Se isto não é ser produtiva, não percebo nada de produtividade

• Compras alimentares: Done (muito come esta gente que habita nesta casa)
• Arranjar tampo da mesa de natal: Done (Anita, a rainha do bricolage)
• Casaco de inverno para cria mais velha: Done (há 20 dias comprei o que ele queria para os anos. É muito giro, muito lindo, muito fashion, mas e os dias frios de chuva, hã? Pois. Não serve. Ele está contente com as compras. A minha carteira está a chorar e em sofrimento)
• Lavar e estender roupa: Done (2 máquinas feitas, 3 máquinas estendidas. A máquina sou eu)
• Encomendas online: another one down. three to go (é ter fé e fazer figas que tudo vai chegar a tempo)
• Roupa de Natal: A caminho. Se for tão giro como parecia no site sou mulher para o repetir. Isto de ter vários eventos com grupos diferentes é um luxo nas questões de indumentária
• Cabazes de natal: on going (por que raio me meti nisto de fazer cabazes temáticos?)
• Embrulhos de Natal: starting soon
• Presente do Amigo Oculto: à espara de inspiração
• Lista para a Ceia de 25 de Dezembro: on going (mentalmente está feita, mas passar para o papel é outra conversa)
• Colocar as capas no sofá: Não passa de hoje! (depois de 3 dias a enregelar no estendal já estão dentro de casa)
• Camisolas para a cria mais nova: É hoje!
• Levantar o cabaz de natal da empresa: Amanhã. (ainda tenho uns dias até ser devolvido)
• Ir levantar o presente do macho-alfa: é hoje! (impressionante as coisas que consigo meter num dia)

Isto tudo no dia de hojem sem contar com levar e ir buscar a cria mais nova ao colégio, os jeito que dei na casa, o trabalho e as reuniões porque sim, não estou de férias. Não sei bem como, mas logo ainda conto ver um filme da natal.

Se podia fazer uma lista do que me falta fazer, iniciar, planear, tratar? Não só podia como devia, mas tal como as coisas para a ceia de natal, também estas estão organizadas na minha cabeça e mais vale nem as materializar sob pena de me dar um fanico.

A verdade é que adoro esta época e não há mais nenhuma em que consiga fazer tanta coisa em tão pouco tempo e de cara alegre.

Não é para me gabar, mas há dias (muitos) em que sou mesmo uma máquina.

Carla Andreia, acredite no que lhe digo

Não vale a pena achar que ao dar mundo à chopa vai compensar a falta de berço.

Foque-se no básico. Comece pelo essencial e por aquilo que deveria ser transversal. Se ela tiver isso, o mundo vem depois. O contrário é que nunca acontece e, por muito longe que vá, por muito que ela viage, nunca vai chegar lá.

Alterações Climáticas

De todas as que se têm visto por aí, a nós tinha de nos calhar a parte em que nem uma camisola podemos vestir em dezembro sob pena de ficarmos a assar?

Não dava só para ficarmos com as frentes frias e nevões? Era pedir muito, era?

Candy cruch e Candy crash

Eu é mais Candy crash.

Estou quase há 2 meses sem uma placa de indução que prometia tudo e na verdade não cumpriu nada!

Em apenas 1 ano de vida faleceu duas vezes sendo que desta última, após 1 mês e meio nos cuidados intensivos em coma induzido, foi declarada a sua morte.

Bom, mas o material era novo, promissor e escudado de uma garantia de 3 anos. Verdade, mas isso da garantia é muito bonito se e só se houver quem nos dê resposta. Acontece que a marca Candy tem um atendimento ao cliente pior do que os eletrodomésticos que vende. Ignoram os clientes, deixam-os sem resposta e sem as coisas que compraram. Neste momento, se não fosse a generosidade de um tio, estaria a cozinhar numa fogueira no chão ou alapada num qualquer restaurante a pedinchar um desconto de família e assiduidade.

Ora bem, mas hoje seria o dia em que me iam entregar uma placa nova em substituição da defunta.

O técnico chega com ela embalada, novinha e folha e, diz não ter autorização para a montar pois não tinham sido feitas obras na cozinha. Confesso que até gostava de fazer. Ela é assim para o modernaço e não é muito o meu estilo, mas não o técnico não me estava a fazer uma sugestão de desing, não, não. O técnico acho por bem dizer que a fábrica (não ele) alegavam que a placa de encastre não podia ser instalada, espantem-se, de forma encastrada e que seria essa a razão da sua morte.

Incrivelm não é? Uma placa de encastrar que teria de ser instalada num sítio amplo, fresco e arejado sob pena de estoirar. Quem sabe o melhor não seria pô-la numa varanda ao fresco, com uma ventoinha apontada para ela, não vá o diabo tecê-las.

Se isto não é do mais ridículo e incompetente que já se viu, então eu não percebo nada disso de marcas manhosas e duvidosas.

Agora é aguardar que cumpram a lei e me devolvam o dinheiro que o que não falta são sítios para o gastar.

40+4

Nem sempre o nosso aniversário corre como desejamos ou planeamos. A vida acontece, dá voltas, os planos alteram-se, sem que isso seja exatamente uma coisa má.

Não adoro fazer anos, mas ontem gostei mesmo muito de fazer.

O dia foi bonito, calmo e no fim, não podia estar mais orgulhosa dos meus filhos que, trouxeram Verona e muito amor até mim.

Tenho mesmo as pessoas certas à volta. Nós os 4 somos mesmo uma equipa do caraças e à nossa volta temos uns Elfos do melhor que há! 

Foi um dia feliz, cheio de detalhes incríveis que só quem me conhece muito bem e quem gosta muito consegue fazer. Assim uma pessoa quase nem se importa de ficar mais velha.

Afinal...

Ele não ligava a decorações de Natal. Ela sempre viveu a época em ácidos.

Ele fazia a árvore de natal e comprava os presentes na véspera. Ela em Novembro já tinha a casa decorada.

Ele não gostava de neve nem de frio. Ela sonha acordar com tudo branco lá fora.

Ele achava os filmes de Natal um pavor. Ela via e revia todos os disponíveis.

Ele nunca ouvia músicas de Natal. Ela tinha playlists personalizadas desde o tempo dos cd's.

Ele não ia a mercados nem feiras de Natal. Ela delirava com tudo que se pudesse parecer com isso, nem que fosse beber uma ginja no Rossio depois de ver as luzes.

Dez anos depois gosta de ver as luzes da árvore a piscar, mesmo em novembro, trauteia músicas de Natal, opina nas decorações e acha as nossas árvores as mais bonitas que conhece, mesmo que nem sempre o admita. Ainda não quer viver num local em que neve, mas férias brancas já fazem parte dos planos, não só vai a mercados de natal como já faz pinturas faciais alusivas ao tema e não resiste à foto com o Pai Natal e ontem, pela primeira vez, viu uma comédia romântica de natal. Dei por ele a deitar uma lagriminha o que nos arrancou muitas e boas gargalhadas depois.

Acho que ao fim de 10 anos consegui convertê-lo para o lado da magia.

Na minha cabeça estava tudo tão bem

Estava tudo em harmonia, equilibrado, com tão bom ar, tudo tão giro. Estava assim um misto de sofisticado e casual que não podiam combinar mais com este tempo outonal.

A verdade é que a luz do dia e saíndo da minha cabeça ensonada, coberto com a névoa típica das 07h30 da manhã, nada resultou como eu tinha vislumbrado.

Acontece que os horários não se compadecem destes maus julgamentos e ainda piores decisões, pelo que me resta envergar a roupa que eu mesma escolhi o resto do dia.

É relaxar e esperar que mais logo o pijama me caia melhor.

É por estas e por outras que não confio em App's

O meu Accuweather diz que no local onde me encontro está sol e uns amenos 20ºC de sensação térmica.

A realidade é que está frio e a chover.

E tu, Anita, não querias este tempo? Queria pois. Não lamento a chuva e o fresco. Lamento apenas ter deixado a gabardine e o chapéu de chuva no carro que, pasmem-se, está longe de estar á porta. 

Minha doce gordinha

Hoje aprendeste uma lição gigante de vida.

Aprendeste que ser valente é corajoso não é trepar árvores muito altas, não é dar mergulhos muito fundos, não é saltar de asa delta nem andar sozinha à noite pela casa escura.

Ser valente é assumir quando erramos, principalmente quando tínhamos tanta vergonha de assumir. Ser corajoso é pedir desculpa, conscientes de que estivemos mal, mas queremos emendar o que foi feito.

Hoje foste muito mais valente, corajosa e doce do que imaginas e eu cá estarei para te lembrar disso e dar-te o beijo e abraço que mereces! 

Acreditem no que vos digo

 Será sempre à mesa, seja ela de jogo, de refeição ou de reuniões, que vocês ficam a conhecer relmente a educação e o berço de alguém. Sempre à mesa.

Vá, repitam comigo

 "De qualquer forma. De qualquer forma. De qualquer forma."

Só mais uma vez, para garantir que perceberam mesmo bem, " de qualquer forma".

E já que hoje estou com algum tempo para vos ensinar qualquer coisa, podem também aplicar isto ao " de qualquer maneira".

Não, não precisam de me agradecer. Na verdade isto não foi altruísmo, mas sim uma tentativa de amenizar os meus nervos, as minhas ânsias e dar algum descanso aos meus olhos que reviram sempre que vos oiço, nesse vosso ar de pessoas muito entendidas, cultas e do mais erudito que já se viu, a falar de forma rústica.

Agora vão. Sigam o vosso caminho e tentem falar como pessoas realmente educadas e letradas em vez de andarem por aí, quais saloios analfabrutos, a dizer "de qualqer das maneiras" ou "de qualquer das formas". Lembrem-se sempre que quando tentam brilhar sem ter qualquer polimento, será sempre nestes detalhes que serão apanhados. 

Já agora, se o instagram e afins vos deixar um algum tempo livre, usem a internet para ler um bocado, mas livros a sério, está bem? O Pedro Chagas Freitas e o Gustavo Santos não contam. Os livros de auto ajuda também não.

Os mais friorentos que me desculpem (ou não)

 Não podia estar mais contente por ter baixado a temperatura.

Já me estava a ver de t-shirt e a suar do bigode enquanto fazia a árvore de natal e já se sabe que natal e calor, por muito que queiram, não combinam.

Nem vale a pena virem dizer que nos trópicos também há natal e que também é muito bonito. Há sim senhor, que o natal não se pode tirar a ninguém e festeja-se onde o homem quiser. Quanto ao bonito...meus caros, não é. Não é bonito, mas é ridículo. O natal é representado por um velhote de barbas cuja roupa não está nem próxima de uns calções de banho. As árvores de natal têm neve, senhores. Ne-ve! Nada disso combina com 30ºC. Nada no conceito de natal grita calor ou praia. Pronto, já disse.

Assim sendo, e uma vez que já consegui vestir uma camisola fininha, achei melhor despachar já uma das 3 árvores de natal lá de casa, não vá o São Pedro trocar-me as voltas e daqui a uns dias estar novamente a assar em novembro.

Se fosse um animal

 ...hoje seria um peixe balão.

Não sei se é do calor se do muito que ando a comer, mas a verdade é que estou inflada como um peixe balão. Nem sequer me faltam os espinhos.

A vaidade é sempre a última a ir embora

E é pena. Se assim não fosse podia ser que houvesse quem percebesse que ter cabelos brancos na cabeça será sempre melhor do que ter um texugo morto, decolorado, a quem passou um camião por cima três vezes.

A minha mãe dizia que com a idade as mulheres não ficavam velhas, mas loiras. Neste caso em particular estou na dúvida se não é de substituir o "loiras" por burras, ou mesmo carecas.

Pessoas que compram no OLX

Se me mandam uma mensagem sem "bom dia", sem "boa tarde" ou "boa noite", é certo e sabido que começam logo o negócio com o pé esquerdo.

Se ainda por cima quiserem um desconto, digo-vos já, que não sou de fazer perder tempo, que não há negócio. 

Bem sei que é só uma transação numa plataforma de vendilhices, mas educação, minha gente. Educação.

Felizmente nada do que ponho à venda é por estar com a "corda na garganta" por isso dou-me ao luxo de escolher com quem faço negócio e com gente mal educada não é de certeza.

Plantar

Não é por se plantar uma ideia na cabeça de outro, regá-la com frequência, adubá-la, ainda que de forma blasée, que ela vai florir, muito menos dar frutos.

Às vezes está só a alimentar-se uma bela daninha que vai arruinar todo um jardim.

Isto de ser jardineiro não é para todos.

É tudo uma questão de perspectiva

Tenho 6 kg a mais. É um facto.

Há dias que esses 6 kg's me parecem coisa pouca, daquelas que se perdem enquanto o diabo esfrega um olho. Outros dias acho que são imensos e que a minha boca nunca me vai permitir mandá-los para de onde nunca deviam ter saido.

Hoje chegaram uns pesos novos a casa, curiosamente, com 6 kg's. Meus deus, como os achei pesados.
Afinal 6 kg's não é assim tão pouco!

Comecei a ficar com (alguma) pena do macho alfa e talvez, mas só talvez e num bom dia, pense duas vezes antes de lhe pedir que me pegue ao colo.

Como em tudo na vida, nos pormenores é que está a qualidade

 Acontece que pelo caminho se vai encontrado muita tralha que, à primeira vista, pode brilhar, pode até parecer de boa qualidade, mas a verdade é que no fim não passa de publicidade enganosa. Alguém mais atento ou mais conhecedor, vê logo à distância que se trata de fancaria.

Quem alguma vez provou bife do lombo consegue perceber quando lhe servem um escalope da rabadilha.

Se há dias em que a fome é tanta que esse escalope vai saber e cair que nem ginjas? É claro que vai. Se há problema em comer-se um escalope da rabadilha? É claro que não. O problema é quando o escalope da rabadilha não é servido nem vendido como tal, mas como bife do lombo. O famoso "gato por lebre".

Depois há quem, perante o engano, ainda se tente convencer que a carne é super tenra, que é óbvio que é um bife do lombo, afinal é carne de vaca, está isso escrito no menu e, afinal, ela é tao esperta que, evidentemente, jamais se deixaria vigarizar, mesmo que a carne vá sabendo pior a cada garfada.

Uma pessoa lá fica a olhar para a outra pessoa a comer, a pensar que a coitada está a levar um grande barrete, mas com a certeza que não vale a pena dizer-lhe nada. Que às vezes precisamos de andar um bocado às escuras até perceber que nem tudo o que luz é ouro.

É ele!

 Sabes que o outono chegou quando, a par das folhas amarelas e laranja que andam pelo chão, te cheira a terra molhada.

Sempre gostei muito dele, mas com a idade acho que se tornou, ainda mais,  a minha estação preferida.

Quando a mente fica inquieta

Estou de férias a sul é como sempre já tenho a pele dourada e o cabelo salgado. O corpo está cansado dos mergulhos e ralaxado pela ausência de horários, mas a cabeça e o coração inquietos.

Parece que me falta alguma coisa que nem sei bem o que possa ser. 

Talvez ainda não te há conseguido desligar da rotina que pauta grande parte do meu ano. Talvez me falte um amor de verão, daqueles avassaladores e dos quais abdicamos quando escolhemos um amor para o ano (ou vida) inteiro. 

As crianças brincam, as brasas aquecem, a cerveja está gelada e o champagne também. O ar cheira a Algarve, o tempo está doce, a água quente, mas eu estou inquieta. 

Queria que alguém tivesse a respira que eu mesma não sei dar.

Alguma coisa que no meio desta paz me desse um frio na barriga.

Talvez seja eu que não sei viver mo descanso, na quietude de uma vida calma, tranquila e previsível. Talvez devesse aprender. Afinal é isso que todos buscam e em tempos eu também - uma vida na qual se navega por águas calmas e gentis. Agora que a tenho, por vezes sinto que me estou a afogar.

Dizem que mares calmos nunca fizeram bons marinheiros e eu cá acho que a vida me transformou num lobo do mar. Talvez a tempestade pela qual anseio não seja o que eu preciso, mas por agora, gostava de ter algumas ondas a rebentar na areia. 

Meu querido mês de Agosto

 Mais um ano em que por esta altura o país inclina para sul.

É assim uma espécie de fenómeno migratório nacional em que a fauna se dirige, em bando, para terras algarvias.

Pois que a Anita, rapariga cansada, exaurida, porém organizada que é, tinha planeado esta semana para poder fazer malas, organizar a casa e preparar tudo para também ela migrar para a terra das laranjas e das alfarrobas, achando que lhe faltavam tantos dias para as férias que nem sabia como ia aguentar o sprint final. Acontece que a Anita é também uma idiota e lembrou-se que seria possível ficar em teletrabalho o resto da semana e como tal, a estadia em Lisboa podia ser encurtada.

Olha que sorte, dizem vocês! É sorte sim senhora, mas agora quero ver como é que vou conseguir fazer tudo o que me falta, não em 1 semana, mas em 2 dias.

Então e esse azar, Anita?

Gostava de dizer que se foi embora mas não. A placa de indução com apenas 6 meses de vida decidiu também falecer. Nada fazia anunciar ou prever. Foi assim tipo morte súbita.

Bom, mas a verdade é que há sempre o forno, uber eats ou mesmo restaurantes. 

Estou mesmo, mesmo quase a ser um verdadeiro Buda. O peso e as regueifas já cá cantam. Falta o resto, mas está em processo. 

Alguém conhece uma bruxa das boas? É para uma amiga

Numa semana em que o volume gigante de trabalho foi a única coisa que não falhou, num dia acordo com os pés molhados e a cozinha inundada, no outro, quero ir tomar banho e vejo que estou sem água.

Entre outros e vários azares, se alguém souber fazer umas mandingas que endireitem as coisas, já estou por tudo. 

A fervilhar

Tenho a cabeça cheia de ideia, de planos e projectos. São tantos e tão bons!

Dizem que o segredo é a alma do negócio e eu, que nem sou dada a grandes superstições, acho que é melhor guardá-los para mim, não vá o diabo tecê-las, mas estás ideias têm-me posto a sorrir e a sonhar. 

Santo António já se acabou

O Santo António pode ter acabado, mas os outro santos continuam aí prontos para os festejos e eu, consegui estrear-me ontem ao som de Toy.

O mais velho, mal me viu no arraial, tratou de desaparecer com os amigos aproveitando o mote da festa para aplicar o milagre da (des)aparição. Valha-me a mais nova que, companheira da sua mãe, mesmo acabada de sair de uma gastroenterite que transformou a minha semana noutro tipo de festarola, dançou como diz o Toy , toda a noite, perpetuando esse grande clássico dos arraiais: elas com elas.

Bastava só aceder em provar caracóis que estava pronta para madrinha da nossa marcha, até lá é o nosso manjerico.

Trovoadas

Passei do "Ai valha-me Santa Bárbara, protetora contra raios e trovões, que vou só ficar aqui escondida debaixo da cama até esta trovoada passar" para alguém que começa a sorrir ao vislumbre do primeiro raio e som do primeiro trovão e ontem o espetáculo foi incrível!

 

Não sei em que momento a trovoada passou a acalmar-me o espírito em vez de inquietar, mas a verdade é que a única coisa que me conseguiu dar a paz que precisava ao final do dia.

 

Talvez a minha vida ande parecida com uma tempestade e por isso comecei a conseguir apreciar-lhe a beleza.

Uma volta de 360°

 Mais uma grande reviravolta na chafarica a que chamo trabalho.

Volta e meia, não vira, lá vem uma reestruturação. Já presenciei várias, mas a verdade é que nunca foram grandes mudanças. 

Talvez eles, os que mandam, achem que sim. Talvez eles, os que mandam, até possam sentir alguma coisa de novo, mas na prática, nós que trabalhamos,  não vemos diferença nenhuma. 

Num mundo de coaching, de frases inspiracionais e de discursos sobre "fazer acontecer", esse chavão dos tempos modernos, esquecemos do mais importante de tudo - a mudança vem de dentro, vem de deixar para trás velhos hábitos enraizados e arriscar em fazer diferente. Vem de aprender e evoluir. Até lá, podem dar as voltas que quiserem, qual jogo das cadeiras, que nós que trabalhamos, ficamos sempre na mesma e eles, que mandam, também. 

Duelo de Titãs

Tenho para mim que sou uma pessoa persistente, resiliente e que dificilmente desiste de alguma coisa que meteu na cabeça. Há quem diga que também pode ser obstinação, mas isso agora não interessa para o caso. Interessa sim que 2024 começou comigo determinada a recuperar o corpo de 2016. Quem sabe até um corpo que nunca tive, mas que nunca é tarde para ter, visto nunca ter sido dada a grandes exercícios e a genética funcionar bem até aos 35.

Vai daí que me deparo com algo tão resiliente como eu - a gordura que estoicamente acumulei ao longo destes anos.

Agora é ver quem ganha esta batalha e, se por um lado a minha determinação grita "força Anita!" a minha gula está a torcer pela banha. 

Mercúrio retrógrado ou Urano progressista

 Seja lá o que for, certo é que ando em maré de azar.

Consegui amarrotar o carro na porta e no pára-choques. A máquina de lavar a loiça está em coma e de um diagnóstico reservado, passou a uma sentença de morte sem qualquer hipótese de recuperação.

O exercício cá vai, certinho, regular, mesmo nos dias em que só o sofá me serve. Já acabei com o músculo do adeus. O pneu que tinha à volta da cintura já está visivelmente mais reduzido, mas perder volume no resto que é bom - nada! 

Estivesse eu numa fase daquelas em que desistir parece ser a melhor opção e já tinha mandado os pesos e as esteira para as cucuias. Como não estou, vou à arrecadação buscar a máquina de steps. Pode ser que consiga subir ao Bom Jesus de Braga enquanto lavo a loiça à mão.

Etiqueta

 Ele há pessoas que querem porque querem sentar-se à mesa dos adultos. 

Acreditam mesmo que sentar-se à mesa com "os crescidos" faz com que elas sejam também crescidas, mas todos sabemos que não é assim.

A verdade é que nestes casos o resultado é desastroso. Ele é nódoas por todo o lado, cotovelos em cima da mesa, comida por fora do prato, uma panóplia de talheres e copos que não sabem usar, para acabarem com os beiços lambuzados, o guardanapo ao pescoço à laia de babete, a fazerem birra como pequenos endiabrados que, certamente, deviam estar noutra mesa que não aquela.

As coisas são o que são

Podes ter uma fruteira linda. Podes todas as semanas comprar as melhores frutas, as mais bonitas, as mais viçosas, as biológicas e sem pesticidas, mas a verdade é que se não limpares o bolor que está no fundo da tua linda fruteira, não te espantes se a tua fantástica fruta estiver, consecutivamente, a apodrecer.

1 minuto de silêncio

 ...por todas as pessoas que não sabem mastigar de boca fechada.

De caminho, além do minuto de silêncio era proibí-las de comer pastilha elástica.

Ajustar não é falhar

 Achava que ia conseguir fazer exercício 5x por semana, mas a verdade é que não houve ainda 1 semana em que conseguisse, ficando-me sempre pelas 4x.

A título de motivação não vou assumir isto como um falhanço. Decidi encarar a coisa como algo que precisa de ajuste. Assim sendo, 4x vai passar a ser a minha meta.

Quando a ultrapassar passa a ser 5. 

Querem transformar falhanços em evoliução? Perguntem-me como.

Não pensem que tenho prazer nisto, porque não tenho

 Falar do tempo não é algo que me deixe particularmente entusiasmada nem espero que entusiasme quem ouve, mas o que tem de ser dito, tem de ser dito.

Não sei se são as alterações climáticas, o anticiclone dos Açores ou o que quiserem chamar, mas isto de ter primavera em Janeiro é tudo o que eu não queria.

Ah, mas os EUA e grande parte da Europa estão a atravessar um inverno gélido e cheio de neve - dizem vocês. Pois, mas nós por cá tivemos um Dezembro e um Janeiro que, salvo alguns (poucos) dias, pudemos andar em mangas de camisa sem sentíssemos um arrepio sequer.

Não peço um nevão. Não peço acordar de manhã com tudo branquinho lá fora, mas dá para, ao menos, poder vestir uma camisola sem ficar a suar, espantem-se, no Inverno? Dá?

Com tanta alteração climática tinha de ser a nós que nos saía um clima morno, temperado e sem graça? Se levei com um bafo dos infernos no Verão, porque raio não podemos levar também com um fresquinho a sério no Inverno?

Cheia de pena(s)

 Tenho pena de quem, todos os dias (pelo menos aqueles em que estamos no escritório) se alimenta de uma sopa bebida por um termo.

Atentem que não é uma pessoa que não possa escolher diferente. Essa dar-me-ia pena por outros motivos, mas aqui o caso é outro. É mesmo alguém que vê no trabalho mais prazer do que na comida. É alguém que acha uma excelente opção beber uma sopa parecida com a dos hospitais, em frente a um pc, com phones nos ouvidos, fazendo-o em 3 ou 4 golos para não ficar muito tempo com a câmara off.

É magra (esquelética), muito fit, do running e das maratonas, mas carrega nos olhos a falta de brilho e a tristeza que só quem não sabe o bem que sabe uma boa garfada pode ter.

Estou quase a dar-lhe um abaraço e convidá-la para almoçar, mas ela não ia perceber.

Guess(ing)

Cheira-me que a malta que usa coisas da Guess e as ostenta como se de uma marca de luxo, classe, requinte e bom gosto se tratasse, além de me dar sempre umas comichões que não consigo explicar, são uma versão Kardashians da Ameixoeira. Querem ser, querem (acima de tudo) parecer, mas na verdade, verdadinha não são.

Bem sei que não é bonito esteriotipar as pessoas, mas que os esteriótipos existem, ai isso existem!

11

Nunca me consigo lembrar ao certo do dia. Tenho sempre de confirmar em que dia foi pois, não sei porquê, na minha cabeça ficou o 11 e não o 12.

Talvez me tenha ficado o 11 por ter sido último dia em que te vi e na verdade, esse é que conta.

Fala-se muitas vezes que devemos sempre despedir-nos das pessoas como se fosse a última vez pois nunca sabemos se as voltamos a ver, tu mesma dizias isso tantas vezes, mas não sei se isso é possível. Fica sempre tanto por dizer, tanto por fazer... e entre nós não foi diferente.

Mesmo não estando a falar, tenho um nó na gargante e um aperto no peito que não me deixam dizer mais nada por isso, resta-me apenas dizer que morro de saudades tuas e que o meu Janeiro será sempre infinitamente mais triste.

That's all folks

 

O Natal foi mesmo bom!

As férias que tirei para aproveitar melhor a época foram muito bem aproveitadas. Tão bem que estou em negação com o fim das festividades.

Hoje aterrei com os costados no escritório e não podia haver maior banho de realidade do que este.