terça-feira, 19 de setembro de 2023

Espécie em vias de extinção

Já não se fazem empregadas como antigamente. As de hoje trabalham como se nos estivessem a fazer um grande favor em trabalhar e ai de quem ousar chamá-las à atenção por trabalho não feito, por horas cobradas indevidamente ou por qualquer outra coisa que não tenha ficado como seria suposto. Era o que faltava! Quem é que nos julgamos ser para questionar o que quer que seja a tais criaturas? Quando aparece uma como deve ser, das que têm brio no que fazem, das que são honestas e que trabalham porque, tal como eu, precisam e por isso tentam fazer o melhor que podem, é conservá-las. Já se sabe que não vão durar muito tempo pois vão tentar arranjar algo diferente e supostamente melhor para as suas vidas, mas enquanto as podermos ter, é levantar as mãozinhas para o céu em jeitos de agradecimentos pois são uma espécie em vias de extinção. Ao fim de 4 anos a minha querida Maria (que tanto trabalho me deu a encontrar) resolveu fazer um curso e mudar de vida, tal como há 7 anos a minha querida Andreia fez. Bastou 1 mês para perceber que a lorpa que arranjei em substituição percebe tanto de limpezas ou de lides domésticas como eu percebo de física quântica, mas a fazer as contas para os pagamentos, uiiii, é uma máquina. Até arranjar alguém como deve ser, prevê-se um pouco de caos por estas bandas. Desejem-me sorte.

2 comentários:

  1. Demorei 7 anos a voltar a encontrar uma dessas!

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    1. É conservá-la para a vida. Não quero lançar foguetes antes da festa, mas cheira-me que sou pessoa para, talvez, ter tido sorte agora. Vamos lá ver

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