, reabilitar jovens (já agora, se não for pedir muito, podias também reabilitar uns espaços verdes, ok?), tudo bem, agora já não nos bastava a crise ainda tinhas de vir tu arruinar (e desta feita não com as tuas fotos) a moda aqui da malta? Não se faz!
Estou quase, quase a dizer Volta Sócrates, estás perdoado, tal é o medo que sinto!

Cunhada do candidato à presidência da Câmara de Sintra, irmã mais nova de Lady Betty, prepara-se para dar entrevista à TVI na rubrica eleitoral " e o alien sou eu?"

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Today's Mood #47 - Parte II

O desânimo, a frustração, a choradeira, as queixas, o horror, a figurinha à frente do ortopedista quando ele disse que tencionava tirar-me o gesso dia 14. Sim, leram bem 14!
Depois de muitas lágrimas, ranho, queixumes e subornos entre os quais balbuciei coisas tais como "até tenho uma bota na mala a pensar que a ia calçar! E o Calvin? E o trabalho? E a depilação? É que já coxa e mal humorada é dose aturar-me, com pêlos ninguém aguenta! Já nem posso ver a minha casa, até já ando a ver sites de imobiliárias...E a minha ida para Milão fazer um curso a 11?", o médico, não sei se por pena minha ou se por medo, lá concordou em tirar-me o gesso e pôr-me um imobilizador flexível e mais leve.
Continuo sem poder pôr o pé no chão, as muletas e o pauzinho chinês continuam a ser os meus best friends (se bem que é mais uma relação amor-ódio), mas ao menos vou poder vestir mais do que um pijama, fatos de treino e leggigs de lycra (sim, as outras não passavam na bota).

Pelos vistos nem umas pinguinhas. Foi mesmo ao estilo infecção urinária!

Today's Mood #47

Imaginem-se aflitos, muito aflitos, mas mesmo desesperadamente aflitos para fazer xixi. Assim aquela aflição que nos parece que não vamos conseguir dar nem mais um passo. Aquela aflição que ao mesmo tempo que nos deixa afogueados, nos dá arrepios pelo corpo todo (se quiserem juntar o barulho de água a correr ao cenário, tanto melhor). Agora imaginem isto a pé, a caminho de casa, rua fora com o passo acelerado a suplicar a todos os santos para chegarem enxutos à vossa sanita.
À medida que se vão aproximando dela, quando, ao subir as escadas ou no elevador, vão já desapertando o botão das calças para poupar tempo (cada vez mais apertados), quando metem as chaves à porta (oh meu Deus que não me aguento), quando mandam tudo o que trazem com vocês ao chão (inspira...expira...estão quase lá) e vão, num misto de corrida, com passos curtos e meio a rebolar até à casa de banho (ai, ai, aiiiii...impossível de aguentar mais...) e a vêem, ali, limpa e reluzente à espera.
Pois, é mais ou menos isso que eu sinto a escassos momentos de (poder) tirar o gesso que carrego comigo.
A ver se volto aliviada para casa ou se vai ser algo semelhante a chegar lá e na verdade só fazer umas pinguinhas.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

E agora de uma forma mais séria, ou menos fashion, se preferirem

Deixem-me só ver se eu entendo.
Ora então, aproveitar promoções em que se pode gastar menos 50% do valor habitual em comida é brega, é coisa do povo, é foleiro e é tipicamente uma coisa do portuguesinho pelintra e fura promoções, que mata e esfola por uns talões de desconto (e não, nem me venham com a conversa que fazê-lo num feriado, seja ele o Dia do Trabalhador ou outro qualquer é que foi ofensivo, despropositado e balelas que tais, pois a fomeca é como a crise e ataca todos os dias, sejam ele Ano Novo, Dia dos Finados, Natal ou Dia da Árvore), mas fazer fila à porta do Jumbo para comprar galochas (também elas em promoção, só que desta feita denominada por um estrangeirismo - low cost) já não é brega, nem pelintra, nem triste, mas fashion?
Faz todo o sentido! Aliás, se assim não fosse, como é que se iriam reproduzir (que nem ratos) por esta blogosfera e Facebook fora, fotos dos mais sofisticados e actuais modelitos em rain boots? (sim, que galochas soa tão à povão...)

Eu cá como não preciso de promoções, seja para comer, seja para chapinhar alegremente nas poças, mas sempre que posso, poupo uns trocos, seja em atum Ramirez, seja em galochas, uppsss, rain boots (que querem, às vezes foge-me o pé, não para a galocha, mas para o chinelo) ou nuns descontos da Carolina Herrera, não me faço rogada a estas coisas.
Sou uma básica, eu sei...

Eu sabia que as galochas low cost do Jumbo...

...iam fazer as fashionistas todas sair à rua para irem às compras na loja do elefante, obviamente, nos seus fashion mobiles.

Vá, agora quero ver tudo a fazer a dança da chuva para que esta não páre e a saltar nas poças para justificar o investimento!

À espera de uma boleia

...com a minha sorte e com o meu ar miserável pode ser que me deixem umas moedinhas e ainda ganhe o dia. Devia ter trazido um chapéu (grande) e um acordeão!


Today's Mood #46



E é assim o meu dia de hoje, só que coxa e sem ratos a ajudar.
Inspira, expira...inspira, expira...

Para as cat persons que se questionam sobre o porquê de estarem solteiras, aqui vai uma dica


Percebes agora RT porquê que te tento demover de arranjares uma Tareca? Tu que já tens um Tareco, e não, ele não precisa de uma amiga, de uma mana e acredita que ele não se sente sozinho Tu que me mostraste este vídeo, vais enveredar por esse caminho sinuoso cometendo a loucura de arranjar outro?
Deixa-me já dizer que lá solteira ainda te aturo, agora ter como amiga a velha dos gatos? Ai não, isso já é abusar da sorte!
Vá, não te deixes enganar pelas noites frias de inverno, pelos serões de manta (MANTA, não gatos, ok?)enroscada no sofá para arranjares mais uma bichana. Olha que parece que não, que os dias estão feios, cinzentos e chuvosos,mas eles aquecem. O sol vai voltar a brihar e o Verão vem outra vez e aí, as mantas vão se embora e passas a estar espojada na praia onde, naturalmente, não podes levar a Tareca.
Pensa bem RT. Amadurece a ideia pois eles são giros, pequeninos e fanfanicos, mas crescem.
E se por algum motivo levares a tua avante, se por alguma razão que eu desconheço a chuva e o frio te levem a cometer uma loucura, então ao menos não me tentes enganar (o facto de teres cúmplices agrava, substancialmente, a situação) com passeios em Monsanto (Monsanto não é? Claro...) com a criançada (com a criançada...vês aqui os teus requintes de malvadez?) cujo final seria uma tarde de choro, ranho e súplicas. Tens noção que levá-los a tal sítio, que sei ser muito nobre, bonzinho e caridoso, seria o primeiro passo para sucumbir a olhos tristonhos e suplicantes, tornando assim a minh vida num inferno? Nessa não me apanhas que eu cá sou moça esperta, caautelosa e insensível que não se deixa levar por tais apelos ao coração.
No entanto, e para veres que não sou má, até vou incluir a Tareca (tu vais mesmo cair nessa? Amadurece a ideia, mulher que a vida não está para bichrada) na minha lista de sobrinhos de 4 patas.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Ainda sobre as profissões

Como é que é possível que também nãohaja na tal lista a profissão de coxa? Nem mesmo manco ou perneta!
Está visto que seja lá qual for a minha condição acabo sempre nas "Outras Opções"...

Puta, Geóloga ou Similar. É tudo a mesma coisa

Se me guiasse apenas pelas muitas e vastas opções profissionais disponíveis, por exemplo, num site de uma instituição bancária, podia ficar com a (triste e errada) ideia de ter escolhido a profissão errada. Ainda bem que não me deixo levar e iludir por essas listas ou estaria agora, quem sabe, em depressão.
Já não me bastava levar com a cara do tipo "ahhhhh" de cada vez que digo que sou geóloga (geocientista se quiserem um nome mais pomposo), acompanhada de um "pois...estudas as pedras, não é?", ainda levo com a lista negra das carteiras profissionais.
Pois que no mundo bancário são contempladas profissões de todos os tipos, desde o artista de circo e tauromáquico, a vendedores em leilões, passando por agricultores (polivalentes ou especializados. Há que estabelecer aqui as diferenças pois não é tudo a mesma coisa), cortadores de árvores em geral (e se for de eucaliptos em particular?), margafes, tripeiros e cortadores de carne, jornaleiros, fotogravadores, cultivadores de fruteiras e arbustos (separados, logicamente, dos cultivadores e horticultores, bem como dos agricultores polivalentes e especializados, que não se querem aqui confusões), todo o tipo de chefes (adoro esta profissão: CHEFE DE...será que chefe maior do pessoal menor também conta?), montadores, condutores (até de carrinhos de mão e de golf), compositores, comandante de aeronaves (há também a opção de pilotos, para os mais tenrinhos), cobradores (com e sem fraque), cervejeiros, caçadores, actores, bailarinos, branqueadores (de dinheiro, pode ser?), isto para não falar de toda a espécie e variante de engenheiros, nem que seja do amendoim com e sem casca. No meio daquilo tudo, de todas as hipóteses possíveis de constar condignamente nos registos, apenas não vi contempladas as profissões de profissional do sexo e geólogos (a de chulo estava lá pois também havia a de Director Geral de um serviço público). Para os que, tal como eu, não foram bafejados pela sorte de ter uma profissão de destaque, resta a "Outras Opções".
E não, não tenho nada contra essas senhoras. Acho aliás que é uma enorme discriminação para com quem promove, a troco de uns trocos, as carências alheias, não constar "da lista".
O que me incomoda um bocado é, assim de repente, ser metida no mesmo saco!
É que embora às vezes eu possa sentir-me a puta do trabalho, apesar de haver dias em que tenho que engolir um monte de sapos, há uma grande diferença: é que eu faço descontos e pago muitos impostos, logo, e não querendo discriminar ninguém como os senhores do BBVA, acho que eu e elas não fazemos bem a mesma coisa.
O que é certo é que, quando o Calvin estiver na altura de decidir que quer ser, o melhor é dar-lhe uma lista destas para ele analisar não vá o moço acabar na categoria de "parasita ou similar".

No meu banco, o qual tem uma lista tão extensa e abrangente como o BBVA fiquei como Engenheira. Diz que para além de ser um título muy nobre e respeitado na sociedade ainda me dava uns descontos nos juros se eu quisesse pedir não sei o quê...

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

E é isto!

Não seria possível encontrar uma imagem que melhor ilustre a minha semana do que esta.
Hoje ainda fui gatinhando, dentro daquilo que dois joelhos negros e um esfolado (há que salientar que apesar de ter partido um pé, continuo a ter só dois joelhos, pelo que um deles alberga duas maleitas) permitem. Os próximos dias prevê-se que continue a andar meio manca, curvada, até mesmo algo cabisbaixa, até chegar a gloriosa, fantástica e tão esperada 6ª feira, dia no qual eu vou, literalmente, descalçar esta bota!
Prometo que, ao contrário do que possam pensar pela imagem, não vou começar logo aos pulos e saltos. Diz que partir outra vez o pé, seja o direito ou o esquerdo, não fazem parte dos meus planos para o próximo fim de semana.

sábado, 20 de outubro de 2012

Really?

Estava aqui a vegetar em frente à tv, a ver a Ilha dos Golpes no AXN White (e vá, nem sequer vou pegar no nome do filme para tecer mais comentários sobre a falta de qualidade do mesmo) quando vejo uma cena que me deixa a pensar.

Tipa gira, boazona, alta, loira e espadauda, dotada de peitorais generosos: Vamos fazer qualquer coisa que depois torne o sexo melhor?
Owen Wilson: Fazer sexo melhora o sexo, mas isso sou eu que sou antiquado.

Cena seguinte: estão os 2 num ringue a praticar...BOXE (?!)

Posto isto, e visto as vidas de Hollywood serem sempre para lá de espectaculares, perfeitas, excitantes, entusiasmantes e todos os mais "antes" que me possam agora ocorrer, pergunto-me: será que vou ter de rever as minhas actuais práticas?

Lá levar-te comigo é uma coisa, agora vivermos juntos é outra...

Conversa entre o Calvin e a avó, na qual discutiam o futuro profissional brilhante que ele vai ter quando for grande e em que a avó, depois de o ter demovido da ideia de ser piloto de rally, sapateiro e de quase ter aceite a escolha de biólogo, concorda com a escolha de piloto de aviões

Calvin: Quando eu for piloto de aviões sabes para onde te vou levar comigo, sabes?
Avó: Para onde, amor? (avó já sonhando, rejubilando,  vislumbrando uma vida pacata, de viagens e passeios à borla)
Calvin: Para Angola. Mas vais ter de deixar "os teus miúdos", que o horário do avião é às 15h e tu tens de estar pronta.
Avó: Ok, não há problema. Levas-me contigo para Angola e a avó vai viver contigo lá.
Calvin (a torcer o nariz e a franzir a boca): Pois...aí é que está um grande problema...é que até eu ser um piloto demora muito tempo... nessa altura tu já vais ter 100 anos...e...ninguém vive com 100 anos!

Ora, dar uma boleia até lá, seja no porão, em económica, em business, até mesmo no cockpit sentada em cima dos planos de voo, tudo bem. Agora somar à generosa boleia um quartinho debaixo do mesmo tecto...isso já é abuso, ok avó?
Lá por se estar em África não quer dizer que não continue a ser cada macaco no seu galho!

Diário de uma coxa #10

Lembram-se de eu ter mencionado AQUI a possibilidade, ou mesmo quem sabe, a existência de um estudo sobre a percentagem de pessoas que partem mais qualquer coisa depois de terem partido um pé?
Ora bem, eu já posso ingressar nas estatísticas, não daquelas que partiram efectivamente, não daqueles que escaparam ilesas, mas daquelas que quase-partiram-mais-qualquer-coisa-mas-que-ainda-assim-se-avacalharam-todas-depois-de-terem-partido-um-pé.
Estado eu, como já é do conhecimento geral e correndo o risco de me tornar repetitiva, limitada no que a locomoção diz respeito, vi-me obrigada a utilizar o serviço de entregas ao domicílio do Pingo Doce. O ideal era o Sr. Jerónimo Martins  modernizar-se e, em vez de fazer publicidade utilizando músicas (?) de qualidade duvidosa e sonoridade que fica a martelar qualquer cabeça, criasse um site de compras online, mas isso fica para a caixa de sugestões, um dia que me apeteça brindá-lo com uma das minhas ideias geniais e pioneiras, diria mesmo, nunca antes vistas. Enfim, podia ter feito as minhas compras num outro supermercado qualquer, assim daqueles modernos, com sites acessíveis a coxos, calões, deficientes e malta que gosta de comprar a partir de casa em geral, mas para além de coxa, sou uma moça de hábitos. Adiante, que o facto de ter feito as compras ora alapada na prateleira dos frescos, ora sentada no frigorífico da carne, gesticulando e usando como ponteiro a muleta para dar indicações claras do que eu queria comprar à S., não interessa nada para o caso. O que interessa é que marquei a entrega das minhas compras para a manhã do dia seguinte.
Pois que a minha campainha também é uma campainha moderna, além de estrangeira o que por si só atesta a sua irrefutável qualidade e glamour, em especial quando recebe os convivas com um the doors is open. Please close the door behind, e é sabido que campainhas desta estripe, assumem que se a porta não for aberta rapidamente, significa que não a queremos abrir de todo. Pois que a minha campainha, moderna e estrangeira, não contempla o facto de uma pessoa poder andar mais devagar, assumindo por isso que não me apetecia ver o senhor das entregas do Pingo Doce, nem pintado de ouro pelo que, e sob pena de ele desistir de esperar levando com ele os víveres que me permitem ir sobrevivendo, corri (sendo que aqui o correr foi mais saltar sem muletas, ao pé coxinho) corredor fora, atravessando a sala de jantar e tentando chegar à varanda, de onde gritaria do alto do meu 3º andar, que queria a minha comida de volta.
Até aqui, e já sendo o episódio arriscado o suficiente, tudo estaria bem, não fosse um erro de cálculo ter-me feito tropeçar e bater com a cara, em cheio, no varão de metal (sim, leram bem METAL) que funciona como parapeito. Visto só ter rebentado o nariz e esfolado um joelho, fiquei contente ao certificar-me que afinal o senhor tinha conseguido entrar no prédio e que eu ainda tinha os meus dentes todos no lugar, o que me iria permitir degustar as maravilhas que estavam para chegar, sem ser por uma palhinha.
Afinal, no meio de tudo isto, posso dizer que sou uma moça com sorte!

Poderia também aproveitar este post para falar sobre a cara que o senhor fez ao ser recebido por alguém de muletas, com um pé engessado e com a cara cheia de sangue a dizer-lhe, com o ar mais natural do mundo, para pôr as compras na cozinha e, se não fosse pedir muito, para deixar os sacos com os congelados à parte a fim de serem arrumados com prioridade, mas acho que não vale a pena.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Diário de uma coxa #09

Pois que sou uma pessoa positiva, uma pessoa que não se deixa abater pelos acessos de estupidez azares desta vida, uma pessoa que consegue ver sempre alguma coisa de positivo, em todas as situações.
Assim sendo, como pessoa positiva que sou, consigo ver pontos positivos nisto do estar coxa:

- estou mais magra. Desenganem-se as pessoas que julgam que partir pés emagrece pois o que está, na verdade, por trás da minha perda de (algum...pouco...podia ser mais) peso é a preguiça. Isto de estar com movimentos reduzidos não faz com que tenha menos fome, mas com que me desloque menos vezes à cozinha e quando o faço, contento-me com um iogurte e cereais;

- 1 par de meias dá para dois dias. Não gente, não é que use o mesmo par dias a fio, mas sendo que de momento só calço uma meia por pé e só disponho de um para calçar, estão a perceber, certo?

- estou mais magra (acho que já tinha dito isto. Adiante...);

- estou com os abdominais definidos. O Grilo Falante tinha dito que isto era o universo a dizer-me para parar. Pois bem, cheira-me que isto foi mais o universo que, farto de ouvir os meus queixumes e lamurias sobre quilos as mais e flacidez, resolveu pôr-me a fazer exercício, à força! Aqui fica um muito obrigadinha ao Sr.;

- estou mais magra. (o quê? já tinha dito isso lá atrás? Parece impossível...);

- pude pôr em dia as minhas leituras, no quentinho e sossego do meu lar, tapadinha de manta e estendida no sofá;

- consegui, finalmente, acordar depois da 11h da manhã! (não sei é como vou continuar o cansaço e a privação de sono como desculpas para os meus devaneios, pelo menos nos próximos tempos;

- posso pedir doses extras de mimos e atenção sem ser apelidada de piegas, mariquinhas ou mimada;

- descobri que posso partir mais vezes o pé, a perna, o braço, até mesmo a cabeça, que não há há gesso que me pare;

Irei, certamente, encontrar mais vantagens para esta situação e nessa altura actualizo a lista. Até lá, e aproveitando a maré solidária e a onda de generosidade que consigo promover nos outros, vou só ali fazer uma listinha de desejos que vou aproveitar para pedinchar aos outros não vá dar-se o caso de alguém me querer presentear nos próximos tempos.

Diário de uma coxa #08

Já tinha referido aqui que estes dias ao estilo menino Jesus (nas palhas deitada, nas palhas estendida, mas sem o burro e sem a vaca) me faziam reflectir sobre temáticas da mais extrema importância e profundidade.
Hoje, e apesar de ter saído da cama às 11h00, não tendo por isso muito tempo de reflexão (é um facto: penso rápido, em especial com a perna ao alto) cheguei a uma conclusão fabulosa, digna de estudos do mais cientifico que já se fez (convém aqui salvaguardar a hipótese de haver já uma qualquer universidade norte-americana que já o tenha feito, mas ainda assim, acalento a esperança que não tenham registado a patente):

Os bebés que gatinham mais tempo por preguiça de andar serão criança dotadas de um Q.I mais baixo (poderão ser também crianças com tendências masoquistas, mas isto será para um outro estudo) do que aquelas que preferem não gatinhar optando, como meio de locomoção pré-bípede, rebolar.

Visto neste momento não ter ao dispor os meus 2 habituais pés para andar, e devido a doer-me tudo, menos o pé partido, por causa da utilização excessiva das muletas, resolvi voltar aos primórdios, à altura em que eu era apenas uma catraia, e resolvi gatinhar casa fora.
Confesso que inicialmente fiquei maravilhada com a minha ideia genial. Achei que a solução para as minhas dificuldades de locomoção com muletas (isto daria um outro estudo sobre a percentagem de pessoas que, após partirem um pé, conseguem partir mais qualquer coisa a seguir) estava resolvida de uma forma tão simples como gatinhar. Afinal qualquer bebé consegue fazê-lo,certo? ERRADO!
E é aqui que concluo que os bebés que optam pelo gatinhar como principal e único meio de locomoção em detrimento da sua condição de bípedes, são parvos (ou masoquistas!).
É que ao fim de um dia a gatinhar pela casa, não, não aliviei as dores que tinha nos outros membros do corpo, apenas ganhei mais umas...nos joelhos.
Podia debruçar-me também sobre a forma como as pessoas com quem partilho isto reagem à informação, sendo claramente determinante o facto de serem do sexo masculino ou feminino, mas acho que isso ia levar a caminhos tortuosos o que, para quem como eu gatinha ou usa muletas, não será, de todo, aconselhável neste momento.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Diário de uma coxa #07

Agora que tenho tempo de sobra para poder, calmamente, reflectir sobre assuntos importantes e de extrema profundidade, concluo que afinal não acho os flamingo apenas bichos interessantes, elegantes ou cor de rosa. Neste momento nutro por eles uma profunda admiração e até solidariedade.
Bem sei que eles podem ir alternando entre uma perna e outra, em querendo, podem até andar com as duas no chão (o que neste momento considero ser um feito notável).
E foi nos 15 minutos que estive de pé, à porta de casa a ouvir a história da vida da senhora da engomadoria, ali no limbo entre o parecer interessada e o estatelar-me no chão, que percebi que a vida deles não é fácil! Enfim, mais um ponto que nos une.
Durante o meu número de equilibrismo, no qual a minha perna poisava elegantemente na muleta ,ali a balançar-me, qual junco a ondular ao vento (é aqui que , por enquanto, reside a diferença entre mim e os flamingos, mas creio que ao fim dos 14 dias que me faltam já consigo estar assente numa perna sem abanar), cheguei mesmo a pensar se não seria menos doloroso ter passado eu a roupa.
Tendo em conta que as algas que costumo comer são das verdes e não vejo jeitos de comer outras, acho que vou enfardar a "casca" do queijo flamengo a ver se consigo adquirir um ar mais rosado e se na próxima exibição já sou uma espécie de flamingo mais convincente.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Diário de uma coxa #06

É impressionante como a única coisa que não me dói neste momento é o pé que parti.

Se sempre maldisse a calçada portuguesa por causa dos saltos, neste momento ABOMINO-A por causa das muletas;

O pauzinho chinês continua a ser o meu melhor amigo;

E pronto, resta-me aproveitar o facto de estar espojada no sofá atracada a um computador e a uma televisão enquanto o resto do povo trabalha.

Ainda sobre a teoria do caos, sobre o efeito borboleta e os resultados aleatórios

Será que foi por eu ter partido o pé, por tu teres "mandado a merda para o quintal dos outros", por todo o (meu) mundo estar de pernas para o ar, que o Dinis resolveu por-se a caminho?
Se é ou não, não sei, mas lá que o Dinis vai ser recebido com os braços mais do que abertos, lá isso vai!
Que por mais que hajam borboletas a bater as asas, onde quer que seja, todos os dias e a todas as horas, que tenhas uma vida cheia, feliz de tudo o que de bom e doce as crianças merecem!
Adoro isto a que se chama vida! Por mais caótico que tudo esteja à nossa volta, é-se brindado com algo tão bom como uma "visita" destas e tudo parece relativo.

Dinis, aguenta aí firme que a tia Anita, mesmo coxa, já vai. Só precisa de uma boleia da tia maluca :)

Today's Mood #45

"O bater de asas de uma borboleta em Tóquio faz com que um furacão se forme nas Caraíbas"

E é isto - a teoria do caos.
Para a física e matemática esta é a teoria que explica o funcionamento de sistemas complexos e dinâmicos nos quais, determinados resultados podem ser instáveis no que diz respeito à evolução temporal como função de seus parâmetros e variáveis e em que, certos resultados determinados são causados pela acção e iteração de elementos de forma praticamente aleatória.
A consequência desta instabilidade dos resultados é que mesmo sistemas determinísticos (os quais tem resultados determinados por leis de evolução bem definidas) são muito sensíveis a perturbações e erros, levando a resultados que são, na prática, imprevisíveis ou aleatórios, ocorrendo ao acaso. Mesmo em sistemas nos quais não há ruído, erros microscópicos na determinação do estado inicial e actual do sistema podem ser amplificados pela não-linearidade ou pelo grande número de interacções entre os componentes, levando ao resultado aleatório. É o que se chama de "Caos Determinístico".

Neste caso não foi uma borboleta que bateu as asas, mas eu que parti um pé. O furacão que isso causou nem sequer vem classificado nas escalas meteorológicas.
Resumindo e baralhando:


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Diário de uma coxa #05

Tu sabes que tens amigos verdadeiros, daqueles mesmo do best, daqueles cujo sentido de humor te leva às lágrimas quando estás a trabalhar e recebes isto:

CENSURADOS - COXA (Se isto não são mimos, então eu não percbo nda disso de apaparicar!)

Oh minha gente, se me continuam a mimar assim juro que nem devolvo as muletas e parto logo a perna direita a seguir! (mais não seja começo a ficar preocupada com a falta de tonificação que a esquerda vai ter ao fim destes 15 dias...)

Aqui fica um muito obrigada da coxa que delira com amigos que tenham um sentido de humor tão parvo como o dela. Só não dou pulinhos de contente porque...não consigo! :)

domingo, 14 de outubro de 2012

Diário de uma coxa #04

Realmente as coisas já não são o que eram!
Nos meus tempo de criança, partir qualquer coisa e ter direito a gesso significava transformarmo-nos numa parede grafitada ambulante. Significava que os nossos amigos iam dar largas à imaginação e nos iam avacalhar o gesso todo, assim num misto de dedicatória e deboche.
Inválido popular era aquele em que ao fim de umas horas de ter gesso, mesmo antes do mesmo secar, já não tinha um espacinho que fosse em branco. Diria até que o pessoal devia preferir partir pernas a braços só para ter uma maior extensão de escrita e mais espaço para os amigos.
Pois eu cá nunca tinha partido nada. Durante toda a minha vida só assinei, desenhei e avacalhei o gesso alheio e por isso, acho injusto que na minha vez, o gesso já não fique à mostra, que o tenham tapado com ligaduras. Não se faz!
Então agora que parto um pé, ainda por cima de uma maneira tão estúpida, capaz de inspirar a malta para um avacalho épico, não vou ter direito a nada!?!
E o quê que eu faço à carrada de malta que, tal como eu, pertencem à velha guarda e que já estavam a preparar as canetas? Não me conformo!
Bem sei que já não tenho idade para andar com um gesso todo escrito, desenhado e pintado. Sei também que, tendo em conta que vou ter de trabalhar estas duas longas semanas, o devia fazer com um ar de inválida respeitável (porra! nem sequer posso conduzir para pedir um lugar no estacionamento, nem que fosse num lugar para os deficientes...), mas isso tudo não se aplica a quem parte um pé aos pulinhos com uma amiga.
Bom, mas quem não tem cão... há sempre uns marcadores para tecido que talvez sirvam para remediar a situação!

Diário de uma coxa #03

Em situações normais, tudo o que me estaria a apetecer num Domingo era ficar alapada no sofá a ler, a ver filmes, a passear pelo Guincho, a esplanar, a...enfim, a fazer tudo menos mexer-me e muito menos a arrumar a casa.
E e o quê que, mesmo com o pé "ao peito", ando a tentar fazer aos pulinhos? Arrumar a casa!
Se eu não sou mesmo do contra, então não percebo nada disso dos antípodas...

Diário de uma coxa #02

E no meio disto tudo, não consigo deixar de pensar no quê que vou vestir amanhã.
Não há calças skinny que consigam passar por esta pata de elefante!
Algo me diz que a coxa vai relançar a moda das calças à boca de sino...

Se bem que estas preocupações comparadas com o mesmo-com-um-pé-partido-dar-um-jeito-na-depilação-antes-de-ir-para-o-hospital-sob-pena-de-estar-uma-ursa-do-pior-daqui-a-2-semanas, são peanus!
Há quem se espante e ache que em momentos de crise tenho as prioridades trocadas, mas isso agora não interessa nada. 

sábado, 13 de outubro de 2012

Diário de uma coxa #01

Eu (enquanto olho para as calças que tenho vestidas e as quais vou te de descoser para despir): leggings, tenho de ir comprar leggings para vestir nas próximas semanas. Vai dar jeito...
VM: Mas não tens leggings?
Eu: tenho poucas. Não me chegam...
RT: tudo te serve como desculpa para compares roupa, até um pé partido!
Eu: Olha?! Estranho seria se eu, com um pé engessado estivesse a dizer que queria ir comprar sapatos.

ADENDA: Ele há gente com jeito e paciência que consegue, com muito custo, fazer passar umas skinny por uma bota de gesso fazendo-te poupar o par de calças que tanto gostas.
God bless those persons!

Yo no creo en brujas, pero...


That's exactly what I do! It's a natural gift

Queria dizer que este foi o fim de semana mais estúpido de sempre e é de notar que ainda hoje é Sábado, mas honestamente nem sei quem foi mais estúpido, se o fim de semana, se eu.
Na verdade a culpa disto tudo é de umas collants! Sim, umas míseras collants que nem sequer sobreviveram para contar a história, as ordinárias.
Ora então, e para poupar tempo que a história é grande, e parva, e anormal, e do mais surreal que já se fez, vou fazer a coisa por tópicos:
  • 6ª feira, hora de almoço: entro numa loja que não serve para outra coisa que não vender meias e peço collants. Pela resposta (não temos) e cara de espanto da senhora da loja, seria menos surpreendente se eu tivesse lá entrado, numa loja especializada em meias, a pedir gelados, agora collants em Outubro? Que disparate!
  • 6ª feira, fim de tarde: saio do escritório e vou direita a outra loja especializada nisso das meias. Ainda penso em pedir couves, mas ao ver que havia collants, poupei a moça às minhas piadolas. Saio de lá com um par que era tudo o que o meu vestido estava a pedir (sim, o vestido que me faria aliviar a neura, exorcizar os meus fantasmas e sentir-me a moça mais gira de Lisboa e arredores) e com outro que promete deixar-me com o rabo perfeito, sem barriga e 15 cm mais alta, só assim para verem o abuso de collants que são (e para justificarem o que gastei nelas). Entro no carro, meto música, marcha a trás e, como alguém me escreveu, BADUUUUM. Não, isto não foi o som que fiz ao fazer-me à estrada a caminho de casa, mas sim o som que fiz ao bater na traseira do carro que estava estacionado ao  meu lado. Pedidos de desculpas feitos, declarações amigáveis assinadas, vou para casa pôr-me gira. Afinal é 6ª feira, tenho um jantar da empresa e um vestido girissiímo com uns collants fantásticos para usar.
  • 6ª feira, depois do jantar durante os copos e cigarros no Bairro Alto: a J.A, trapalhona que só ela, queima-me as meias e faz-me uma bolha na perna. Porra! Bato com o carro para ir comprar collants e as ordinárias duram um par de horas. Bom, ainda assim, é 6ª feira, tenho um gin tónico na mão e começo a rezar para que não me queimem o vestido. A noite continua!
  • Sábado de manhã cedo, camisa de dormir e remela nos olhos, tocam à porta. Quem é? Quem é? Não percebo...ah é o Boda (assim já sei quem é) e pronto, há uma amiga que resolve acordar-nos com um pequeno almoço e uma rosa, só porque sim, só porque acha que precisamos de um miminho. Chora, abraça, és uma querida, gostei tanto, estava mesmo a precisar, come, bebe café...tento animar o dia com música, porque isto da música anima sempre e afinal, música e amigos logo pela manhã é o que se quer. Escolhes uma música que no dia anterior tinha sido o teu Friday feeling no FB e desatas aos pulos, descalça e de camisa de dormir sendo um crack a única coisa que te consegue parar.
  • Sábado à tarde: passas a tarde no hospital da Luz a brincar com uma cadeira de rodas, na esperança que este azar ao menos te faça ficar uma expert em manobras radicais e te valha um boom de popularidade e dinheiro com os vídeos que vais publicar no youtube.
  • Sais de lá com um pé partido, com uma meia branca (a verdadeira pé de gesso) e ainda te esqueces lá da sandália que levavas e que substituiste por modelito que bem podia ser umas UGG PEEP TOE.
Resultado final:
Se tudo correr bem fico 2 semanas com gesso, 3 semanas sem conduzir, com frio nos dedos do pé esquerdo, com calos nas mãos de andar de muletas (mas com uns bicepes trabalhados)  e com a vida toda virada do avesso. 
Não sei se para além de mim e da minha estupidez há mais alguém a quem tenha de agradecer. Se houver avisem, boa?

Podía falar aqui das prioridades duma pessoa quando parte um pé, mas isso fica para outras núpcias...

Fiona mode: ON!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Obrigada Cinderela!



Desta vez não foi um par de sapatos, nem um par de botas, chinelos, sandálias ou pantufas, mas podia ter sido. O efeito seria provavelmente o mesmo, mas em vez de calçar os pés, decidi vestir o corpinho, só assim a modos de aliviar a neura e oh se aliviei!
Sou uma básica, é um facto, mas aí é que está a magia, a essência da coisa - no simples.
E quando não há nada que possas fazer para mudar o que te chateia, quando as coisas fogem um bocado ao teu controle, não, não me junto a eles, mas reduzo tudo ao absurdo e ao simples, porque simples é bom. Não se diz que a felicidade reside na simplicidade das coisas? Não se diz que as pessoas deviam deixar de complicar, que deviam ser simples, portanto? Até o amor! Não se deseja um amor também ele simples?
Pois bem, eu cá, moça simples que sou (não confundir, por favor, com simplória) e em nome da simplicidade, aliviei a minha neura, exorcizei os meus fantasmas com um simples vestido!
Simples não é? E simples é o que se quer.

Agora, qual a semelhança com a Cinderela? Pois, nenhuma. Se fossem realmente sapatos até podia haver, mas assim é só uma imagem parva e um título parvo, mas têm que admitir que lá simples (se calhar aqui podia usar o simplório...) é.
Acho que o vestido não me vai fazer encontrar o principe encantado, não me vai arranjar casamento nem me vai dar um happy ever after, mas faz-me sentir bem e isso, por enquanto chega-me.

Today's Mood #44

"Cada tiro, cada melro. Cada cavadela, cada minhoca!"

Na verdade apetecia-me começar este post com um puta que pariu, mas ele há pessoas que até me lêem e que até gostam, que não apreciam este meu linguajar mais rudimentar e grosseiro pelo que, por muito que até me apetecesse e até me fizesse aliviar um bocadinho a raiva com que estou, não o vou fazer. Mesmo raivosa sou uma moça (quase) educada a quem não apraz desiludir os seus leitores.
Assim sendo vou só dizer que estou fartas das putas das pessoas - e aqui as palavra pessoas tem um papel importantíssimo uma vez que as putas não me fizeram mal nenhum e por isso podem andar na vida (delas) que a mim não me chateiam nada.
As putas das pessoas a que me refiro são aquelas que, mesmo não estando com a perninha encostada ao vidro da paragem de autocarro, onde já nem a carreira da madrugada passa, têm um dom especial em lixar (lixar não soa bem, mas não posso usar um f...) a vida aos outros. São aquelas que, conscientemente ou não, nos vão decepcionando ao longo do caminho, sem sequer terem o cuidado de o fazerem com jeito, de mansinho e aos poucos, porque isto à bruta é sempre muito melhor.
Pois é, putas das pessoas a quem me refiro, acontece que estou um bocado farta disso do ser à bruta. Agora que estou mais velha, há quem diga com mais glamour (o que, claramente se vê pela maneira airosa e sofisticada como escrevo hoje), gosto que me f...lixem com requinte. Que o façam com modos, com jeito e vá, com um bocado de vaselina também não fica mal. É que isto de f...lixar os outros também tem regras, também tem preceito e tal como tudo na vida, até isso não é para quem quer, é para quem pode. Requer tacto, nível e acima de tudo inteligência para que não pareça que nos estão a f...lixar nem para que no fim, sejam as putas das pessoas que saem mais f...lixadas da situação.
E para as putas das pessoas que deliram, que rejubilam com isso de f...lixar, é mais inteligente fazerem-no com alguma parcimónia ou arriscam-se a fazê-lo apenas uma vez, o que para quem retira especial prazer disso, não é uma atitude muito inteligente. O truque é fazê-lo com classe, de maneira a poder repeti-lo muitas vezes, mas isso sou eu, que não percebo nada disso do andar para aí a f...lixar à toa.

Se soubesses o quanto me custou não dizer puta que pariu ou outras asneiras piores enquanto escrevia isto, depois de leres ficavas, pelo menos, 1h de pé a bater-me palmas e a mandar-me flores para o palco! Assim sendo, acho que mereço só um "linda menina" :)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Há coisas assim...



"You're like my own personal brand of heroin"


E puta que pariu mais os vícios que uma pessoa pode ter!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Por falar em hastear

No 5 de Outubro a bandeira de Portugal foi hasteada ao contrário. A dia 8, aqui na chafarica usam-se calças a meia haste
Ambas as situações são de extremo mau gosto e revelam tanto, mas tanto sobre o estado das coisas...

Sim, sim, eu sei que o assunto é sério e que se calhar esperavam comentários profundos e com grande fundamento político, económico e social, mas ambas as visões já me deprimem o suficiente para tecer mais comentários.

A Anita é vidente e tem cá umas previsões para o futuro do Oceano no Sporting...

... os as coisas melhoram ou cheira-me que o futuro vai ser negro.

domingo, 7 de outubro de 2012

Todday's Mood #43

Woody Allen mode: ON!
The non sense makes all the sense...to me!

E é isto, parece que na minha vida o que faz todo o sentido é exactamente aquilo que parece não fazer sentido nenhum. O que me parece certo é aquilo que à primeira vista pode parecer errado.
Chamem-me estranha, esquisita, até marada, mas cada um é o que é e eu cá, sou o que sou.


Cada um dá o que pode

E hoje, à porta do Pingo Doce, a Vodafone estava a oferecer sacos reutilizáveis. Pois se lá dentro custam 0,50€ e ainda pagamos para fazer publicidade ao Pingo Doce, porque não fazer à Vodafone à borla?
Uma porreira, a Vodafone. Já eu, não tão porreira, preferi dar um saquito transparente com um frango lá dentro a um homem que, humildemente, me pediu se lhe podia comprar um para poder levar para jantar.
E a situação não tem nada de bonito, não há beleza alguma em comprar-se um frango a ninguém. A situação é triste, muito triste.
Enfim, cada um dá o que pode...

sábado, 6 de outubro de 2012



E se há dias em que sabe para lá de bem, noutros, naqueles em que merecemos mais do que muito que andem avenida abaixo a gritar "chicken", irrita tanto!
Pior é quando acordo no dia seguinte e só me sai um cócórócócó! (confessa que nem sabes o soa pior, se isso ou o meu bocejar. Nem vou falar dos meu lapsos linguísticos tais como Ruiz de la Prada...)

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Today's Mood #42

E mesmo quando parece que começa tudo a resolver-se, quando parece que começa tudo a caminhar na direcção certa, há sempre alguém que acha que assim não tem graça, que giro, giro é pregar-nos uma rasteira, daquelas de ir automaticamente ao tapete e cravar os dentes no chão!
Já nem sei o que é não ter a cabeça sempre no red line...
Venha de lá esse fim de semana grande que bem preciso.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Será assim tão complicado?



E parece que é isto, que as relações são feitas de testes, de entrelinhas, de mensagens subliminares onde ninguém chama as coisas pelos nomes, onde se usam meias palavras, tudo porque alguém, porque algum iluminado, postulou que não se deve mostrar tudo sob pena de fazer-se perder o mistério e a magia. Andamos portanto em pseudo-jogos de sedução onde achamos que temos de dar uma no cravo e outra na ferradura. Teimamos em umas vezes levantar a ponta do véu e noutras tapar tudo e mais alguma coisa deixando as pessoas às cegas, sem saber onde pôr o pé. Ah, e como regra de ouro para este jogo: nunca, jamais em tempo algum, mostrar qualquer sinal de fraqueza ou fragilidade.
E é por isso que quando surge alguém tão seguro de si que não precisa destes jogos infantis de conquista, alguém que não tem medo de fazer a pessoa com quem está sentir-se especial todos os dias, nos mais pequenos gestos, alguém que é forte o suficiente para mostrar, sem reservas ou pudores, sem medo de perder seja o que for, que GOSTA, alguém que não nos garante o que não pode ser garantido, mas que nos dá a certeza de onde estamos a pisar, alguém que não nos alimenta de palavras e promessas de amor, mas sim de gestos, atitudes, sorrisos e olhares, tudo o resto nos parece pouco, tudo nos parece na verdade nada!
Ouvi dizer que "se conseguires fazer uma mulher sentir-se segura, tens dela o que quiseres" e, apesar de poder até parecer algo redutor, é um facto. Não há nada que conquiste mais uma mulher do que saber, sem margem para duvidas, qual o seu lugar.
O problema é que isso dá trabalho. Não se consegue com frases estudadas, com atitudes ensaiadas ou com os clichés amorosos comuns, e isso é difícil e não está ao alcance de todos. Está apenas ao alcance daqueles que preferem ter apenas uma porta aberta, escancarada, onde não precisam bater antes de entrar pois sabem que assim que transpuserem a ombreira da porta estão em casa, em terreno seguro, e nao dos que preferem ter várias portas entreabertas onde, ocasionalmente, vão espreitando sem saber o que vão encontrar do outro lado. Está apenas ao alcance aqueles que são fortes o suficiente para admitirem as suas fraquezas, os seus medos e que se entregam sem receio de saírem magoados, dos que não precisam de alimentar o ego com aquilo a que se pode chamar fast food. Está apenas ao alcance dos resolvidos.
E homens resolvidos conquistam mulheres resolvidas. Mulheres que ao sentirem-se especiais, seguras do chão em que pisam  retribuem na mesma moeda.
Na verdade parece simples. Assumindo que isto se passa entre adultos, entre pessoas que sabem o que querem, ou pelo menos o que não querem, tinha tudo para resultar. Aliás, não é preciso ser um génio, um Pitágoras ou um Einstein para perceber que na sua essência as pessoas são simples e que, de uma forma também ela simples, as atitudes das pessoas não são mais do que na natureza se chama de par acção-reacção.
Se é assim tudo tão simples, então porquê que não funciona?
Murphy, dizem uns. Egoísmo dizem outros. Ego, digo eu...

E só assim para desanuviar aquilo que podia ser um post mais sério, assim uma espécie de desabafo (mas sem lhe tirar a importância que tem) aqui fica um slogan para as mulheres que concordam com o que eu disse:

"Abaixos os gajos com egos fodidos. Queremos Homens resolvidos!"
Entoado ao estilo manifestação política, ok?

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Simple, isn't it?

"- Why do you always come back to me?
- I don't know...maybe because you never expect me to..." 

                                            Bel Ami

Decoração, peças de arte e antiguidades


As coisas fabulosas que se encontram à venda por essa internet fora!


Confesso que mobiliário antigo não é de todo a minha especialidade e que só há pouco tempo é que o pechiché (psyché, se preferirem a versão francesa e original da coisa) ganhou lugar na minha lista de móveis a apreciar. Até então, desde o nome até á visão dos infernos que era imaginá-lo com um napperon em cima, sobre o qual jazia se podia ver uma boneca de porcelana, tal peça dava-me uma brotoeja dos diabos.
Se agora o pechiché já é digno de ter um lugar no meu quarto, o mesmo não posso dizer do Bichiché.
Mas ca'raio um Bichiché? Será um primo do pechicé? Será um pechiché para bichas? Ou um pechiché com tanto bicho da madeira que é daí que provém o "Bichi"?
E é assim que um site tão requintado, erudito, cheio de glamour e obras de arte, me remete para o patamar da ignorante. Se calhar o melhor é ligar ao Rafael (ora aí está um nome que soa bem com bichiché) a ver se descubro o que isso é. Pela foto não vou lá!

No dia mundial da música


Não só de ti, mas dele, dela, deles, de todos. De lugares, de momentos, de cheiros, histórias, de dias, de férias, de noites, de Natais, de aniversários, de passagens de ano. de momentos, de tristeza, de alegria, de amor, de paixão, de gargalhadas, de sorrisos...de vida.

A minha vida dava uma banda sonora

Mas isso sou eu, tá?

Pronto, mas isso sou só eu que quando adoro, adoro mesmo, que quando adoro não tenho medo, pudores nem reservas de mostra. Isso sou eu que sou uma sonhadora e uma apaixonada, e eu sei que não podemos ser todos iguais...e claro, o bom gosto também é algo que (infelizmente) não está ao alcance de todos...