E isso nem sempre é fácil. Parece que dentro de nós há sempre escondida uma criança mimada que teima porque teima que era mesmo aquilo que queria e, como a qualquer criança mimada e obstinada com alguma coisa, nem vale a pena tentar convencê-la do contrário. Depois fica-se ali a bater o pé, a fazer beicinho, assim quase a roçar a birra por não se ter o que se quer, mesmo quando nem sabemos se realmente o queremos ou não.
E se uma criança mimada já é difícil de convencer, um adulto a encarnar essa personagem irritante consegue ser muito pior. É que ao mimo e estupidez de uma criança junta-se a mania de que, sendo-se já adulto, se sabe tudo, inclusivamente o que se pode ou não querer o que, aliado a algum poder de argumentação, mais vezes para nós próprios do que para os outros, nos dá a ideia de que não podíamos estar mais certos e que os outros é que não estão a compreender bem a situação. É assim uma espécie de "nós contra o mundo".
Eu diria que umas palmadas bem dadas no rabo eram capaz de resolver a situação, mas na verdade, era capaz de tornar a coisa ainda melhor.
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