Imaginem-se aflitos, muito aflitos, mas mesmo desesperadamente aflitos para fazer xixi. Assim aquela aflição que nos parece que não vamos conseguir dar nem mais um passo. Aquela aflição que ao mesmo tempo que nos deixa afogueados, nos dá arrepios pelo corpo todo (se quiserem juntar o barulho de água a correr ao cenário, tanto melhor). Agora imaginem isto a pé, a caminho de casa, rua fora com o passo acelerado a suplicar a todos os santos para chegarem enxutos à vossa sanita.
À medida que se vão aproximando dela, quando, ao subir as escadas ou no elevador, vão já desapertando o botão das calças para poupar tempo (cada vez mais apertados), quando metem as chaves à porta (oh meu Deus que não me aguento), quando mandam tudo o que trazem com vocês ao chão (inspira...expira...estão quase lá) e vão, num misto de corrida, com passos curtos e meio a rebolar até à casa de banho (ai, ai, aiiiii...impossível de aguentar mais...) e a vêem, ali, limpa e reluzente à espera.
Pois, é mais ou menos isso que eu sinto a escassos momentos de (poder) tirar o gesso que carrego comigo.
A ver se volto aliviada para casa ou se vai ser algo semelhante a chegar lá e na verdade só fazer umas pinguinhas.
.... epá Ana... superaste-te com esta descrição!
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