terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

A vida confinada

 Cá estmos nós no segundo confinamento.

A verdade é que isto dos confinamentos é mais ou menos como as vagas da covid19 - há quem diga que estamos na segunda, outros na terceira, mas a verdade é que não se percebe bem onde é que acaba uma e começa a outra.

Ora bem, isto de estar enclausurados numa casa, parecendo que não, além de meio doidos e anti-sociais, novamente adeptos das leggings e dos fatos de treino que (quase) todos nós jurámos a pés juntos que jamias voltaríamos a usar, temo transformar-me numa esfregona, ainda que a aspiração fosse algo próximo de uma decoradora de interiores misturada com o Bob o construtor.

Até agora (ainda) não peguei na tinta e no rolo, mas o confinamento está para durar por isso, não vamos lançar foguetes antes da festa. Desta vez resolvi pegar na casa em geral e no meu quarto em particular.

Vai daí, enveredei por esse mundo que é comprar mobílias online e confesso que estou em choque. Por momentos achei que ia ter de vender um rim, um apêndice e mais umas miudezas para poder comprar móveis que não fossem feitos de aglomerado nem fossem provenientes de uma marca sueca. Juro que tentei apostar no nacional, mas confesso que cómodas com 4 digitos largos e mesas de cabeceira a preços de malas YSL, quase que me deixaram motivada a investir em ferramentas e tarolos de madeira para um verdadeiro DIY.

Valha-me a resiliência que tenho desenvolvido neste longos meses que me fez encontrar uma loja francesa (e não foi a La Redoute) onde consegui encontrar tudo o que precisava e ainda, não de somenos importância, me permitiu conservar todos os meus orgãos internos. Agora estou em fase de desenvolvimento da minha paciência uma vez que vou ter de esperar 1 mês e meio para que me entreguem as coisas em casa. Acho que apesar de tudo vale bem a espera para conservar um rim.

Já agora, deixem-me avisar alguns senhores do mercado nacional que nessa mesma loja vi o mesmo  candeeiro pelo qual me pediram 170€ cá, por 90€. Vá lá malta, eu sei que os tempos estão dificeis, mas quase o dobro do preço é esticar a corda, ok? 

Mas vá, para não dizerem que não apoio o mercado nacional, meti finalmente cortinas nas janelas que faltavam- e olhem que eram muitas - cortinas essas que vieram, depressa e bem, de uma fábrica no Porto. High five para vocês que vendem produtos nacionai e bem feitos sem tirar o escalpe aos clientes. Ganharam mais uma fã. 

A este ritmo não sei o que vai demorar mais, se a pandemia ou a reforma do meu quarto, mas gostava que ambas terminassem depressa e sem dor, de preferência antes de eu resolver começar a partir paredes. É que uma pessoa começa com uma pequena mudança, um pequeno apontamento, diz que é só uma jarra ou umas capas novas para as almofadas e, quando dá por ela, tem uma casa nova.

#homesweethome #apandemiafezdemimumadecoradora 

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