De facto não é uma revelação bombástica, tendo em conta a época do ano. Eu e provavelmente meio mundo, padece do mesmo mal. Acontece que comigo estes estados de enfermidade, ainda que ligeiros, acarretam sempre uma descompensação ali ao nível do pensamento que só muito dificilmente, não é acompanhada por acções.
Assim de repente, e só numa pequena pausa, passou-me pela cabeça que se estivesse em casa a chá e brufen, estaria certamente a esvaziar armários e a escolher roupa para dar como se não houvesse amanhã, atitude da qual seguramente me ia arrepender assim que o efeito do comprimido passasse e tivesse tudo à volta revirado e do avesso.
No segundo seguinte, achei que bom, bom seria estar em casa a chás e brufen, aos quais juntaria um bolinho, ou uma mousse, ou umas oreo, enquanto, alapada no sofá, pensava no quanto gostava de estar mais magra e maldizia a minha vida por não conseguir perder a m£rd@ do 6 quilos que tenho a mais há quase um ano.
Pára Anita! Só te ocorrem disparates - disse de mim para mim. Precisas de te focar, mas que raio! E foi aí que me lembrei como seria agradável poder ir acabar as decorações de natal que ainda faltam, inventar outras tantas que não tenho e ir fazer listas de prendas de natal que hei-de compar, à última hora, numa correria desenfreada, tal e qual como em todos os outros anos, que eu cá sou uma pessoa de manter tradições.
E é nisto que anda a minha cabeça. Pior, aredito piamente que a culpa disto tudo é ainda não ter os roupeiros arrumados como gostaria e, parecendo que não, isso é coisa para nos deixar mais baralhadas do que uma constipação ou febre.