A terra com a Serra da Estrela como pano de fundo |
Se há expressão que os portugueses muito apreciam, em especial pela altura das férias grandes [leia-se Agosto], Natal, Páscoa, ou outro qualquer feriado ou fim-de-semana prolongado é ir à terra.
Outra coisas não seria de esperar de um povo que sempre teve a capacidade de arrumar as imbambas e fazer-se à estrada à procura de uma vida melhor, fosse para outros países ou apenas para longe o suficiente para ter uma terra onde voltar.
E a terra é um lugar fantástico! É um lugar que dispensa nomes ou sequer indicações. Basta-nos dizer "este fim-de-semana vou à terra" que automaticamente parece que toda a gente sabe para onde vamos e de que terra somos.
E quem como eu nasceu e cresceu em Lisboa, não tem uma terra para onde ir nas alturas de festas [visto que na minha terrinha já estou eu] a não ser a terra alheia.
Seria de mau tom, algo inconveniente até, andar-me sempre a colar à terra de alguém pelo que, e para ter também uma terra para poder ir, adoptei uma.
A escolha da terra a adoptar não foi difícil, eu diria até que foi herdada uma vez que é de família. Nem mais, a terra dos avós paternos é sempre uma boa opção [a dos maternos também era muito bem adoptada, era sim Sr., mas está mais longe pelo que é mais uma paixão distante].
E posto isto, estando nós na semana da Páscoa, o que fiz eu? Ora bem, fiz as malas, juntei as imbambas, o filho, a mana, o cunhado e um cão, e toca de vir para a terra.
E como há coisas que nunca mudam, esta ida à terra prevê-se que seja cheia de boa comida, recheada com muitas e longas histórias e regada com bom vinho e licor até às tantas da manhã.
Acreditem em mim gente, se ainda não tiverem uma terra, adoptem uma, mesmo que hajam dias em que não sabem muito bem de que terra são.
Agora procurem outra, é que esta terra já foi adoptada :)))
Solar dos Viscondes
Açude
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