quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Attention please, passengers for the KLM flight 1697 to Lisbon...

...the boarding will start in few minutes.
E eu, desconfiada olhei em volta e por momentos temi estar prestes a embarcar para a China. Confirmei mais uma vez o meu cartão de embarque - gate D79 Lisboa. Pelo sim pelo não, olhei mais uma vez para o ecrã das partidas e confirma-se: destination Lisbon.
Pronto, estando eu no sítio certo, a caminho de casa, resta-me dizer que prevejo a abertura de mais uns restaurantes e umas "botiques" das boas para breve e olhem que se for essa a razão da viagem não estamos nós assim tão mal...

E no último dia de formação, a poucas horas de voar de volta a casa, o que aprendi?

Que eu trabalho para viver e jamais viverei para trabalhar.
Opções. Cada um com as suas.
Tal como uma vez me disseram:
"Smillie, this is just a job, not your life".

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Eu bem digo, mas não me querem crer...

Percebem porquê que isto de se fazer ciência é fantástico, ter uma carreira é fabuloso, ter um emprego que nos permite viajar é do melhor, isto de nós, mulheres, termos chegado onde antes só pisavam os homens é uma gigante vitória, mas o que eu queria mesmo era ser dondoca?
É que isto é tudo muito bonito, faz-me tudo muito feliz, que faz, mas nada me traz tanta felicidade como amanhã voltar para casa.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Agora que já passeaste, já bebeste umas jolas e já alarvaste comida indiana, o que vais fazer Anita?

Só assim para que o único peso que me resta seja o das ancas e não o da consciência.
Afinal estão -5 graus e uma pessoa tem de aquecer, não é?

Então Anita, já estás a suar?

Eu? Em bica! De cada vez que ponho o pé  na rua para fumar um cigarro, os -3 graus tocados a vento fazem-me sentir que aterrei nos trópicos, só que não.
Cheira-me que 1 mês aqui e era menina para pensar em deixar de fumar.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Se isto não é um calor das Arábias...

...então eu não percebo nada disso das temperaturas!

Se isto fosse um daqueles filmes românticos de Domingo à tarde...

...estaria eu aqui sentada, a suspirar pelos cantos, a olhar pela janela onde se podiam ver os aviões a descolar, lamentando isto de ser recambiada para o frio até que me amalucava! Sim, levantava-me num salto, agarrava na mala e apanhava o primeiro avião para um destino de sol onde, obviamente, teria o macho alfa à  minha espera já de calções e cocktail na mão.
Pois, mas não é. Na verdade a única semelhança com o cenário anterior é só mesmo o facto de ser Domingo.
Ao menos se pudesse fumar um cigarro...sempre ajudava a passar o tempo e a afastar estas ideias Hollywoodescas da cabeça, mas também não! No país onde se podem fumar charros com fartura, de toda a espécie e tamanho, no país onde é tudo "legalized", por ca'raio é que eu havia de poder fumar um cigarro no aeroporto enquanto enquanto  espero por um voo de ligação?
Eu realmente tenho cada ideia...

sábado, 14 de fevereiro de 2015

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Power to the people...*

A criadagem apoderou-se da minha vida e neste momento têm-na na mão. Essa é que é essa.

Cá em casa já não haviam dúvidas sobre quem é que efectivamente mandava e desenganem-se se pensam que seria eu. Mentira. Eu apenas lhe pago o ordenado, a tempo e horas, sempre de cara alegre. A roupa continua no cesto por passar, o pó continua por limpar e tudo o resto é feito às três pancadas, mas as contas do mês foram cuidadosamente deixadas em cima da mesa da cozinha, no mesmo local onde deixarei o dinheiro por aquilo que ela não fez.

Eu gostava de não me ralar com isto, oh se gostava. Gostava que o halo de pó que fica à volta das coisas e onde o pano não chegou não me chateasse, gostava que a pilha de roupa que devia ter sido passada, mas não foi não me enervasse, que o tempo que passo à procura da loiça que saiu da máquina e devia ter sido arrumada no devido lugar e não onde calha não me fizesse bufar num misto de raiva e desespero, gostava de conseguir não revirar os olhos de cada vez que tenho de ser eu a trocar as toalhas das casas de banho depois destas serem limpas. Gostava pois. Então não havia de gostar? Gostava ainda mais de não ter de ter uma conversa com ela para lhe explicar que não, que ela não foi sempre assim, que tempos houve em que ela era eficiente e fazia tudo direitinho sem eu ter de dizer nada e que é a esse registo que teremos de voltar depressa que eu cá não quero ter nada a ver com isso do aumento do desemprego em Portugal e que, se é para pagar a quem trabalha, então vou ter de pagar a mim própria o que é na verdade um bocado ridículo. Por isso, vamos lá  pôr tudo nos eixos para voltarmos a viver felizes numa casa limpa e arrumada.

Isto era tudo muito bom, tudo muito bonito, tudo espectacular, mas eu já nem peço tanto que isto uma pessoa tem que ter alguma parcimónia nisso do pedir não vá parecer abuso. Posto isto, por agora bastava-me apenas que o jardineiro desse as caras, que arranjasse tempo na sua agenda deveras ocupada e que plantasse tudo o que é árvore, sebe e arbusto até Sábado de modo a poder ter o macho-alfa de volta, ainda que por umas breves horas, antes de eu ser recambiada para a terra do bacalhau fresco para passar o Carnaval.

*my ass!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Má língua, calhandreiras, ditos e mexericos

Em tempos que já lá vão atribuíam-se estes predicados às porteiras sendo o local de culto ideal a paderia do bairro. Quem quisesse um mexerico ou calhandrice era lá que os encontrava. Era ali, pela boca daquelas senhoras , a fonte dos boatos e do veneno da vida alheia.
Hoje em dia, onde as paderias são locais fashion vintage onde se come tudo menos pão e a profissão de porteira caiu em desuso, continuam a haver sítios para o efeito. A diferença é que antes elas o faziam de bata, lenço na cabeça e porta-moedas entalado debaixo do braço, todas a cheirarem a lixívia, que de porcas era só a língua, de resto eram todas muito asseadas, em tom de cochixo. Hoje não lhes podemos ver a bata nem o lenço. O porta-moedas passou a ser uma mala que, dizem elas, é Prada, Hermés ou semelhante. Não lhes sentimos o cheiro a lixívia, mas mesmo por detrás de um computador dá para sentir que está lá e que afinal, os tempos podem ser outros, mas continua tudo na mesma.
Também as outras do passado diziam-se todas amigas, todas sérias e incapazes de falar de quem fosse. Só que não...

Green Hill? A sério?

Estou profundamente espantada com o saudosismo que de repente assolou o livro das caras em relação à discoteca Green Hill.
Se ouvi falar dela? Sim, ouvi. Em tempos idos, pela boca da minha irmã mais velha e dos seus amigos que lá foram um par de vezes. Parece que agora aquilo está em ruínas e isso deixou toda a gente muito triste e com imensas saudades das noites que há anos perdidos lá tiveram ou mesmo das noites que nunca lá passaram. Sim, porque ou fui atacada por uma amnésia fortíssima e sem precedentes ou não me lembro de algum amigo meu ser cliente esporádico, quanto mais assíduo, desse espaço.
Já agora, pergunto eu, se aqueles que hoje choram o fim de uma era de ramboia e folia naquela grande discoteca efectivamente continuassem a ir lá, aquilo não estaria ainda aberto e a bombar?
A Green Hill passa então, com grande espanto meu, à mesma categoria da antiga pastelaria Roma, do cinema Londres, do Quarteto, do King e outros sítios que tais em que ninguém lá punha um pé, mas que ao fechar serve de post porque até fica bem...só que não!