sexta-feira, 30 de março de 2012

Não há como fugir do destino

...assim como não há maneira de negar que cada um é para o que nasce e definitivamente eu não nasci para cabeleireira.
Não foi hoje ao acordar que me dei conta que a arte capilar me passou ao lado. Isso já me tinha acontecido há uns 20 anos atrás quando a minha avó, num rasgo de profunda maluqueira [talvez resultante de estar entrevadinha com gesso até quase à cintura] me deixou brincar aos cabeleireiros...no cabelo dela. Isto dava uma longa história, mas digo-vos apenas que no fim, o meu corte de cabelo valeu-lhe uma valente discussão com o meu avô [só porque o pobre coitado disse que nem estava assim tão mau, em especial se tivessemos em conta que eu teria uns 11 anos], uns dias de "folga" na fisioterapia [acho que aqui é clara a vergonha que ela tinha em sair de casa] e um desarranjo intestinal, tal foi o desgosto. Claro está que eu também fui lesada não recebendo o tal dinheirinho extra que ela me tinha prometido, a forreta!
Bom, mas este triste episódio não foi o suficiente para me afastar da tesoura. Ainda tentei uma vez cortar o cabelo a mim própria e diga-se, em abono da verdade, que o resultado não foi menos desastroso.
Triste, triste é, com todas as provas necessárias para me convencer que jamais deveria pegar numa tesoura [nem sequer era uma de cabeleireira, mas da cozinha!], ainda pensar que podia cortar decentemente o cabelo do Calvin. Ele que tem uns caracóis louros do melhor que já se viu, ele que é um puto cheio de estilo e bom ar, ser submetido à tosquia nas minhas mãos é, no mínimo, um crime.
Pois foi mesmo isso que ontem lhe fiz. Aquele cabelo enorme que já merecia um corte foi "acertado temporariamente"...na banheira, obviamente [e para não fugir à tradição] com a tesoura da cozinha.
Não vou entrar em pormenores, mas no fim de tudo eu poderia ser apelidada de Eduardo Mãos de Tesoura e ele...bom, ele estaria qualquer coisa entre o Krusty the Clown e a Fraulein Maria do Música no Coração.
Como é óvio, e porque posso ser parva, mas não sou má de todo, hoje não fui trabnalhar e levei o cachoupo ao cabeleireiro para remediar o que fiz lhe fazerem um corte digno daquela carinha laroca.
Valha-me o facto de ele ser uma criança generosa, inocente, infinitamente paciente e nada vingativo ou arriscava-me a acordar amanhã assim a modos que com um cabelo em frangalhos e um lobotomia look.

[confesso que o facto de ele estar todo feliz e a achar-se lindo por a mamã lhe ter cortado o cabelo ainda me faz sentir ainda mais tirana! Ele cresce, ele cresce...] 

terça-feira, 27 de março de 2012

...

Ter coragem dói e na verdade não há assim nada de tão heróico nisso. Sofrer por sermos corajosos não nos torna heróis, mas sim mártires.
E tal como dói ter coragem, amar também dói. Neste momento acho até que me dói mais amar-me a mim do que aos outros. É este amor que tenho por mim, ou respeito, ou limites, ou o que quer que lhe queira neste momento chamar, que me magoa! É exactamente achar que eu estou acima de muita coisa, que eu mereço TUDO, ou que pelo menos mereço aquilo a que posso chamar meu, que me faz sentir esta dor, este aperto, este nó na garganta que até me impede de chorar!
E é por gostar que te mando embora. É por querer muito mais que agora não quero nada. É por não querer estar sem ti que te deixo ir, ainda que acalente a esperança que sejas tu que não aguentes e que queiras voltar.
E é um facto - eu quero que voltes! Quero que sem mim percas o norte, que sem mim não faça sentido. Quero que sem mim não valha a pena. Quero que vejas que as tuas razões são válidas, mas que não são suficientes. Quero que a distância te mostre aquilo que a proximidade não te deixa ver com a clareza necessária. Quero que sintas falta do meu cheiro, do meu riso, do meu toque, dos meus beijos. Sim, quero que sintas falta de tudo aquilo que dizes que te faz feliz e que sou eu que te dou. Quero que sintas falta daquilo que entre nós dizes ser fácil. Quero que sintas falta de mim, mas acima de tudo quero que sintas falta de nós!
Quero que não consigas cumprir a promessa que te obriguei a fazer. Aliás, quero que a quebres já hoje, mas não quero que a quebres só para me dizeres que me amas. Quero que a quebres para dizer que ficas...sempre, ou pelo menos até ambos querermos ficar.
E se tu não sentires falta de nada disso, se tu nunca quiseres dar um passo atrás, se o amor que dizes sentir não for suficiente para voltares, então é porque não tinha que ser e com isso também se aprende a viver.
Há quem diga que à terceira é de vez. A ver vamos se é ou não.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Hello, this is your conscience speaking...

Oh rapariga, mas no quê que tu te foste meter? Parece que não tens juízo nenhum!
Então andas para aí a dizer que queres isto e aquilo, que a partir dali, menos que tudo era nada, que vais fazer e acontecer...e é nisto que dá?
Lamento dizer-te, mas a "tendência para o abismo" já deixou há muito tempo de ser uma tendência e parece ser um modo de vida.
E até quando? Sim, até quando é que tencionas arrastar isso? Ah e tal, até ter coragem, dizes tu! Pois sim, lá estão os discursos nos quais te tentas convencer a ti mesma que tens tudo controlado, em que vais curtir enquanto der, em que nada te afecta nem te deita abaixo, que és a maior, etc e tal.
A tua bipolaroidade amorosa eu já conhecia, mas essa tua costela, perdão, asa de pombo? Essa eu ainda não tinha tido o desprazer de conhecer.
Enfim, cada um sabe de si, e na verdade eu não passo da voz da tua consciência. Se virmos bem as coisas eu nem existo. Na verdade sou assim tipo o Horácio, esse teu amigo imaginário, pelo que o que eu digo vale o que vale, mas custa-me! Custa-me ver uma moça tão gira, tão simpática, divertida, tão cheia de garra, tão sonhadora, tão apaixonada, com tanto para dar...a parecer-se com um pombo!
Oh pá, ainda por cima eu sei da aversão que tu tens a esses bichos. Eu bem sei o nojo que essas criaturas aladas te causam e o quanto tu achas deprimente alguém alimentar-se de migalhas!
Vá, coragem! Ninguém melhor que tu, nem a tua própria consciência, para tomar uma decisão. Na verdade eu acho que tu sabes o que tens de fazer, só tens medo e isso também é normal.
Toda a gente quando gosta tem medo de perder. Chega mesmo a pensar que às vezes mais vale pouco do que nada, mas a verdade é que não se pode perder o que não se tem! Custa ouvir não é? Pois, eu sei, mas olha, lá diz o ditado "o que arde cura e o que aperta segura" por isso deixa-te lá de coisas, deixa-te lá de medos e lamurias e faz-te à vida. Abre os olhos e vê as coisas com olhos de ver. Não tentes interpretar os sinais nem estar sempre a ler nas entrelinhas porque as coisas não são complicadas, muito pelo contrário. As coisas até são bastante simples, nós é que arranjamos sempre maneira de andar às voltinhas só para não irmos bater com os costados ao destino mais depressa.
No teu caso então é ainda mais simples. Ou é sim, ou é sopas! O problema não é teu e lembra-te sempre: há certos momentos na vida em que temos que ser egoístas e pensar só no que nós queremos, naquilo que desejamos e no que nos faz EFECTIVAMENTE felizes. O resto é treta! Os outros que se arranjem e que façam por eles.
Bom, agora vou deixar-te sossegada, mas só por um bocado. Conhecendo-te como conheço vais precisar de tempo para digerir a informação. Aposto até em como vais ter por aí umas recaídas, mas é para isso que eu sirvo - para te ir avivando a memória, volta e meia não vira. Tantas vezes hei-de repetir isto que em alguma delas há-de resultar.
Mereces mais! Aliás, mereces TUDO!!! Não te contentes com migalhas que não te tiram a fome nem te afastam da miséria.
Põe o olhos neste pobre coitado que acabou ali às voltas, quase sufocado por uma merda de uma côdea de pão!



sábado, 24 de março de 2012

Today's Mood #26

I was a heavy heart to carry
My beloved was weighed down
My arms around his neck
My fingers laced to crown.

I was a heavy heart to carry
My feet dragged across the ground
And he took me to the river
Where he slowly let me drown

My love has concrete feet
My love's an iron ball
Wrapped around your ankles
Over the waterfall

I'm so heavy, heavy
Heavy in your arms
I'm so heavy, heavy
Heavy in your arms

And is it worth the wait
All this killing time?
Are you strong enough to stand
Protecting both your heart and mine?
Who is the betrayer?
Who's the killer in the crowd?
The one who creeps in corridors
And doesn't make a sound

My love has concrete feet
My love's an iron ball
Wrapped around your ankles
Over the waterfall

My love has concrete feet
My love's an iron ball
Wrapped around your ankles
Over the waterfall

I'm so heavy, heavy
Heavy in your arms
I'm so heavy, heavy
So heavy in your arms

This will be my last confession
I love you never felt like any blessing
(Ohhhh)
Whispering like it's a secret
Only to condemn the one who hears it
With a heavy heart

Heavy heavy I'm so heavy in your arms
(I'm so) Heavy heavy I'm so heavy in your arms
(I'm so) Heavy heavy I'm so heavy in your arms
(I'm so) Heavy heavy I'm so heavy in your arms

I was a heavy heart to carry
My beloved was weighed down
My arms around his neck
My fingers laced to crown

I was a heavy heart to carry
But he never let me down
When he had me in his arms
My feet never touched the ground

I'm so heavy, heavy in your arms.

Heavy, I'm so heavy in your arms.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Será mesmo verdade?

Até me custa acreditar! A minha alma está parva e juro que até acordei azambuada.
HOJE NÃO VOU TRABALHAR!

E não, o Calvin não está doente e eu também não. Tirei o dia porque sim, porque me apeteceu ter um fim de semana prolongado. Dá para acreditar?
Vou só ali enfiar uns trapos num saco de fim de semana e pirar-me para o Cartaxo onde vou passar o fim de semana  a brincar ao ar livre, a andar de bicicleta, a ler, a descansar. Até parece mentira!
E como há coisas em que temos de ser egoístas...

BOM FIM DE SEMANA PARA MIM!!! [vá, é para os outros também]

[pode parecer-vos que isto não é nada de especial, que é apenas um fim de semana com um dia a mais, mas para quem ainda tem uns 11 dias de férias do ano passado para gozar, para quem anda para lá de cansada, para quem as noites de sono são curtas e para quem tem sempre 1 milhão de tarefas pendentes na to do list, é uma coisa e tanto!]

quinta-feira, 22 de março de 2012

Today's Mood #25


Não sei se está ou não, mas a mim não há dúvidas que me mata!
Isto a que chamam vida é feito de opções, não há volta a dar, e eu já fiz a minha. Agora só falta passar da prática à acção.
Tu não és grande ajuda, mas eu chego lá. Não te preocupes que eu chego lá!!! Haja coragem!

Espectáculo Digo Eu #10

(Episódio passado há umas noites, assim por volta das 3h da manhã)

Calvin: Mãeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Eu (meia ensonada e a cambalear até ao quarto dele): Diz Amor?
Calvin: Estava a ter um sonho super, super mau!
(ok, ter pesadelos é uma coisa natural, em especial aos 4 anos, mas dizer "super, super"?!)
Eu: Estavas a sonhar com quê, querido? Foi só um sonho...
Calvin: Estava a sonhar com uma mosca Tsé-Tsé que estava a pôr cocó na minha cabeça...


Há quem diga que todos os sonhos têm um significado. Há até quem passe anos de vida a estudar o que podem quer dizer, mas neste caso juro que nem sei o quê que devia ser avaliado: se o facto de um sonho mau ser uma mosca africana pôr-nos cocó na cabeça se às 3h da manhã um cachopo com 4 anos dizer que um pesadelo é um sonho super, super mau!
Perante isto tenho de voltar a fazer a batida e repetida pergunta: "mas a quem é que este miúdo sai?"


quarta-feira, 21 de março de 2012

Sai mais um desafio para o blog do fundo

Motivada pelo Sutra, lá estou eu a divagar em 11 actos perguntas :)


O desafio vindo da “A Minha Essência”

Regras:
1) Escrever 11 factos aleatórios sobre ti;
2) Responder às perguntas que te foram propostas;
3) Fazer 11 perguntas para as próximas pessoas;
4) Escolher as próximas vítimas.


Onze factos aleatórios sobre mim:
Sou uma apaixonada por natureza.
* Amo ser mãe.
* Sou impulsiva.
* Odeio gente(inha) mesquinha, invejosa e negativa.
* Tenho uma relação (para a vida) de amor/ódio com a comida.
* I'm only happy in the sun, but I also can sing (and dance) in the rain.
* Tenho vertigens (mas tenho uma enorme tendência para o abismo).
* Não fui talhada para "fada do lar".
* A minha vida é uma banda sonora.
* Gosto de acreditar.
* Adoro o Natal.

As perguntas da “A Minha Essência”:

- Qual o teu maior medo? 
Morrer.
- Acreditas no destino?
Já acreditei menos. Talvez haja mesmo uma razão para tudo, seja ela qual for.
- Diz algo que para ti seja infinito?
céu (e a estupidez)
- O que é para ti um livro?
Uma viagem.
- O que é a liberdade?
Um direito. Um estilo de vida.
- Qual é a tua definição de tempo?
Não tenho. Ele muda a cada segundo e assim fica difícil de o definir...e agarrar.
- O que é para ti uma loucura/doidice?
AMAR!
- O que dificilmente farias?
Matar alguém (sem ser na minha cabeça).
- O que te deixa um gosto a pouco na boca?
Beijos...daqueles.
- O que te deixa um gosto a pouco na alma?
Os momentos que passo com o meu filho. Sabem sempre a pouco.
- O que te faz chorar e o que te faz rir?
Tenho um riso e um choro fáceis e faço ambos pelos mesmo motivos: felicidade e tristeza. Sou uma básica!
<!
As minhas perguntas:
- Vives à deriva ou fazes tudo by the book?
- A tua vida dava um filme indiano, uma comédia, um drama ou um documentário?
- O que te faz sonhar?
- Qual o teu maior vício?
- Se pudesses mudar alguma coisa em ti, o que mudavas?
- Qual o teu destino de sonho?
- O quê que te leva a responder a desafios destes?
- Se pudesses escolher um nome para ti, qual escolhias?
- Há algum livro/filme que marque a tua vida?
- A felicidade é...?
- Se pudesses para o tempo, paravas a que idade?

Aceitam-se respostas:
a quem as quiser e tiver paciência para dar.

DO FACEBOOK #03

Diz-me o que publicas, dir-te-ei quem és.

É fascinante o quanto se consegue saber sobre uma pessoa através do mural do Facebook. Obviamente não me refiro à informação dada directamente nos posts estilo "Joaquim das Couves está a obrar atrás da moita...publicado perto do Jardim do Campo Grande", essa era fácil [não que aquela a que me refiro seja mais difícil]. Estou a falar do tipo de publicações que fazem.
Assim de repente e meio às pressas consigo identificar uns quantos tipos de facebookianos:
  • O Facebookiano Exibicionista: esta espécie de utilizador vale-se do Facebook para se gabar. Utiliza-se da rede social para mostrar, voltar a mostrar e mostrar novamente tudo o que vai adquirindo na vidinha. Ora são as fotos do carro novo, ora são as fotos do novíssimo iPad [directamente publicadas via iPhone], ora são as fotos no iate de luxo, as fotos no restaurante da moda [as da tasca também publicava, está claro, mas no maldito tasco pitoresco o iPhone não tinha rede] ora são todas as fotos que mostrem, aliás, que deixem bem claro o elevadíssimo status da criatura.
  • O Facebookiano Pedinchão: este facebookiano utiliza o Facebook de uma forma que está algures entre a lista de compras do Continente, o catálogo do Natal do Toys'R Us e os catálogos de moda da La Redoute. Aquele mural é um sem fim de coisas, coisinhas, tarecos, móveis, viagens, trapos, vernizes, carros, acessórios, gadgets e tudo o mais que se possa desejar e não se tem. Ao tornar públicos os seus objectos de desejo pode ser que alguma coisa lhes saia na rifa. Esta espécie caracteriza-se também por ser solidária publicando entre pedidos, vídeos de criancinhas doentes a precisar de donativos e fotos de cãezinhos amorosos à espera de serem adoptados. A bondade em pessoa, portanto.
  • O Facebookiano XXX: Este tipo de facebookiano pertence perdominantemente ao sexo masculino sendo os espécimes femininos normalmente associados a uma virose cibernáutica. Criatura limitada intelectualmente com inteligência equiparada à de um cromagnon. O seu mural resume-se a vídeos, fotos, cartoons e anedotas de cariz sexual e piada duvidosa.
  • O Facebookiano Musical: Utilizador mais útil de todos. Este tipo de facebookiano presta mesmo um serviço à restante comunidade. Raramente faz outra publicação que não seja música o que é uma excelente ajuda para irmos fazendo updates nas nossas playlists. Aqui fica um muito obrigadinha da minha parte.
  • O Facebookiano Sport: mais um tipo de facebookiano que é na sua maioria portador de um cromossoma Y [havendo claro as suas excepções]. À conta deste tipo de utilizador já quase que podemos deixar de ir ao estádio, de ver jogos na TV ou mesmo ouvir relatos. Ele mantém-nos informados, em tempo real e com direito a comentários, normalmente quase tão bons como os do Gabriel Alves, dos resultados dos jogos. Costumam também ser treinadores de bancada em part-time.
  • O Facebookiano "mulher a dias": este facebookiano não se caracteriza por fazer limpezas em casa alheia, nem por lavar a roupa suja no tanque, mas sim no mural. Adora uma boa quezília e nunca deixa nada por dizer, ou melhor, postar, a ninguém. É um utilizador desinibido e sem pudores que tanto lava a sua roupa como participa em lavagens alheias. É bom evitar confrontos directos com este tipo facebookiano.
  • O Facebookiano Apaixonado: caracteriza-se pela excessiva publicação de fotos, músicas, frases e vídeos lamecho-românticos.
  • O Facebookiano Ressabiado/Destroçado: ver Facebookiano Apaixonado e substituir as publicações lamecho-românticas por publicações [igualmente excessivas] para deprimidos românticos. Este tipo de utilizador costuma ter um mural que mais parece um livro de auto-ajuda.
  • O Facebookiano Casino Royal: utilizador cujo objectivo é apenas jogar sem olhar a jogo. Um pau para toda a obra. Ele cria vacas, ele monta cafés, ele é o chefe da Máfia, ele cultiva, ele tem aquários, ele constrói cidades, ele joga poker, bisca, sueca, canastra e ao peixinho, enfim, joga tudo o que houver, a feijões ou a dinheiro, massacrando todos os "amigos" para se juntarem porque quem é, não gosta de ser só.
  • O Facebookiano Retardado: facebookiano júnior que apenas aderiu ao Facebook há pouco tempo e que publica, com gosto e entusiasmo, crendo tratar-se de uma grande novidade, tudo aquilo que já foi visto, revisto, publicado e voltado a publicar há uma vida. Um atrasado, portanto.
Podia ficar aqui indefinidamente a descrever tipos de facebookianos, mas acho que nunca mais saía daqui e amanhã é dia de trabalho. Isto foi aquilo que me ocorreu ao abrir o meu Facebook depois de um SLB vs FCP [aqui fica mais um "muito obrigadinha" aos meus amigos que me inspiram!!!].
Se se lembrarem de mais algum tipo de facebookiano digno de registo não hesitem em avisar. É com todo o gosto que continuo a saga da análise antropológica via FB.

Escusam de perguntar que tipo de facebookiana sou eu pois eu também não sei lá muito bem. Não serei certamente nenhuma das acima descritas, mas visto faltarem tantos tipos, nalgum haverei de me encaixar.

terça-feira, 20 de março de 2012

Today's Mood #24


Não havia nada que definisse melhor o que sinto hoje nem há outra qualquer deixa que descreva melhor a situação.
Para 1º dia de Primavera, essa conhecida como a estação do Amor, como a estação dos pólens e borboletas pelo ar, não se pode dizer que esteja a começar bem.
A ver se melhora.

O Vizinho de Cima

Já aqui tinha falado do vizinho de cima e do seu cão. Aquele gordinflas em quem o cão manda. Esse mesmo [não, juro que hoje não vou falar do vizinho do 98 que ficou a ver o meu rabo enquanto eu lavava a loiça].
Pois se há há vizinhança estranha, este pertence sem sombra de dúvidas, ao top 10.
Quando me mudei para esta casa julguei que também ele andasse em mudanças, ou pelo menos em remodelações. Não, nunca vi o menor movimento de caixas, caixotes ou até mesmo os sacos do lixo que já fazem parte do meu moving kit, mas todos os dias, fosse a que horas fosse, ouvia arrastar móveis de um lado para o outro.
Tendo em conta que isso passou a ser algo que mais parecia um ritual, comecei a imaginar que todos os dias, em especial à noite, ele, por alguma razão que eu desconheço, mas que será certamente válida [ou não] desmontava a casa toda e arrastava-a de uma divisão para a outra.
Ao fim de uns tempos os meu ouvidos já se tinham habituado a esses barulhos e comecei a ignorá-los, mas atrás desses vieram muitos outros.
Ao cão andar a correr enquanto raspa com as garras no soalho também já me habituei. Aos gritos guturais que ele dá a pedir [sim, volto a lembrar que no cão ele não manda] para o canito esgroviado se calar também. O barulho de bolas pesadas a cair e a rolar soalho fora [cá para mim o gordinflas joga petanca em casa] também já me é familiar e já não me causa estranheza [o que querem? Às tantas uma pessoa habitua-se e já acha tudo quase normal], mas há barulhos que não dá. Por mais que os oiça, por mais que se repitam dia após dia, é impossível ouvi-los com bons ouvidos.
É que isto de partilhar barulhos desta natureza tem muito que se lhe diga. Uma pessoa começa a conhecer os hábitos da malta e começa a partilhar como que um intimidade que sinceramente não quero partilhar com a vizinhança.
Olhem que isto de ouvir o badocha do 4º drt a ir à casa de banho é qualquer coisa de bizarro. É um facto que todos nós, uns mais outros menos, usamos "o trono", mas daí a partilhármos esses momentos com a vizinhança vai um grande passo.
Já não me bastava dar conta de quando é que o badocha vai à casa de banho, ainda tenho de ouvir os lamentos do colchão dele quando o gajo vai para a cama.
Dizendo eu que ele não é propriamente um peso pluma, podem imaginar os gemidos de dor que saem daquelas molas. É qualquer coisa! Pior, ao que parece os aposentos do badocha são mesmo por cima dos meus, pelo que, é quando eu estou na minha caminha, pronta para o meu sono de beleza e para o meu merecido descanso que oiço os uivos que a cama dele dá. Ele é molas a estalar, ele é estrados a ranger, ele é cama a arrastar...enfim, um mimo!
No meio de toda esta sinfonia do lar há algo que não me sai da cabeça. Ora bem, o badocha não se limita a deitar e a ficar sossegadito, refastelado em cima da cama. Nada disso. Antes de arranjar uma posição confortável ele vira-se, rebola e torna a virar-se isto sempre acompanhado dos queixumes e súplicas do leito. Aposto em que ele dá pelo menos umas 3 ou 4 voltas antes de se aninhar. Sendo este o comportamento típico dos cães [darem sempre 3 voltinhas sobre si mesmos antes de se deitarem] questiono-me se afinal não será o canito que dorme na cama e o badocha no chão?
Bom, mas os barulhos da cama não são sempre, apenas e tão somente, relacionados com o deitar. Há dias [não são muitos, é um facto] onde os barulhos se repetem mais vezes, a um ritmo diferente e durante mais tempo o que me leva ainda mais longe nos meus pensamentos [estes sim, do inferno]...será que para além do badocha do 4º drt partilhar comigo o momento em que satisfaz as suas necessidades fisiológicas ainda tem de partilhar o momento em que satisfaz [aqui no satisfaz levantam-se muitas dúvidas] as suas necessidades sexuais?
Espectacular isto de ter vizinhos! [e viver num prédio onde começo a questionar-me se as paredes não serão de contaplacado!]
 Pelo sim, pelo não, acho que o melhor é eu ter algum cuidado ou um dia ainda me arrisco a dar de caras com o blog do vizinho do 2º dtr onde ele também descreve os meus marulhos estranhos...

segunda-feira, 19 de março de 2012

America - the Land of Dreams

Se há coisa em que os americanos são pródigos é a transformar as coisas mais deprimentes, inúteis e desinteressantes em coisas igualmente deprimentes, inúteis e desinteressantes divulgadas, mas divulgadas assim ao estilo de grande descoberta ou de grande inovação.
Já não nos bastavam os estudos de como comer maçãs, nem verdes nem maduras, nos podia ajudar a desenvolver uma proteína capaz de nos transformar num fantástico piloto de fórmula 1, não nos bastavam as notícias do casal hippie super amigo dos animais que acabou ferido pelo leão e tigre de estimação devido a uma rixa de felinos no quintal das traseiras, não nos bastavam os fenómenos Hollywoodescos tipo Paris Hilton dá água de 2000€/garrafa ao caniche, só faltava mesmo a pérola do guarda prisional entediado que resolve fazer uma colectânea de fotos dos criminosos menos fotogénicos.

ver as beldades AQUI

Confesso que fiquei decepcionada. Esperava mais. Aquilo não é ser-se pouco ou mesmo nada fotogénico, mas sim, na sua maioria, estar há mais de uma semana sem tomar banho, há uma década sem cortar o cabelo e como se isso não bastasse, ainda ter levado um enfardamento de porrada [com sorte dado ali mesmo na esquadra para ficarem fresquinhos] antes da sessão fotográfica. Grande coisa!
Se querem falar de pessoas pouco fotogénicas eu podia mostrar umas fotos da mãe querida onde eles iam ver o que eram caretas à séria...e sem tatuagens nem enxertos de porrada [e claro está, sempre de banhinho tomado que a mãe querida é do mais limpinho e cheiroso que há]!

[Mãezinha do meu coração, tu que lês esta chafarica (e felizmente, sabe-se lá porquê não tens conseguido comentar, valha-me isso) não vais ficar zangada comigo, pois não? Lá no fundo, no fundo tu sabes que ser modelo fotográfica, ainda mais quando tentas fazer pose, é uma coisa que não te assiste :)]

Muito Obrigadinha Fox Life

Já não me bastava ter o [fantástico] filme Dirty Dancing na lista de filmes-que-te-fazem-pensar-que-a-dança-foi-certamente-uma-carreira-de-sucesso-que-te-passou-ao-lado, mas assim ao ponto de lamentar profundamente que a minha mãe nunca me tenha levado a mim e à minha irmã [obviamente só porque precisava de quem preenchesse o papel de mana chata e enjoada que no fim até é nossa amiga, até nos penteia e ajuda a vestir] para uma estância familiar de férias ao estilo americano, onde para além de aprender [com enorme sucesso] a dançar como se não houvesse amanhã, encontraria o amor da minha vida, ainda tinham de inventar um programa onde a minha semelhança com uma múmia a dançar fosse mais evidente.
So You Think You Can Dance? Bom, pensar até penso e na verdade, até danço, mas mal.
Não se pode ter tudo e ter um pé direito e outro esquerdo já era pedir um bocadinho, não era?
E porque não fazer como a Cadillac sugeriu e inscrever-me numas aulas de dança? Ora, porque ficar com o rabo alapado no sofá a ver os outros a dançar na TV enquanto penso "Ora porra, era mesmo bom saber dançar assim" é muito mais fácil e menos cansativo, e porque sou uma calona de primeira água, e porque a o Patrick Swayze, o John Travolta e o Fred Astaire não vão ser os meus professores e porque...me vão chegando as noites de borgas com as amigas nas quais tenho a mania [mas é mesmo só a mania, tá] que arraso na pista de dança!

domingo, 18 de março de 2012

Notícias da Moribunda

Venho por este meio informar que a planta moribunda que em tempos jazia na minha varanda, atirada coitada a um canto, exposta aos ventos, ao frio e à chuva, seca qual capim africano, já foi sujeita a um transplante há 2 semanas.
Neste momento já se encontra na vertical e já não está ligada às máquinas.
Apesar de estar a reagir bem à mudança, a recuperação está a ser lenta pelo que os prognósticos são ainda reservados.
Aproveito para referir que outras duas plantas, apesar de não estarem num estado tão grave, tiveram a mesma sorte e foram também transplantadas, encontrando-se as 3 já fora dos cuidados intensivos.
Mais notícias serão dadas quando a sua evolução assim o justificar.

Como dizia o outro: "prognósticos, só quando acabar o jogo"

Para Esta Noite...

...enquanto vemos mais um dos nossos filmes!

sábado, 17 de março de 2012

What Not to wear - Anita Edition

Hoje é dia de renovação. Preparem-se os trapos e as traças pois algo me diz que o meu roupeiro hoje fica vazio!

[Quando a coisa é feita em dias de picos hormonais pode dar para o torto...espero que a seguir só venham compras e mais compas e nada de arrependimentos. A ver...]

quinta-feira, 15 de março de 2012

Quando o telefone toca...


Tal como todos os dias, apesar de na maioria das vezes eu não ouvir, o despertador tocou às 7h30.
Eu estava convencida que hoje tinha ouvido, que olhei para o relógio e que me levantei logo a seguir, fresca que nem uma alface.
Ao contrário do que me acontece diariamente, hoje tinha tempo. Tirei um café e fumei um cigarro à janela, calmamente, afinal, até tinha acordado cedo.
Fui ara o duche e, estava eu a decidir o que ia vestir, sempre no maior dos ripanços, quando...o telefone toca.
Era a mãe querida, preocupada a perguntar se eu tinha adormecido, se estava muito atrasada para ir deixar o Calvin.
Atrasada?! Tu queres ver que a mãe querida sonhou que era já meio-dia e eu sem aparecer? A idade é lixada - pensei eu ainda em slow motion.
Pois não é que a mãe querida é que tinha razão?! Pois não é que eram já 9h10 e eu ainda andava de toalha casa fora e o Calvin ainda ensonado, acabado de sair da cama?
PÂNICO!!!
O que aconteceu entre o momento em que olhei para o despertador e eram 7h30 e as 9h10? Terei desmaiado? Adormecido? Terei sido raptada por alienígenas e trazida de volta tarde e a más horas após me terem feito uma lobotomia e apagarem a memória? Ou terá a minha cabeça acordado mais cedo que o meu corpo?
Seja lá o que for que tenha acontecido [algo me diz que vai continuar a ser um mistério por desvendar], o que é certo é que hoje cheguei à chafarica para lá de tarde e com a sensação de andar completamente perdida e baralhada no tempo!
Só a ti Anita, só a ti é que acontecem destas!!!

terça-feira, 13 de março de 2012

E não digam que eu não vos dou nada

Caríssimos,
Sim eu sei que a vida é dura [se bem que aqui partilho a opinião do Che em que isso se aplica a quem é mole...], que por vezes nos troca as voltas e que afinal nem tudo corre como vocês desejam, mas TEMOS PENA!
Deixem lá a vidinha dos outros e tratem lá da vossa.
Já agora aproveito para vos avisar, só porque só uma querida e uma porreira, que bonecos de voodoo, maus olhados, simpatias e pragas já não resultam muito bem. Diz que já estou imune [sorte a minha, azar o vosso].
Vá, mas pensem positivo. Podem sempre utilizar o tempo que desperdiçam nessas mandingas e fuxicos em coisas realmente úteis e assim, quem sabe, quando eu for uma espécie de Audi, pode ser que que consigam ser um Mercedes.
Quem vos avisa amiga é.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Espectáculo Digo Eu #09

Já diziam as Mamonas Assassinas: "no mundo animal, existe muita putaria..." e sem dúvida que a genética é mesmo soberana e que isto de ter um cromossoma Y é algo capaz de nos fazer levar às lágrimas.
Estava o Calvin no chão da cozinha a brincar com a RT, com a bicharada que o acompanha para todo o lado, quando oiço a seguinte conversa:

RT - [a brincar com um animal herbívoro, o qual já não me recordo] Oh tigre, tu és tão lindo! Queres casar comigo?=
Calvin - [tigre da Sibéria] hummm.... nãaaaaa, só te quero comer!

E pronto, gargalhada total! Sim, eu sei que a minha criança tem apenas 4 inocentes anos. Sim, eu sei que ele não faz a menor ideia do que tinha acabado de dizer e que para ele um tigre dizer a um antílope, a uma vaca ou seja lá qual fosse o bicho em questão, que o queria comer, referia-se apenas ao acto de se alimentar, a uma situação perfeitamente isenta de maldade. Sim, eu sei também que nós sim somos umas porcas com uma mente retorcida, mas ouvir um mini cromossoma Y responder "não, só te quero comer" quando a pergunta foi "queres casar comigo" é de levar qualquer um às lágrimas...ou não. Se calhar somos só nós a achar isso.

quinta-feira, 8 de março de 2012

ALL THE WOMEN INDEPENDENT


Porque ser mulher é muito mais do que um género, é mais do que ser mãe, profissional, companheira, amiga, confidente, amante, psicóloga, enfermeira, decoradora, fada do lar. É ser muito mais do que uma alma, um coração. É ser mais que uma cara bonita, um corpo malhado e um símbolo sexual.
Ser mulher é ser um mundo de emoções, é ser um mundo de complexidades que, por muito difícil que seja de gerir, nos consegue sempre pôr no patamar de seres excepcionais.

A todas as mulheres, um feliz dia! 365 dias ao ano :)

terça-feira, 6 de março de 2012

Da TPM

Se eu fosse uma gaja a quem a normalidade assistisse, uma gaja cujo cromossoma X falasse mais alto que tudo, neste momento estaria com um mau humor que não se aguentava, com um ataque de histeria, a arranhar as unhas no alcatrão, a chorar copiosamente ao ler um daqueles mails em cadeia sobre o anjinho da sorte, amor e dinheiro ou a descarregar no cromossoma Y mais próximo, mas não sou!
Questiono-me até se no que a hormonas diz respeito serei mesmo uma gaja, na verdadeira associação da palavra.
Cada um vive as coisas à sua maneira e eu cá vivo a minha TPM como eu quero.
Se a versão da moça irritadíssima, ultra sensível, chorosa e comichosa não me fica bem, já a de lontra alarve, saco sem fundo, marabunta ou mesmo hamster com as boças a transbordar assenta-me que nem uma luva de pelica.

Não resisti a pôr aqui uma foto minha durante a hora de almoço

Já não bastava o inchaço generalizado em que o meu corpo de encontra, já não bastavam as borbulhas ao estilo teenager que insistem em aparecer-me na testa e arredores, ainda tinha de contribuir para a desgraça alambazando-me com TUDO o que for comestível. E quando eu digo tudo é mesmo tudo, sem olhar a doce, salgado, folhado ou com massa quebrada, verduras, carne, peixe, enlatados, junk food, gelados, quentes, frios, frutas, enfim, o que vier marcha!

Sim, é mais ou menos como o gordinflas da foto que eu me sinto nestes dias!

E como se isto tudo não fosse já suficiente para me sentir uma hipópotama com problemas hormonais, porque não escolher um modelito que se ajustasse, também ele que nem uma luva, ao meu corpinho de sereia?
E o eleito de hoje foi, nem mais nem menos, do que um vestido com 20% de algodão, 40% de elastano e outros 40% de lycra. Um vestido bege, justinho que só ele ao corpo, um verdadeiro revelador de regueifas, borregas e abdómen's dilatados. Inteligente não é?
Há que realçar o que temos de maior melhor e sem dúvida que a minha pança hoje está em destaque!
É nestas alturas, nos dias em que nos sentimos [e provavelmente estamos] menos apelativas que concluo que a beleza é sempre a primeira a abandonar-nos, mas a vaidade, essa é a última a ir embora e claro está que tudo isto movido a hormonas só podia dar um resultado desastroso!!!

Dos jantares de família

Toda a gente terá, por muito enterrado que esteja no baú, recalcamentos de criança. Coisas que nos marcaram para a vida e fizeram de nós o que somos hoje. Eu também tenho os meus e normalmente saltam cá para fora em alturas de reunião familiar.
Hoje ficou bem claro a infância difícil que eu e a mana tivemos. O momento musical que hoje protagonizámos mostra o quão entranhado certos episódios ficaram nas nossas cabeças e eu diria mesmo que se caíssemos nas mãos de um psicanalista, não havia muito que ele pudesse fazer por nós.
Mana querida estava, num rasgo de loucura e bondade, a sacar comprar, que sacar é proibido, uns álbuns de Nana Mouskouri para a mãe na net. Eis então que começo a cantar a música Amapola.
Já não bastava eu estar espantada comigo própria [se calhar assustada é melhor] por me lembrar perfeitamente da música apesar de já não a ouvir há uns 20 anos ou mais, a mana ainda tinha de contribuir alarvemente para o meu susto espanto ao acompanhar-me num dueto.
Impressionante! Quanto mais cantávamos, mais a letra nos saía, não da boca, mas da memória!
Já não nos bastava saber o repertório completo da Ana Faria e os Queijinhos Frescos [o que já nos valeu uns episódios embaraçosos], já não era suficiente cantarmos, dançarmos e vibrarmos com os Abba, ainda tínhamos de saber cantar Nana Mouskouri. Amapola? Como é que é possível?!
Após o choque inicial, depois do meu filho dizer que cantávamos tão alto que até lhe fazíamos doer os ouvidos [aqui talvez o cachopo tenha confundido o volume com a qualidade sonora] e quando, à luz dos meus 31 anos reflecti no que tinha acabado de cantar, houve uma pergunta que me assolou o espírito. Por que raio cantava a tipa em espanhol se ela era grega?
Ok, o David Carreira, o David Fonseca, entre tantos outros, são portugueses e cantam em inglês, é um facto, mas a Nana Mouskouri cantar em espanhol parece-me estranho. Em inglês [que também canta] eu ainda percebia, mas em espanhol?
A verdade é que eu hoje, do nada, comecei a cantar a música sabendo-a de cor e salteado, eu e a mana. Às tantas falar em estranho neste momento é, no mínimo, despropositado, mas que posso eu fazer? Sou uma moça pragmática!
Não sei se a minha mãe tem noção do impacto que as suas escolhas musicais durante os 80's e 90's tiveram em nós. Já várias vezes afirmei que a música tem um papel preponderante na minha vida e esta Sra. tinha seguramente um lugar nas minhas memórias musicais infantis, mas não esperava que ocupasse tal lugar de destaque. Não esperava que no recanto mais profundo do meu cérebro estivessem lyrics desta natureza à espera de um momento [de fraqueza] para virem cá para fora em todo o seu esplendor.
Se até hoje eu já entitulava a minha família como sendo a popcorn family madness, aqui está a prova provada que não era exagero.
Com isto não pretendo ganhar nenhum tipo de compaixão, mas vá lá, dêem-me um desconto de vem em quando, boa?

Para quem a infância foi terna, pura e gentil e esta Sra. passou ao lado, aqui fica a música que me valeria mais umas boas horas na cadeira do psicólogo se eu decidisse tratar-me!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Às tantas é do meu olfacto apurado...

...mas a mim hoje cheira-me a Primavera que tresanda!
Acordei com a sensação que ao sair de casa ia sentir um bafo morno na minha cara. Não me aconteceu exactamente isso, mas apesar dos 11ºC que estavam quando sai, pareceu-me bem mais quente.
Seja lá que estação do ano for, esteja frio, sol, chuva ou vento, estou completamente em SPRING MODE!!! :)

domingo, 4 de março de 2012

Da Vida Doméstica

Agora percebo aquela conversa irritante e redutora das donas de casa quando dizem que o trabalho de uma casa nunca está feito. É um facto!
Uma pessoa bem tenta começar numa ponta da casa e ir por ai fora cheia de moral e de vontade, vislumbrando no final um ninho limpo, organizado e acolhedor.
A realidade é bem diferente. Ou pelo menos a minha é!
Este fim de semana tinha a intenção de transformar a minha casa nesse ninho, de fazer exercício, de tratar da minha beleza e ainda assim ter tempo para relaxar a ler o meu livro e a ouvir a minha nova banda sonora.
Diz que já vou quase a meio de Domingo e a única coisa que consegui for acabar o quarto do Calvin, lavar o carro, empenar-me toda com a tal coisa do exercício [é nesta altura que isso do exercício fazer bem à saúde me parece das maiores balelas que já ouvi], comer que nem uma lontra [usando claro está o exercício como desculpa para o fazer] e ver um filme.
E o que me fez perder o controlo da coisa, a motivação? Perguntam vocês.
Foi passar para a porta ao lado, leia-se: o meu quarto.
Se há parte da casa que ainda está quase em estado bruto é o meu cantinho. Ainda não consegui ter uma ideia realmente genial que me deixe satisfeita com ele. Vai daí, sempre que me decido a arrumá-lo a coisa complica-se.
Ontem resolvi, mais uma vez, andar com os poucos móveis que tenho para trás e para diante na esperança de arranjar uma maneira harmoniosa de os pôr. Se tivermos em conta que tenho apenas uma cama e um móvel a coisa devia ser fácil e rápida, mas não é! Cheguei ao fim mais ou menos contente, mas o que era mesmo, mesmo preciso era mais um tapete. Claro está que não podia continuar a arrumar fosse o que fosse sem o ir comprar pois eu cá não sou de deixar as coisas a meio. Parei com as arrumações [que já de si iam tão devagar que para paradas faltava pouco] e convenço a mamã a acompanhar-me ao IKEA para trazer mais um tapetito.
Entre a minha casa e o IKEA resolvo parar na Conforama, só a ver se me inspirava. O problema é que isso das inspirações dá uma fome dos diabos pelo que a paragem seguinte teve de ser no Allegro para enfardar um Big Mac [o quê que foi? Eu fui correr tá?!]. Não estando eu inspirada o suficiente, decidi tentar arranjá-la em tudo o que era loja que lá havia. Quando finalmente me convenci que a inspiração não ia chegar, muito menos vinda de lojas de roupa, sapatos, malas e acessórios...viemos para casa pois o IKEA já estava fechado!
Bom, e como àquela hora e sem tapete também já não eram horas para arrumar fosse o que fosse, fui-me alapar no sofá a ver um filme.
Agora, com as dores nas pernas das corridas, com as costas entrevadas de arrastar móveis, sem tapete e sem vontade, vou-me pôr a mexer que tenho uma casa para tornar habitável antes que o Calvin chegue do seu fim de semana com o pai.
A parte do relaxamento, dos vapores faciais [eu até fui buscar a maquineta que estava em casa da mamã, snif, snif], das máscaras de argila, do banho de espuma e do livro...ficam para segundas núpcias que o tempo não chega para tudo!
Se há coisa da qual me orgulho é da minha capacidade para organizar as tarefas domésticas e o meu tempo! Um verdadeiro mimminho!!!

sábado, 3 de março de 2012

Das Ressacas...ou Maluqueiras

Já disse aqui que há muito mais ressacas do que aquelas provocadas por Gin, Vodka, vinho ou outra qualquer bebida. Já falei da do sono, já tentei falar das de amor, mas hoje a ressaca é (espantem-se) de exercício!
Quem como eu encarna na perfeição no conceito de Lontra (sim, às vezes Garfield aplica-se lindamente) só pode estar à beira de um colapso quando nos planos para o fim de semana não estão na lista das prioridades as borgas, a família, os amigos, os filmes, as compras, as festas, mas sim correr!
Estou a precisar! Tenho demasiada energia acumulada, tenho a cabeça demasiado cheia e por isso tudo o que preciso neste momento está num MP3, nuns ténis e numa roupa confortável que me vão ajudar a suar, a tonificar e a limpar...seja lá o que for!
Bom, vou até ali pôr as perninhas a mexer e já volto.
Wish me luck!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Da chuva

Que se lixem as previsões do Instituto de Meteorologia, que se lixem os aviões a levantar para Sul [situação indicadora de chuva], se se lixem as dores do reumático que anunciam a mudança de tempo, que de lixe a dança da chuva, as rezas indígenas e os cantares dos Índios, que se lixe o céu cinzento e carregado, que lixe o Borda d'Água e qualquer aparelhómetro capaz de prever o tempo. O verdadeiro, o infalível, o sempre certeiro fenómeno capaz de, mais do que prever a chuva, fazer chover é, tchan tchan tchan tchan, eu estender roupa!
Quando isso acontece podem sair de casa com a gabardine, o chapéu de chuva e as galochas porque lá vem temporal!

Multitasking is My Middle Name

Ter amigos nos mais diversos ramos, nas mais diversificadas áreas faz com que por vezes nos encontremos em situações que poderiam deixar-nos algo...deslocados.
É aí que entra a minha faceta multitasking [ou às tantas é só mesmo a minha costela de palhaça].
O que fazer num serão em que supostamente nos iamos enfiar num Centro Comercial com uma amiga a comer junk food e a ver montras e acabamos no meio de um jantar de empresários do mundo dos cruzeiros, no qual estavam representadas [quase] todas as companhias?
Ele era Pullmantur, ele era Royal Caribbean, ele era Princess, Disney, NCL, enfim, até a TAP lá estava.
Bom, sendo eu uma petroleira completamente fora do mundo dos paquetes, sendo eu a única penetra naquele business world, restou-me apenas apresentar-me como sendo a representante de uma companhia ainda não representada - a Costa Cruzeiros. Genial, não?
Tendo em conta que nos últimos 2 meses essa companhia afundou um barco no Mediterrâneo e pôs outro a arder no Índico, podem imaginar o impacto que a minha apresentação causou!
Adorei a cara que as pessoas faziam e o silêncio que eu conseguia provocar quando lhes dizia que trabalhava para a Costa Cruzeiros e que bom, sendo a altura de crise, tinha pacotes promocionais disponíveis. Priceless!
Seja lá qual for o motivo, acho que estou em posição de afirmar que se isso fosse verdade até tinha conseguido vender umas coisas.
Apesar do meu profundo desconhecimento do assunto [completamente visível quando um pobre e ingénuo me começou a fazer perguntas sobre os navios da Costa que iriam atracar no porto de Leixões] pareceu-me haver gente interessada no meu...produto.
Resultado do serão? Uns bons gin tónicos no Peter Sport Cafe, um belo jantar, cartões de visita com fartura, convites para a BTL, mas acima de tudo umas valentes gargalhadas com malta muito porreira!