(sentados no sofá a ver o Happy Feet, que diga-se de passagem, de Happy não tem nada)
Calvin: Mãe, onde é que está a mãe dele? (no fim do filme com o pobre pinguim a bater com o bico no vidro a chamar desesperadamente pela mãe para lhe poder dar um peixe)
Eu: A mãe dele está na Antártida (bolas, eu bem que disse que devíamos ver outro filme)
Calvin: E alguém vai levá-la para aquele zoo?
Eu: Hummm...aaaah...(a pensar como é que ia explicar que o pobre pinguim nunca mais ia ver a mamã dele) Não...acho que não...
Calvin: Então ninguém vai mandar nele?
Pronto, por esta é que eu não esperava. Eu aqui a pensar que o Calvin ia ficar chocado, triste, até mesmo emocionado com o desfecho do filme. Eu que já estava a ver a melhor maneira de lhe dizer que há coisas assim, tristes, que não deviam nunca acontecer, muito menos com o intuito de nos divertir. Que o mundo pode ser cruel e que muitos filhos são separados da mãe. Que o pobre pinguim estava claramente maluco com a sua vida de cativeiro quando afinal, o que lhe passou pela cabeça foi que o pinguim era "livre", que não tinha ninguém que mandasse nele.
E pronto, é isto. A cabeça deste miúdo dava um case study.
Tão pequeno e já com uma noção tão deturpada do que é afinal a liberdade
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