Carta de agradecimento (ou motivação) a S. Pedro

Caro S. Pedro,

Antes de mais, muito obrigadinha pelo dia de hoje. De facto não esteve nada assim a atirar para o extraordinário. Não senti um calor das arábias nem tão pouco foi suficiente para transformar a praia que frequento num paraíso tropical [apesar de estarmos no fim de Julho, no hemisfério norte. Verão, portanto], mas ao menos deu para ir à praia sem levar um agasalho ou mesmo um chapéu de chuva. Nada mau, hein?

Realmente o ventinho que à tarde se levantou era dispensável, mas pronto, dou isso de barato.

Agora a dúvida que me ficou na cabeça é se tu és daqueles tipos a quem tem de se dar para trás para andarem para a frente? Ainda ontem estava eu para aqui a chamar-te nomes, a rogar-te pragas e a achar-te o pior das entidades divinas [olha que nem o Sto. António, esse santo casamenteiro, estava tão mal visto aos meus olhos] e tu...pumba, toca de te redimires e me presenteares com um dia de quase verão!

A minha alma ficou parva quando ao acordar não vi nuvens, não vi tudo molhado e ainda, a temperatura era "praiável". Sim Sr., é caso para dizer Bom Trabalho!

Na verdade não posso afirmar que tenham sido os meus insultos, pragas ou ameaças que te fizeram mudar de atitude, mas seja lá o que tenha sido, a malta agradece.

Agora vê lá se não estragas tudo, se não borras a pintura e não arruínas o resto dos dias que tenho de férias, tá? É que ter poucas [sim, ainda estou a gozar as do ano passado] já é uma valente porra, fazê-lo com um tempo de merda...é no mínimo miserável!

Vê lá se te animas, se não te armas em invejoso e se mantens a coisa assim como está. Se der para melhorar, fantástico. Se não der, pelo menos não estragues pá!

Com os melhores cumprimentos,

uma veraneante mais ou menos contente e grata