Desconfio que a medicação tem um qualquer efeito em mim que, juntamente com as doenças, me estupidificam mais do que aquilo a que estou habituada.
Uma amigdalite daquelas ( a segunda desde o início do ano) que me deixa sem espaço na garganta para passar uma gota de água que seja e a suar em bica da febre, devia ser o suficiente para me deixar alapada no sofá a chá e a séries, mas não. Diz que vêm os fármacos, esses comprimidos do demo, que fingem encher-me de forças e aparente boa disposição e eis que a Anita resolve que, afinal, o sofá não é o melhor sítio para estar e que, bom, bom era mesmo arrumar as gavetas e prateleiras dos imensos roupeiros que agora se gaba ter. Vai daí, movida a claritromicina, a brufen e a clara estupidez, esvazia-se tudo para cima da cama e...pumba. Diz que a final os fármacos não são assim tão espectaculares, que a força, afinal, não era assim tanta, que o quarto está um verdadeiro caos e o sofá é a única coisa que me serve.
É esperar pela próxima dose a ver se componho a bosta que iniciei.
Que Deus me dê paciência pois os fármacos não me dão o que preciso e vinho não posso tomar.
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