Agora que tenho tempo de sobra para poder, calmamente, reflectir sobre assuntos importantes e de extrema profundidade, concluo que afinal não acho os flamingo apenas bichos interessantes, elegantes ou cor de rosa. Neste momento nutro por eles uma profunda admiração e até solidariedade.
Bem sei que eles podem ir alternando entre uma perna e outra, em querendo, podem até andar com as duas no chão (o que neste momento considero ser um feito notável).
E foi nos 15 minutos que estive de pé, à porta de casa a ouvir a história da vida da senhora da engomadoria, ali no limbo entre o parecer interessada e o estatelar-me no chão, que percebi que a vida deles não é fácil! Enfim, mais um ponto que nos une.
Durante o meu número de equilibrismo, no qual a minha perna poisava elegantemente na muleta ,ali a balançar-me, qual junco a ondular ao vento (é aqui que , por enquanto, reside a diferença entre mim e os flamingos, mas creio que ao fim dos 14 dias que me faltam já consigo estar assente numa perna sem abanar), cheguei mesmo a pensar se não seria menos doloroso ter passado eu a roupa.
Tendo em conta que as algas que costumo comer são das verdes e não vejo jeitos de comer outras, acho que vou enfardar a "casca" do queijo flamengo a ver se consigo adquirir um ar mais rosado e se na próxima exibição já sou uma espécie de flamingo mais convincente.
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