sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Tal mãe, tal filho

Eu sei que há muitas praias no mundo, muitas que ainda não vi, mas pelo menos por cá já tenho a minha há muito tempo. Este ano decidi ir com ele estrada fora e mostrar-lhe várias, das minhas, das que me fazem feliz e das que não gosto tanto para ele poder escolher a dele.
Que sorte afinal gostarmos do mesmo.
Que venham mais uns dias não no meu paraíso, mas no nosso.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Percebes que talvez estejas a passar muito tempo no ginásio quando...

..chegas da praia, vais para o duche e só dás conta que tens os chinelos calçados quando, depois de lavares o corpo todo, chegas à parte de lavar os pés.
Cheira-me que a única coisa que ando a desenvolver no ginásio é o síndrome de balneário público. Era tão bom que fossem antes os músculos.

sábado, 9 de agosto de 2014

Se calhar foi isso...


E eu quis tudo. Quis tudo o que podia ter e o que não podia. Quis tudo o que já conhecia, o que tinha uma ideia do que fosse e tudo aquilo que não sabia sequer que existia, mas que havíamos certamente de descobrir. Se calhar querer tudo é querer demais, mas não sei fazer de outra forma.Menos que tudo não me chegava, mas a verdade é que o nada também não me chega...

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

(ainda) Não se fez luz

Não, mas já é um começo.
É que uma pessoa chora, limpa os olhos, o ranho e a baba e torna a chorar. Uma pessoa passa os dias a ver tudo desfocado de tão inchados que estão os olhos e insiste nisso do sofrer. Afinal somos o povo do fado, sofrer corre-nos no sangue. Entre um choro e outro solta-se um suspiro, pensa-se mais um pouco. Escarafuncha-se as entranhas à procura de uma explicação, de um motivo, de alguma coisa que alivie a dor e no meio disso tudo encontra-se um "porquê?". É ai que voltamos ao mesmo. Ao choro, à baba e ao ranho, à dor no peito que afinal não é mito. Ela existe mesmo, essa puta dessa dor física. Sente-se pena. Acima de tudo sente-se pena de nós próprios por estamos nesse estado o que já de si é digno de pena também. Chegamos a questionar se será karma, uma conspiração do cosmos, uma conjugação e alinhamento astral contra a nossa pessoa, uma praga rogada pela cigana que nos quis ler a sina e nós recusámos, azar ou até mesmo, imagine-se, culpa nossa!
Voltamos a escarafunchar as entranhas à procura de respostas quando lá bem no fundo nós sabemos a resposta a todas essas perguntas. É quando percebemos que a resposta já existe, que não precisa de ser dada por mais ninguém a não ser por nós próprios que começa a fazer-se luz.
Ainda não se aceitam essas respostas como sendo as finais, lá está o fado que nos corre nas veias a fazer-nos ter esperança que a resposta seja outra, mas com o tempo chega-se lá.

sábado, 2 de agosto de 2014

Gostava que os momentos felizes coubessem no papel tão bem e da mesma forma como os momentos triste, mas não. É pena.
Ninguém se sente inspirado a escrever pela felicidade. A felicidade não se escreve, sente-se. A felicidade vê-se no brilho dos olhos, no sorriso, no coração cheio e não há palavras que lhe cheguem.
Já à tristeza tudo lhe serve. Um rabisco, uma imagem, uma música, uma lágrima, um amontoado de frases mesmo que soltas expressam-na tão bem. É lixado...