quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A Anita e as pragas

Ele há coisa mais fantástica, mais fabulosa e encantadora do que a Natureza? Acho que não!
Segundo o grande Mufasa (para quem não sabe é o Rei Leão I), tudo o que vemos à nossa volta coexiste num delicado equilíbrio que deve ser respeitado e preservado.
Até aqui eu concordo plenamente (se bem que estando ele no topo da cadeia alimentar, essa coisa do respeito é relativa...), mas quando falamos de pragas...ai a conversa é outra!
Há quem diga que as pragas são essenciais, que não são mais do que mecanismos da Natureza para manter esse tal equilíbrio, mas na verdade, respeitar esses bichos que atacam em manada, ou melhor, aos magotes não é lá muito fácil!!! Mais não seja porque por norma são pequenos, nojentinhos e irritantes, daí só se safarem assim em grandes grupos (pronto, acabei de ganhar um ódiozinho de estimação por partes dos pet lovers!!!).
Assim de repente ocorrem-me uns quantos bichos pelos quais tenho de admitir que me custa ter algum respeito ou compaixão...baratas, aranhas, formigas, sapos da EMEL, carraças, pulgas e claro, piolhos!
Estes 3 últimos causam-me uma especial aversão, sobretudo por não fazerem nada da sua vida de bicho a não ser dedicarem-se ao parasitismo e sugarem sangue alheio!!! (NOTA: os sapos da EMEL tb se enquadram no reino dos parasitas sugadores de sangues, mas creio que esses merecem um post só deles...)
No entanto, por uma questão de solidariedade (e experiência própria), vou resumir este post apenas aos últimos - a piolhada!
São muito raras as pessoas que nunca foram atacadas por esta praga, aliás, a única que conhecia deixou recentemente (qualquer coisa como ontem) de ter esses estatuto. Joaninha, welcome to the club! :)
Ora bem, diz que eu, ao contrário do que este post possa demonstrar ou mais do que eu poderia querer, sempre fui, desde tenra idade, uma moça muito ligada a este tipo de bicharada.
Se houvesse um malfadado piolho nas redondezas (e por redondezas não se entenda partilhar a almofada, mas sim brincar no mesmo recreio) era certo e sabido que dias mais tarde, tal era a amizade, eu levava uma colónia deles para casa.
Havia quem levasse restos do lanche no bolso, carrinhos, bonecas e berlindes na mochila, mas eu levava os meus amigos novos...literalmente na cabeça!
A 1ª vez que travei tais amizades apanhou toda a gente de surpresa, mas confesso que até teve a sua piada!
Tudo começou com uma ligeira comichão até que as coçadelas eram de tal ordem que mais devia parecer um cão com pulgas!
Foi então que participaram a ocorrência à minha mãe com a fabulosa expressão " a menina está carregadinha!" após o que a minha mãe passou ao ataque!
Miúda vaidosa que era, achei maravilhoso o facto de ter o meu cabelo impregnado com um produto (do qual felizmente não me lembro do cheiro) e mais importante do que isso, fiquei completamente deslumbrada por ter de andar de turbante! (na realidade o turbante era mais uma toalha turca enrolada na cabeça o que agora me faz pensar que a causa de morte dos meus amigos tenha sido asfixia e não uma intoxicação com Quitoso...). Depois do ataque químico passava-se à recolha dos cadáveres e ao extermínio dos mais resistentes usando-se para tal um pente concebido especialmente para o efeito.

Aqui está, para quem não conhece, aquele que se veio a tornar um dos meus maiores aliados :)

Se houve coisa que gostei nas minhas experiências com esses parasitas, foi o facto de ter descoberto que sempre que coçava a cabeça, ganhava uma sessão de "cata piolho" patrocinada pela minha mãe, pelo que passei a usar esse gesto de "passaporte para uma sessão de cafuné" com alguma frequência .
Confesso que há algo de símio neste meu comportamento (a visão dos macacos a catarem-se uns aos outros é qualquer coisa), mas que querem que faça? Era bom!!!
Este episódio não foi caso único e isolado e dada a regularidade do acontecimento (acho que foram umas 4 vezes) e o crescendo da vaidade, ter amigos piolhos deixou de ser tão agradável, sendo mesmo motivo para ficar fechada em casa com alguma vergonha!
Enfim, a minha reentré no mundo dos piolhos, desta feita eu vou estar no papel da Mãe exterminadora, deverá estar para breve. Como não fiz mais amizades destas de há muitos anos a esta parte, pode ser que peça umas dicas à Juanita que, ao que parece, está uma expert no assunto ;)

NOTA: é de salientar o slogan fantástico e ameaçador do Quitoso! Dar uma coça aos piolhos é um feito digno de um filme do Chuck Norris LOL

3 comentários:

  1. Minha querida maninha, q tema mais nojento arranjaste tu hoje!!!!Para tua informação e apesar das investidas q esses bichos do inferno te fizeram (foram 3 e não 4 vezes), nunca me conseguiste contaminar com tais "amigos", e ainda hoje não sei o q é isso (afinal ainda conheces alguém q não foi atacado).
    Mas gosto em particular da maneira airosa como encaraste a piolhada ao longo dos anos, eheheheh! Não podes chamar ao q te envolvia a cabeça de turbante, pois tendo em conta de q era uma toalha turca, qt muito apelidavas a coisa de "turcante" (parece melhor)
    Beijos grandes ;)

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  2. Ahahahahaha, turcante é muito bom!!!
    Afinal és tu quem merece um post de homenagem: a última resistente ao ataque dos amigos da cabeça! ;)
    Aqui ficam, publicamente, os meus mais sinceros parabéns!!!
    ps- maninha, esqueci-me que afinal, mesmo com a bicharada em cima dos ombros, houvem alguém com quem partilhei almofada. Irra, nem assim eles ter pegaram!!!! LOOOL

    Beijos grandes

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  3. Nada!!! Essas pragas não querem nada comigo (e q se mantenham assim)LOL. Pois foi, numa das vezes q apanhaste tinhamos o estranho hábito de querer dormir juntas, ehehehehhe, nem assim :)
    Beijos grandes!

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