palmas para a Anita

Consegui. Não sei se está como os que fazias, mas aposto que estás a olhar para ele e a dizer que aprendi tudo contigo, que só podia

sair bem porque tive uma óptima professora.

É verdade. Tudo o que sei de Natal aprendi contigo e tu sabes como gosto desta época - foste tu que me fizeste, não só vive-la, mas amá-la. 

Os teus netos também já opinam e dão ideias e aposto que quanto tiver de passar o testemunho que em tempos tu me passaste, não nos vão deixar ficar mal.

Este ano vais continuar a estar na nossa mesa, como sempre tens estado, mas desta vez eu olho e és mesmo tu!

No que me fui meter

Este ano resolvi voltar à decoração de mesa mais vintage. Aquela decoração que me lembra a infância e os centros de mesa feitos pela minha mãe.
O ritual era sempre o mesmo: ir à Romeira Roma tirar ideias (muitas) e comprar o material escolhido para a minha mãe dar asas à imaginação. 

Tempos houve em que a mesa foi feita e dimensionada de propósito para acolher o tal arranjo. Em faltando espaço, era a mesa que tinha de ser maior e não o arranjo mais pequeno, como é evidente.

Tantos e tantos anos a vê-la fazer estas decorações, resolvi pegar no que me lembro e no que acho que sei, comprei tudo o que acho que preciso e é pôr mãos ao trabalho.

Hoje talvez o consiga acabar, que isto de criar requer tempo e inspiração.

Não sei se vou ser capaz de fazer um igual aos dela, nem sequer se consigo chegar lá perto, mas mesmo que não consiga, pelo menos tento. Enquanto isso, a casa cheira a Natal e eu lembro-me dela.

Ao 6º dia do advento

Já tenho quase todas as prendas de Natal compradas e as poucas que faltam estão pensadas e orientadas.

Inédito!

Carta do Pai Natal concluída com sucesso. Este ano os pedidos não foram exóticos, não estavam esgotados e portanto não foi uma nervoseira até às vésperas, uma canseira jamais vista, tudo para garantir que o velho das barbas não era um malvado que não atendeu aos pedidos da criança.

O aborrescente mantém a tradição de não pedir nada o que, embora pensem o contrário, dificulta muito a vida a uma pessoa. Acontece que o aborrescente tem uma mãe que é uma enorme idiota e que, mesmo no meio de uma névoa cerebral, consegue ter ideias geniais capazes de o deixar com várias lágrimas no canto do olho nessa grande noite.

Estou que não me aguento de vontade de lhe contar, mas ainda vou ter de aguentar aqui, firme e hirta, de boca fechada, mais 18 dias. É ser forte Anita. É ser forte.

Jantares de Natal de empresa

 A culpa é de certeza dos filmes que nos elevam a expetativa e nos fazem pensar que no jantar de natal da empresa todos vão vestidos em bom, que vai ser uma grande festança onde no fim há sempre uma Célia da contabilidade que se enrola com um Joaquim da logistíca, onde há sempre um Zé Carlos que acaba a lamber o chão e a fazer danças embaraçosas e claro, há sempre a donzela da história que nem dava nada por aquela festa, que nem sequer queria ir, mas no fim conhece uma brasa do departamento de marketing e passam o Natal juntos, entre decorações, filmes, chocolates quentes e amor etermo.

Esta semana há o jantar da minha equipa. Já estou lá há tempo suficiente para saber que nenhuma das situações atrás descritas vai acontecer. Nem irem em bom, quanto mais uma festança de arromba.

Resta-me vestir as lantejoulas, prometer que não vou encarnar nenhuma das personagens que esperava ver e manter a esperança que, a título de milagre de Natal, aquilo se transforme num filme.

1 minuto de silêncio

Pelas pessoas cuja função é coordenar equipas, mas que sistematicamente, à hora de iniciar uma reunião, adiam a mesma por mais 15 minutos, depois mais 15, outros 15, até que acabam por cancelar deixando completamente avacalhada a agenda, a organização e os timings dos outros.

Empresas, malta desta e que é de valorizar, ok?