Como quase toda a gente, achava que também eu ia ter direito a uns míseros dias de férias, passeio e descanso na altura da Páscoa. A vida já me ensinou, e eu já devia ter aprendido, que não sou igual aos outros e logo, não temos todos direitos iguais.
Quando já pensava na logística, no que havia meter na mala, no que fazer com todas aquelas horas fora do escritório, eis que pelo caminho se metem coisas que me impedem de levar por diante os meus planos e é aí que uma pessoa se sente ali entre a raiva e a indignação, saltando algures entre as lágrimas e o riso histério, pensando ora em programas de última hora, ora em matar alguém.
A ver se a coisa melhora, mas cheira-me que o melhor é manter as expectativas nos níveis mínimos, ou mesmo abaixo de zero.