Não sou dada a clichés, mas ele há dias em que assentam quem nem uma luva.
Posta a minha débil condição física, só me ocorre um: Não nasci para ser sopeira!
Admito que este tipo de afirmação possa irritar algumas pessoas [quem sabe as que até nasceram para tal] e que pode até roçar a arrogância, mas é uma verdade, verdadinha. Não nasci!
É certo que não tenho outro remédio, mas que fique registado que o faço sob protesto.
A prova que não nasci para sopeira [para além do meu evidente bom ar, unhas arranjadas e todos aqueles pormenores que deixam essa diferença bem clara] é que, no dia em que, não tendo alternativa, agarro na vassoura, na esfregona, na lixívia e nos panos, no balde e no escadote e me resolvo a tornar o palácio para onde em breve vou viver num ninho alvo e imaculado, fico entrevadinha e empenada qual múmia!
Que grande porra esta de ter passado o resto da tarde na praia e o festival de Sto António sem me conseguir mexer. É preciso ter azar!
O que me valeu foram as quantidades industriais de fármacos e os mimos da mana ou a próxima peça de decoração que ia comprar era um sarcófago e, mesmo calçando apenas um 36, algo me diz que ia passar a dormir em pé!
Nota: Tendo em conta que andei a acartar com montes e montes de coisas para o meu Gran Palácio nos últimos dias podia ter escolhido antes um Não nasci para estivadora, mas achei que a história da sopeira era mais abrangente e me ficava melhor.
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