Agora percebo aquela conversa irritante e redutora das donas de casa quando dizem que o trabalho de uma casa nunca está feito. É um facto!
Uma pessoa bem tenta começar numa ponta da casa e ir por ai fora cheia de moral e de vontade, vislumbrando no final um ninho limpo, organizado e acolhedor.
A realidade é bem diferente. Ou pelo menos a minha é!
Este fim de semana tinha a intenção de transformar a minha casa nesse ninho, de fazer exercício, de tratar da minha beleza e ainda assim ter tempo para relaxar a ler o meu livro e a ouvir a minha nova banda sonora.
Diz que já vou quase a meio de Domingo e a única coisa que consegui for acabar o quarto do Calvin, lavar o carro, empenar-me toda com a tal coisa do exercício [é nesta altura que isso do exercício fazer bem à saúde me parece das maiores balelas que já ouvi], comer que nem uma lontra [usando claro está o exercício como desculpa para o fazer] e ver um filme.
E o que me fez perder o controlo da coisa, a motivação? Perguntam vocês.
Foi passar para a porta ao lado, leia-se: o meu quarto.
Se há parte da casa que ainda está quase em estado bruto é o meu cantinho. Ainda não consegui ter uma ideia realmente genial que me deixe satisfeita com ele. Vai daí, sempre que me decido a arrumá-lo a coisa complica-se.
Ontem resolvi, mais uma vez, andar com os poucos móveis que tenho para trás e para diante na esperança de arranjar uma maneira harmoniosa de os pôr. Se tivermos em conta que tenho apenas uma cama e um móvel a coisa devia ser fácil e rápida, mas não é! Cheguei ao fim mais ou menos contente, mas o que era mesmo, mesmo preciso era mais um tapete. Claro está que não podia continuar a arrumar fosse o que fosse sem o ir comprar pois eu cá não sou de deixar as coisas a meio. Parei com as arrumações [que já de si iam tão devagar que para paradas faltava pouco] e convenço a mamã a acompanhar-me ao IKEA para trazer mais um tapetito.
Entre a minha casa e o IKEA resolvo parar na Conforama, só a ver se me inspirava. O problema é que isso das inspirações dá uma fome dos diabos pelo que a paragem seguinte teve de ser no Allegro para enfardar um Big Mac [o quê que foi? Eu fui correr tá?!]. Não estando eu inspirada o suficiente, decidi tentar arranjá-la em tudo o que era loja que lá havia. Quando finalmente me convenci que a inspiração não ia chegar, muito menos vinda de lojas de roupa, sapatos, malas e acessórios...viemos para casa pois o IKEA já estava fechado!
Bom, e como àquela hora e sem tapete também já não eram horas para arrumar fosse o que fosse, fui-me alapar no sofá a ver um filme.
Agora, com as dores nas pernas das corridas, com as costas entrevadas de arrastar móveis, sem tapete e sem vontade, vou-me pôr a mexer que tenho uma casa para tornar habitável antes que o Calvin chegue do seu fim de semana com o pai.
A parte do relaxamento, dos vapores faciais [eu até fui buscar a maquineta que estava em casa da mamã, snif, snif], das máscaras de argila, do banho de espuma e do livro...ficam para segundas núpcias que o tempo não chega para tudo!
Se há coisa da qual me orgulho é da minha capacidade para organizar as tarefas domésticas e o meu tempo! Um verdadeiro mimminho!!!
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