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quinta-feira, 21 de setembro de 2023

O inferno são os outros

Comecei o dia com pressa. Malas, mochilas, lancheiras, computador e o relógio mais acelerado do que devia.
Chuva, trânsito, deixa 1 miúdo na escola. Mais trânsito, mais chuva. Escola n2. Pai artista/Chico esperto que, no medo que a sua criança dissolvesse com água, resolveu parar onde não podia, colado a mim que fazia marcha-atrás para poder sair do parque. Choque. Na prática sou culpada, como aliás é sempre quem faz marcha-atrás. Na verdade ele é um merdoso que achou por bem meter-se onde não podia estar, quanto mais parar, borrifando-se para os 3 carros que manobravam para sair dali. Aposto que pensou "fico já aqui, mesmo no meio do largo e à porta que eu cá não sou de esperar e a criança ainda encolhe com a chuva". Palhaço. Grande molha, declaração amigável e segue para o trabalho. Toma lá mais trânsito, mais chuva e 8h de trabalho. Atura, atura e atura mais um pouco, que a vida custa muito a ganhar.
Sai do trabalho a correr. Mais trânsito, mas ao menos já não chove. Apanha criança n2. Como se já não chegasse por hoje, toma lá mais trânsito, correria e suadeira, mas a criança conseguiu estar equipada na água a tempo e horas para a aula de natação. Por pouco, mas conseguiu. Chapinha, mergulha e chapinha. Volta para casa, dá banhos e jantar. Felizmente estava feito. Abençoados restos. Crianças a ver a bola, mãe no WC fechada a escrever uns disparates para ver se não frita a pipoca.
Hora de deitar a n2. Lavar os dentes, xixi, cama. 
Amanhã começa tudo se novo.
É esperar que seja melhor. 

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Então e tu, Anita?

Eu? Eu quase que ontem fazia um pleno. Voltas das escolas - trabalho - actividades da mais nova - banhos - malas, maletas, mochilas e lancheiras para o dia seguinte, mas... depois meteu-se o cansaço, as horas, e deixei ficar para trás o almoço de hoje, a limpeza de pele, a organização dos brinquedos antigos para acomodar a montanha dos novos recebidos nos anos, o exercício que tanta falta me faz à cabeça e às costas. Pronto, basicamente fiz quase tudo menos o que eu precisava. Hoje vai pelo mesmo caminho, mas nunca se sabe como acaba o dia.

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Espécie em vias de extinção

Já não se fazem empregadas como antigamente. As de hoje trabalham como se nos estivessem a fazer um grande favor em trabalhar e ai de quem ousar chamá-las à atenção por trabalho não feito, por horas cobradas indevidamente ou por qualquer outra coisa que não tenha ficado como seria suposto. Era o que faltava! Quem é que nos julgamos ser para questionar o que quer que seja a tais criaturas? Quando aparece uma como deve ser, das que têm brio no que fazem, das que são honestas e que trabalham porque, tal como eu, precisam e por isso tentam fazer o melhor que podem, é conservá-las. Já se sabe que não vão durar muito tempo pois vão tentar arranjar algo diferente e supostamente melhor para as suas vidas, mas enquanto as podermos ter, é levantar as mãozinhas para o céu em jeitos de agradecimentos pois são uma espécie em vias de extinção. Ao fim de 4 anos a minha querida Maria (que tanto trabalho me deu a encontrar) resolveu fazer um curso e mudar de vida, tal como há 7 anos a minha querida Andreia fez. Bastou 1 mês para perceber que a lorpa que arranjei em substituição percebe tanto de limpezas ou de lides domésticas como eu percebo de física quântica, mas a fazer as contas para os pagamentos, uiiii, é uma máquina. Até arranjar alguém como deve ser, prevê-se um pouco de caos por estas bandas. Desejem-me sorte.

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

O meu não presta, mas o dos meus filhos....

Não gosto do meu aniversário. Não adoro ficar mais velha, mas acima de tudo inquieta-me a sensação de passagem de tempo e finitude. É isso que vejo e sinto no meu dia. Já o aniversário dos meus filhos é outra conversa. Nele só vejo motivos para festejar, amor, felicidade e excitamento, talvez mais meu do que deles. É por este motivo que me rebemto sempre nessas datas. Dou tudo para que seja sempre uma festa do caraças, memorável e inexquecível. Tanto que devia tirar férias para essa altura. Pena que, pelo menos pelo que o mais velho diz, não se lembra de grande parte delas. Diz que sabe só que foram giras. Uma pessoa ali a investir em balões, actividades, decorações, acepipes do melhor que já se viu, horas e horas de preparação e uma canseira inacreditável para essas pestes apagarem tudo da memória enquanto o diabo esfrega um olho. Enfim, nem a memória de peixe deles me demove de fazer sempre o máximo nos seus dias. Pode ser que amanhã, podre e acabada, tenha outra opinião, mas hoje, estou em pulgas a tratar do amanhã.

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Aceitam-se sugestões

Tenho uma festa no próximo sábado toda planeada e organizada para ser feita no jardim. Piscina, escorrega de água, insuflável e tudo aquilo que crianças podem querer numa tarde de verão. O Accuweather e o WindGuru dizem que tenho 80% de hipóteses de chuva. De tudo o que planeei, esta foi a única coisa que não ponderei incluir nos festejos. Agora digam-me, como é que entretenho 30 miúdos e outros tantos adultos durante uma tarde inteira caso o São Pedro, as alterações climáticas ou o raio de uma depressão qualquer, resolvam lixar-me os planos? Metê-los dentro de casa a comer e a ver tv não é uma opção, ok?

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Qual é a linha que separa?

Mais cedo ou mais tarde, todos nós traçamos linhas que definem os nossos limites, que definem o que é ou não aceitável na nossa vida. Por vezes traçamos essas linhas com giz e ao fim de uns tempos este vai ficando mais ténue e já ninguém sabe muito bem, nem mesmo nós, onde é que se pode ou não pisar. Quando essa linha é traçada a tinta permanente, bem grossa, bem visível, até onde é que permitimos que alguém não só a pise como a transponha? Podemos tentar definir isso com base na nossa inteligência, ingenuidade, por vezes fragilidades, falta de amor-próprio, medo e tantos outros fatores e variáveis aos quais se chama vida, mas há o dia. Há o dia em que decidimos que aquela linha deixou de ser apenas um traço, sumido ou bem marcado no chão, o qual há quem prefira ignorar a sua existência. Há o dia em que fazemos daquela linha um muro de betão armado pelo qual ninguém nem nada pode passar. Hoje não acordei com um pincel na mão. Acordei com uma betoneira a trabalhar a todo o vapor e, cheira-me, que vai haver quem perceba que há linhas que não podem ser passadas.

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Super poderes, só pode

Confesso que por mais contas que faça, por mais voltas que dê, não consigo perceber como é que é possível concentrar tantas tarefas, tantas funções e tantos "eu's" num só dia. A ciência já sabe muito coisa, mas isto do que é ser-se verdadeiramente mulher, ainda vive na obscuridade.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Parece que é, mas não é

Quando estava convencida que precisava de um reset à cabeça, que precisava de ajuda, tipo aquelas personal organizers que as influencers contratam para lhes arrumarem a casa, mas que me vez de prateleiras e armários arrumam cabeças, dizem-me que, afinal, preciso é de um reset ao coração. Afinal não é só a minha cabeça que entra em loop - o meu coração também.

Vendo a coisa de uma perspectiva mais romântica, este pequeno desatino do meu coração podia explicar imensa coisa na minha vida, quiçá até coisas na minha cabeça, mas a verdade é que prefiro ver este episódio como uma verdadeira mudança onde um homem, desta feita de bata, touca e munido de instrumentos médicos em vez de flores, vai pôr ordem no meu coração e deixá-lo como novo, sem problemas e a funcionar em pleno. Quem diria?

Houve ali uma altura, entre electrocardiogramas e aparatos de urgências, em que pensei que sofrer do coração - sem ser por amor - era coisa de velha, o qual estou longe de me sentir, apesar de ter entrado nos 40. Enganei-me. Ao que parece este meu "pequeno" defeito é de nascença e portanto nem sequer vou poder culpar a idade. 

No meio disto tudo há tembém uma conclusão que poderá surpreender muita gente: afinal não sou maluca (sem qualquer desrespeito pelo cuidado cada vez mais necessário com a saúde mental), tenho é um coração com tanta energia que nem sempre a minha cabeça o consegue controlar. Lá está, sempre me vi como uma pessoa com um coração cheio, vibrante e selvagem. Agora tenho um gráfico que comprova que o que eu dizia não eram só balelas.



segunda-feira, 22 de março de 2021

Já disse que não sou fã das 2ª feira?


Talvez seja porque os meus fins de semana, mesmo que sejam passados em casa, vão-se num sopro.
Ainda ontem fechei o computador com aquele suspiro de alívio que só uma semana cheia de trabalho nos pode dar e hoje já estou com aquele estoiranço digno de 6ª feira.
Aguenta coração que a semana ainda agora começou!

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Tudo ao molho e fé em Deus

Dizem que "Ano Novo, Vida Nova", mas creio que isso se pode aplicar a qualquer marco de mudança, mesmo que não seja uma data fixa no calendário dos demais. Basta que seja no meu calendário. Neste caso para mim é um "Casa Nova, Vida Nova". Tenho tudo revirado. Não é só a casa que está do avesso. São as horas de sono, a cabeça, os móveis, a vida e as ideias.
"A vida nunca nos dá mais do que aquilo que conseguimos aguentar". Já li isto numa dessas frases inspiracionais, ou de auto-ajuda, ou de filosofias de trazer por casa, ou em qualquer sítio que agora não me lembro - espero que não tenha sido o Pedro Chagas Freitas pois aí é que cortava os pulsos - e  , honestamente, também não interessa, mas lembro-me de já lhe ter passado os olhos por cima. A verdade é que as vezes a vida aperta, complica, espreme-nos até ao tutano, por vezes a pontos de acharmos que já não há mais por onde espermer, nem por onde nos desdobrarmos, mas há. A verdade é que há sempre.
Tudo por aqui precisa de organização. Tudo por aqui precisa de encontrar o seu caminho, o seu rumo, o seu lugar.
Tempo. O tempo é sábio e dá-nos a organização que nós sozinhos não conseguimos ter.
Agora é respirar... 

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Falemos então do tempo...

Ai, aquele momento em que estão 13 graus, vestiste-te como se estivessem 18 e sentes um calor equivalente a 30 graus e isto tudo antes das 8 da manhã .
Ou estou mesmo a precisar de descanso ou a menopausa chegou aos 37!

A vida lá fora

As redes sociais esfregam na minha cara que o sol começou a aparecer, que o céu está azul, que há afortunados que já fazem fotossíntese em esplanadas enquanto se hidratam com cervejas geladas e que há verdadeiros sortudos que aproveitaram o feriado para se porem a milhas de casa em modo férias.
E eu? Eu fiquei contente por ontem ter ido trabalhar sem trânsito, de encontrar um escritório quase vazio onde o trabalho rendeu até o sol se pôr e de hoje, já com os meus filhos quase a dormir e bem depois da hora de jantar, ter desligado o computador até amanhã de manhã bem cedo e poder ter umas 6 horinhas para dormir até ter de estar se volta.
Cada um com as suas vitórias.
Espero sobreviver até ao fim de semana. Estou cheia de planos para esses dois dias, assim tipo... hibernar.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Inspira...expira...não pira!

Diz-te a médica que andas acelerada demais e que, a bem da sanidade mental da feijoca e da tua, melhor será vires para casa de baixa para aquilo a que ela apelidou de um mês calmo, zen e relaxado.
Não sabendo tu se no escritório seria um "bom Santo António, malta" ou um "Feliz Natal e Boas Entradas", resolves deixar alinhavado para qualquer eventualidade o maior número de coisas possíveis e vais de baixa quase uma semana depois da médica te ter mandado.

Dia #1: Reservas o dia para tratar da papelada e burocracia no centro de saúda - check; para organizar umas coisas leves em casa - no check - avaria-se a máquina de lavar loiça. Pensas com os teus botões que não há motivo para arrelias, afinal não te podes enervar, e isto é só um problema menor que se resolve contactando o técnico.

Dia #2: Deixas a criança cedo na escola. Vais comprar as coisas que faltam para a viagem de finalistas do 4º ano (no meu tempo a moda só começou no 12º ano e ainda assim acharam precoce. Adiante...) e resolves ir ao cabeleireiro porque, segundo indicação médica, relaxar implica também tratar e ter tempo para mim. Fazes a mala da cria que já anda cá fora, vais levá-la ao colégio. Enquanto te diriges para uma merecida água das pedras fresca com limão no lugar da jola que os 30ºC estavam a pedir, planeias o dia seguinte, onde contas estar na praia, desta feita com um bom livro em vez de uma bola de futebol, com o som das ondas em vez de pan pipes e sons de passarinhos a chilrear, pensando que isso sim vai ser descanso, seguido de uma sessão de massagens num SPA que vai-te saber que nem ginjas. Estás parada no semáforo, perdida nos teus planos e agradecida pelos dias de relaxamento que o passeio do mais velho te vai proporcionar, metes a 1ª mal cai o verde e...nada. O teu carro não anda. Em vez da Smooth Fm que tocava no carro, ouves antes um "patinar" estranho de uma mudança que não arrancou. Mau! Metes a 1ª outra vez. O mesmo som. Experimentas a 2ª, a marcha-atrás...igual.Avenida cheia de trânsito, gente simpática a buzinar, certamente como forma de me perguntar se precisava de ajuda, Metes o triângulo, veste o colete e chamas o reboque. Diz que o kit de embraiagem morreu. Montas-te no reboque até à oficina onde, calmamente te dizem que 700€ e a coisa está resolvida 6ª feira até ao fim do dia. Respiras fundo, afinal, não te podes enervar, não é? Vais buscar o velho Twingo roxo, esse sim nunca falha, e ficas feliz contigo própria por te teres lembrado de tirar o chapéu de sol e o comando da garagem do carro empanado.
Segues para casa sem direcção assistida e sem ar condicionado, a repetir insistentemente que dinheiro é papel, como se fosse um mantra, e a pensar que podia ser pior. Se fosse a caixa de velocidades era mais caro.
Chegas a casa, deitas-te no sofá, pegas no comando e resolves ver um filme, provavelmente uma comédia romântica a ver se desanuvias. Erro. Liga, desliga, faz reset...erro! Ligas para a ZON. A box marou e terei resposta da equipa técnica no prazo máximo de 48h.
Tendo em conta continuo a respirar de forma calma e até consegui pintar as unhas sem parecer que usei uma trincha das paredes, mesmo as da mão direita, acho que posso mandar um sms à minha médica a agradecer-lhe a baixa e os ensinamentos pois, no meio de tudo isto continuo relaxada. Ainda não atingi o Nirvana, mas neste momento já posso ser considerada um Buda e não é só pelo tamanho da minha barriga.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Quando uma pessoa pensa que tem tudo planeado, tudo muito bem definido...eis que há sempre algo que surge para nos fazer mudar os planos

Sempre disse que se tivesse uma rapariga ela havia de se chamar Maria Victória. Nunca foi uma ideia aceite por todos e para facilitar, a natureza resolveu brindar-me antes com um rapaz, só assim para evitar discórdias. Acontece que eu sempre fui um bicho casmurro e de ideias fixas e, contra tudo e contra todos, sempre mantive a Maria Victória como A opção caso a natureza resolvesse brindar-me com uma miúda.
Fiz das palavras do Fernando Pessoa o mote que me havia de levar, literalmente, à Victória: primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Foi então que a natureza achou que era altura de me pôr à prova e lá mandou vir a cachopa. Quando a notícia se espalhou, a feijoca passou automaticamente a ser tratada pelo nome que, actualmente e tal como eu tinha previsto, já era da aceitação geral, não deixando, aparentemente ( e aqui o aparentemente é o busílis da questão), margem para outras opções.
Acontece que (há sempre um acontece nestas histórias) o pai não se deixou convencer pela beleza do nome e, parecendo que não, o pai também é visto e achado nisto das escolhas. Pumba, temos o caldo entornado, que é como quem diz, temos os meus planos desfeitos. 
Contava com a ajuda de todos para convencê-lo, mas diz que quem mais podia ter feito pela coisa falhou-me como as notas de 500€. Tivesse o Jesus feito aquilo para o qual lhe pagaram, tivesse o meu SCP em 1º lugar como devia estar, que não haviam associações ao Benfica que me impedissem de chamar a minha filha de Victória.
Sim Jesus, tu e só tu és o culpado do meu filho nunca ter festejado um campeonato de verde e branco e, como se isso já não bastasse, és também culpado por não poder chamar a minha filha como bem entendo. Se o campeonato já era coisa para me deixar triste, isto do nome é coisa para me deixar irada, Jesus e tu, com os anos de experiência que já levas no lombo, devias saber que com uma mulher movida a hormonas não se devia brincar.
Posto isto, e por ainda não termos chegado a acordo, é nesta triste situação que me encontro...

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Agora Jesus, por tua causa, além de ter de levar com os benfiquistas outra vez em festa, além de ter o meu Facebook pejado de imagens do Marquês, vejo-me a braços com listas de nomes, significados de nomes, nomes mais escolhidos, nomes mais estranhos, enfim todo um mundo de nomes e problemas que eu dispensava. Muito obrigadinha, pá! Juro que nem sei como te agradecer as alegrias que me deste este ano.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

2016 ficará pasra sempre na história como o Natal em que a Anita recebeu...

...
 
Sim, viram bem. Uma panela, um tacho que, mesmo sendo em ferro fundido, de nacionalidade alemã e do melhor que já se fez (dizem os entendidos em tachos), não deixa de ser isso mesmo - um tacho!
Ah, mas olha que é uma bela prenda - dizem vocês. Pois seria sim senhor. Seria em especial para quem como eu tem como trem de cozinha um kit básico e baratuxo do IKEA há 8 anos, sempre ali, pimba, pimba a cozinhar que é uma beleza, mas não quando a prenda vem do macho alfa.
Ohhhhhhhhhhhh - exclamam vocês agarrados à cabeça, completamente estupefactos. Exactamente. Este ano o macho alfa resolveu armar-se em engraçadinho, em pessoa extremamente espirituosa e cheia de humor, usando para isso um tacho como embrulho para a minha prenda. Papel de veludo, embrulhos bonitos é para toda a gente e eu como sou para lá de especial, vi a minha prenda embrulhada num tacho. Ufffa, afinal não recebeste só o tacho - dizem vocês mesmo antes de se começarem a rir e dizerem que afinal a piada foi genial. Errado. O tacho podia vir com jóias, ouro, salva, mirra, perfumes da Hermés ou com um estufado lá dentro que não deixava de ser uma tacho. Agora que me vai passando o choque, a indignação e o mau feitio já vou esboçando um sorriso amarelo cada vez que conto a história a outros em busca de apoio, tenho gargalhadas de volta acompanhadas com "ai, tão bom!", mas para o ano cheira-me que alguém vai levar um kit de esfregões de arame ou um martelo e pregos, ou...qualquer coisa que se aproxime do belo tacho que recebi, só para verem como eu cá também sei ter imensa piada!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Palavra sabedoria não te diz nada, pois não Anita?

Pois claro que não diz. Se dissesse, ao fim de 36 experiências de Natais que já levo na vida, depois trezenta e cinquenta e nove mil promessas de que ia ser diferente no ano seguinte, depois de olheiras causadas por madrugadas a fazer embrulhos e decorações várias e algumas bolhas nos pés fruto de calcorrear km's em busca do presente ideal, já devia ter aprendido qualquer coisa.
Este ano, a 3 dias do Natal, com 4 horas de sono em cima, ainda com 2 presents para comprar (sendo que os restantes foram comprados...errrr...ontem!) e com mais um dia de trabalho amanhã que este ano as férias despareceram sem deixar rasto ali no início de Stembro, resolvo apimentar a coisa dando um jantar em casa para 12 pessoas.
Se isto não é uma boa gestão do tempo, então não percebo nada disso das agendas e de organização

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Dos ditados populares que ainda não interiorizei, mas devia

"O segredo é a alma do negócio"



Se por arrasto conseguir interiorizar o "Quando a esmola é grande, o pobre desconfia", era moça para jogar no euromilhões de seguida pois teria entrado, certamente, no domínio do milagre.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Inspira...expira...não pira

Havia uma russa nesta casa que, às vezes à pressa e aos encontrões, com um consumo nunca antes visto de esfregonas e baldes tal não era a sofreguidão com que limpava, dava conta desta casa. Já vinha ensinada por outros, já conhecia os cantos à casa e, apesar de 2 anos não ser muito tempo, era o suficiente para saber como eu queria as coisas, ainda que às vezes não fizesse muito caso disso. Ainda assim, entre nós as rotinas já estavam instaladas e já pouco havia a emendar. A coisa ia assim a modo que em piloto automático e, como por magia, as coisas apareciam feitas.
Diz que essa russa achou que estava na altura de deixar descendência, de contribuir com mais um ser para este mundo e como tal, ter 2 ou 3 dias livres por semana é que era mesmo bom. Não lhe posso chamar burra. Na verdade também gostava de dar ao mundo um contributo semelhante e trabalhar 2 ou 3 dias por semana. Já se sabe que isto de ter crianças é uma grande canseira e não há nada como poder ter uma semana mais desafoga. Pois, no poder é que está a questão e aqui esta portuguesa que vos escreve, ao contrário da russa que aqui havia, não se pode dar a esses luxos e dias livres continuam a ser só os fins de semana. Enfim, como ia dizendo, essa russa que aqui havia, dado o chamamento da maternidade, deixou de haver e nesta história quem se lixa não é o mexilhão, mas a portuguesa que aqui ficou.
Ora que a russa que aqui havia, mas que deixou de haver, não se foi embora assim à papo seco e teve dó da portuguesa que trabalha não 2, nem 3, mas sim 5 dias por semana, e arranjou-lhe uma substituta da sua confiança.
Então aqui a portuguesa, que só por acaso é pouco dada a chefias e rejubila quando as coisas já não requerem grandes ensinamentos, tem uma nova russa em quem deposita as suas esperanças para que esta casa não entre em descomando. Ao contrário da outra, esta russa, doravante denominada como Sôdona Seminova, não vem treinada por outrem, não tem experiência nas lides nem é tão rápida como a russa que aqui havia, mas pronto, diz que é muito séria e que aprende rápido. A portuguesa que aqui anda meio aperreada com estas mudanças até é uma pessoa que gosta de ver as coisas pelo lado positivo e viu nisto uma janela de oportunidade - uma pessoa assim fresquinha, sem vícios e cheia de vontade é capaz de nem ser mau de todo. Assim aprende tudo da maneira como a portuguesa quer e não tarda nada esta casa, portuguesa com certeza, será novamente um lar onde tudo corre de feição.
Quanto ao pormenor de eu não estar em casa com ela para a ensinar e de ela não falar ponta de português...bom, não se pode ter tudo e diz que a moça é muito séria (já vos tinha dito isso?) por isso, algo me diz que o google translator vai ser o meu melhor amigo nos próximos tempos e que pena que eu tenho de ter dado os jogos do Calvin onde, com cartões, se aprendiam as palavras, as cores, os objectos e os números. Algo que diz que agora me dariam imenso jeito.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

E uma pessoa andava, literalmente, tão contente...

...com as sua novas botas. Uma pessoa acha mesmo que vale a pena investir em calçado de qualidade, daquele em bom, 100% pele, bons acabamentos, zero plástico. Uma pessoa não vai às Seaside desta vida porque as coisas não prestam e aguentam-se uma estação, mal e porcamente para afinal, o calçado bom em que investe não ser assim tão bom e também não se aguentar nem sequer uma estação, mas morrer à segunda utilização. Ah, mas se calhar resolveste ir a Fátima a pé montada nesse botim - dizem vocês. Pois, diria que os dias em que as usei foram semelhantes a uma penitência, mas apenas palmilhei meia dúzia de metros desde o carro até ao escritório.
Pronto, deixa lá que podes sempre trocá-las - sugerem vocês muito espertinhos. A ver vamos - digo eu com uma réstia de esperança - é que o prazo para trocas e devoluções já terminou pelo que me resta contar com a decência da loja. Ou isso ou vou ali ao calçado Guimarães porque bosta por bosta, sempre pago 1/4 do preço.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Parece que não, mas vai dar tudo (quase) ao mesmo

Imaginem que andam 3 anos a sonhar com um SUV. Ai, um SUV é que era e que jeito me dava agora ter um 4x4 para andar por aí. Isso é que ia ser subir passeios e fazer off-roads. Podia ir a todo o lado, sempre em frente, sem medos de terra batida, buracos, rios e riachos, ravinas e falésias. Tivesse eu um que iam vê-lo, sempre com as rodas na terra e todo coberto de pó, de tal maneira que nem lhe viam a cor nem eu voltava a pagar uma portagem, que isso das auto-estradas é para os meninos.
Ao fim desse tempo, 3 longos anos, acabam por comprar o tal SUV, o tal monstro das estradas, asfaltadas ou não, e...claro que não vão fazer nada do que tinham dito pois afinal ele é tão lindinho que não o querem estragar. Então iam lá meter esse pináculo da mecânica automóvel num caminho de cabras? E se um calhau lhe bate por baixo e lhe parte qualquer coisa? E se ao passar num desses buracos perdidos no meio do mato lhe rebentam um pneu? E se num desses trilhos estreitos, ali entre os galhos e as silvas, lhe riscam a pintura? Sim, essa mesma pintura que é lavada todos os Domingos pela fresca para ela não estalar? Pois, é melhor andar sossegadinho na estrada, com jeito e com bons modos, a ver se ele se mantém brilhante que, isto toda a gente sabe, os SUV não são jipes e jamais foram feitos para fazer TT. Era o que mais faltava, um carro tão bom, tão lindo e tão confortável, com um 4x4 que dá uma jeiteira dos diabos para levar os putos à escola e as bicicletas ao parque, metido em caminhos de ninguém todos esburacados, para acabar todo cagado de pó. É que nem pensar!
Com os (meus) dentes passa-se o mesmo. Três anos a sonhar com o dia que ia tirar o aparelho. Três anos a palmilhar para o dentista para ver se eles se estavam a portar bem e a entrar nos eixos. Três anos a sonhar com um repasto de entrecosto comido à mão, ao estilo comensal medieval que agarra num naco e estraçalha aquilo até aos ossos, mal me livrasse do kit metálico que me acorrentava a dieta.
Três anos volvidos e depois de tirado o aparelho...limitei o meu almoço a um pacote de bolachas de água e sal e um iogurte, comidos com muito jeitinho. E o entrecosto? Era o que faltava! Então ia lá agora fincar os dentes, tão direitos e branquinhos, num naco de porco com osso? E se os entorto outra vez?
Algo me diz que as próximas semanas ando a sopas e pures...