terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Muro das lamentações

Não sei se é dos nervos ou coiso, mas neste momento só me apetece lamentar os dois pares de botas UGG, aliás os únicos que estavam no chão do quarto no fatídico dia de ontem, que estão completamente rebentados!
O pó/lama que está ainda pelo chão e que escapou às esfregonas de ontem, o caos e a bagunça em que esta casa ficou, vou deixar para "a loura do sotaque russo" se queixar. Afinal temos de ser democráticos nisto das partilhas nem que sejam as partihas de queixumes.
Cada uma com os seus dramas.
Agora vou ali respirar fundo e preparer-me para a batalha com a seguradora. Já se sabe que quando assinamos um contracto de seguro temos tudo e mais um par de botas coberto, so que no final...nunca é bem assim.

E então, Anita, agora com a luz do dia o cenário de inundação parece melhor?

Melhor não será propriamente a palavra. Diria que isto está algures entre, feira, as barracas e, com as devidas distâncias, as vítimas das cheias.
Aguenta coração!

Ah e tal, não gostam da segunda-feira...

...que custa muito ir trabalhar a seguir ao fim de semana, que acordar cedo é horrível, que ninguém merece isto de estar num escritório,  ou seja lá onde for, horas a fio para ganhar a vida e que trabalho, se fosse bom, ninguém nos pagava para o fazer e não se chamava trabalho, mas sim forró.
Seus meninos! Isso mesmo, sois uns meninos e só me apraz dizer: IDE-VOS QUEIXAR PARA O DIABO!
Pois que uma mulher sai de casa para ir ganhar a vida e ao voltar ao seu lar, directamente ,sem passar na casa da partida nem na natação da criança, lá está, porque à segunda-feira custa muito e a mulher estava muito cansada pois a vida custa imenso a ganhar. ao entrar com o carro na garagem repara, diria até que sente, algo estranho. Havia água a correr rampa abaixo chegando já ao -2. Olha, hoje é dia de limpeza das garagens - pensa ela. Na garagem está o senhorio, dono do prédio, a fazer-lhe sinais, a gesticular entusiasticamente, enquanto ela estaciona. Ela, querida e educada que é, também lhe acena enquanto faz a manobra, pensando tartar-se apenas de um cumprimento mais caloroso.
Ao sair do carro ele diz-lhe que ela tem uma fuga em casa. Uma fuga? ahahah, que engraçado. Uma fuga...e é durante a viagem de elevador, perante o ar preocupado do homem, que ela pensa que talvez haja mesmo qualquer coisa de errado lá em casa. Qualquer coisa de errado é ser modesta. Na verdade ao abrir-se a porta não havia nada de errado. Havia todo um dilúvio, toda uma inundação, toda, TO-DA uma casa coberta de água. Não eram umas pinguinhas, não era uma cozinha alagada, era uma altura de 2/3 dedos (dos grossos) de água que saia por onde podia: pela porta da frente e escadas abaixo, pelas portas para o terraço, enfim, não havia um canto seco.
Ainda bem que a pobre mulher estava cansda e que só queria ir para o seu lar, doce lar. Ainda bem que ela planeava um jantar óptimo seguido de um serão quente e confortável no sofá porque se não fosse a amiga, a mãe, o cunhado e até a vizinha do lado a darem uma ajuda, a esta hora ela ainda estaria sentada no chão a chapinhar na poça enquanto chorava copiosamente. E o macho-alfa, onde é que anda? - perguntam vocês. O macho-alfa está seco e a sul a queixar-se, espantem-se, que não pôde plantar a vinha porque - que desgraça - o terreno estava muito molhado. Irónico, não é? Diria até que isto é a mehor e a mais pura das sintonias amorosas: ambos lixados, preocupados e com a vida virada do avesso por ter os pés molhados.
Ainda assim podia ser pior. Em vez de ficar com o chão todo rebentado, com a casa toda molhada, com 11 tapetes encharcados no terraço na esperança que estes sequem antes de ser Verão (isto se não chover mais), a rezar para que os móveis de madeira se aguentem, que os quadros que estavam no chão à espera de um dia serem pendurados sobrevivam, a inundação podia ter feito um curto-circuíto e o que não estivesse molhado estaria ardido. Acreditem que ela até está feliz, diria mesmo grata, por a água não ter subido o suficiente para lhe molhar a cama ou pior, que tivesse chegado às gavetas dos sapatos.
Agora diz que a moça vai só ali deitar-se no sofa a pensar na real merda de dia que teve e esperar que isto seque enquanto faz figas para que o dia de amanhã seja um cadinho melhor e que, acima de tudo, não chova!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Novelas - e eu a pensar que já não acompanhava nenhuma

Aindo sou do tempo em que à tarde na televisão, e aqui por televisão entenda-sa 2 canais - a RTP1 e a RTP 2, haviam umas horas dedicadas a novelas. Até aqui tudo igual, mas pior do que serem novelas, as mesmas eram mexicanas! Na altura, quando "obrigada" pela minha avó a vê-las, questionava-me sobre que mal teria eu feito para merecer tal castigo. Depois veio a SIC e com ela os grandes hits das novelas brasileiras e foi nessa altura que cedi. Vi de bom grado o Roque Santeiro, a Tieta e por aí fora. Há muito tempo que me deixei de novelas. À segunda-feira dá o Prolongamento o que para mim tem o mesmo efeito e, achava eu, chegava-me.
É então que surgem os blogues e com eles voltamos aos primórdios das novelas, voltamos às mexicanas. Ok, e então, Anita? Isso é mau? Sei lá se é mau ou se é bom. O que me preocupa mesmo é que agora eu vejo-as, ou melhor, leio-as, e desta vez não é obrigada pela minha avó, mas por opção e o pior de tudo é que gosto e até fico à espera dos próximos capítulos!

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Sobrevivi ao passo 1, não tropecei e não vou precisar de um saco preto para a cabeça.

Agora é continuar!
(Há quem questione a quantidade de dinheiro gasta versus a pouca diferença no resultado final. Eu considero o facto dos 3 cabelos brancos terem desaparecido darem a prova como superada)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Isto pode (não) ter bom fim...

Fim de semana sem os homens da casa. Uma pessoa levanta as mãos para o céu e congratula-se por ter uns momentos só para ela, para fazer o que lhe der na real gana e, tais são os planos, que chega até a pensar que o fim de semana devia ter mais dias. Vai daí,marca cabeleireiro, esteticista, combina cinema e jantares com amigas, planeia dormir (muito), fazer uma máscara facial, acabar o livro que anda em atraso há tempo a mais, ver comédias românticas, dar uma volta nos brinquedos da criança separando os de rapazola daqueles que são para dar, tentar mudar a disposição dos móveis da sala pois há muito tempo que anda a pensar nisso, tomar um banho de imersão com sais e fazer banho turco, semear os coentros e uma flores e, mesmo achando que uma semana já seria pouco para o que gostava de fazer, ainda planeia ir dar uma voltinha para comprar um trapinho e uma base que dizem fazer milagres e deixar-nos assim entre a boneca de porcelana e deusa grega.
Ah, que planos tão ambiciosos - dizem vocês! Calma minha gente, muita calma. É que este fim de semana de gaja começa hoje às 17h30 com a ida ao cabeleireiro e, como toda a gente sabe, quanto mais alto é o voo, maior é a queda pelo que, basta este primeiro passo no fim de semana ser mais um tropeção para que os restantes dias sejam uma eternidade passada entre o choro, a baba e o ranho, fechada em casa com um saco na cabeça numa tentativa de mitigar a vergonha.
Vá, não sejam invejosas e desejem-me (muita, mas mesmo muita) sorte porque da forma que estou sou moça para cometer uma loucura