Not so Alive 2023

Hoje começa o Alive. Em tempos não perdia 1 dia. Hoje, e como a vida muda, os anos passam e uma pessoa (burra) não compra bilhete quando devia, mando apenas o meu filho em minha representação. Espero que ele esteja à altura e que tenha a noção da responsabilidade da sua função. O primeiro concerto a que foi na vida foi no Alive. Iniciou-se nos festivais com uns The Cure meio velhos e pingões. Hoje vai voltar lá, mas sem a mãe. Vai sozinho com os amigos pela primeira vez. Espero que os Red Hot continuem frescos (como me lembro deles) e que lhe ofereçam um concerto tão memorável como ofereceram a mim. Já eu, vou ficar em casa a chorar e a recuperar deste choque que é ter um filho adolescente enquanto espero a hora de me transformar num Uber e os ir buscar. Quer passar de party animal a Uber Mom? Pergunte-me como.

Color Run para calões

A malta do OPTIMUS ALIVE e da EDP são de facto geniais!

Já não bastavam todas as atracções que fazem com que aqueles que vão a um festival de música, sim porque na verdade aquilo ainda é um festival de música, passem horas e horas a fio em filas, ainda arranjaram uma outra, mas para preguiçosos com queda para palhaços.

Todos aqueles que não puderam ir à color run, seja por questões de agenda ou porque pura e simplesmente correr não é para eles, mas cujo o sonho era poderem levar com baldes e baldes de tinta fronha abaixo, puderam realizar o seu sonho de ficar algo entre um mestre de pinturas e o Batatoon enquanto (não) viam um concerto. Como? Não, apesar de estar na moda correr por tudo, não andaram a fazer corridas à volta do recinto até porque isso excluía outra vez os calões de poderem participar.

A EDP arranjou uma maneira muito mais rápida, muito menos cansativa e muito mais palerma de, em apenas escassos segundos, o resultado final ser o mesmo e terem direito a uma foto que documente a coisa para porem no Facebook. Pois que esses grande génios inventaram aquilo a que eu vou chamar de color poliban. Para quem não esteve lá e não está a visualizar a coisa, imaginem um cubículo de vidro no qual se podem enfiar ao molho com os vossos amigos, assim uma espécie de duche colectivo, um balneário, portanto. Agora imaginem que fecham a porta e que abrem o chuveiro de onde, em vez de água sai tinta.

Pronto, é isto. 

Podia fazer aqui vários comentários sobre a espécie que me faz ficarem horas numa fila para se borrarem de tinta da cabeça aos pés, sobre a necessidade incontrolável de coleccionarem brindes, sejam eles qual forem, mesmo isso significando passarem horas de pé para sair de lá com uma t-shirt sem verem os concertos pelos quais pagaram, mas não. Vou antes continuar a deliciar-me a observar estas raras criaturas, lá do alto da minha varanda enquanto vou bebendo um gin tónico e ouvindo umas músicas.

Tudo o que cabe num Domingo

Dormir até às 11h e dar graças pelo facto do Calvin já apreciar as maravilhas da ronha num Domingo de manhã. Ter como pequeno-almoço um café delicioso e pão com doce de abóbora. Juntar a criançada à beira rio para um passeio de bicicleta enquanto se tenta acordar com a brisa ribeirinha a bater-te na cara. Almoçar e ficar em modo "movie session", enroscada com Calvin no sofá.

Depois de tudo isto era quase impossível não me sentir so Alive à noite!

Se as coisas podiam ser melhores? Podiam. Podia estar sol e amanhã não ter de trabalhar, mas assim já está muito bom.

Do festival do fim de semana...

Estou Alive, mas confesso que algo decepcionada! Ainda bem que não comprei bilhete ou neste momento estaria a chorar o meu dinheiro ao estilo carpideira.

1º concerto do Calvin. Começar a vida festivaleira aos 4 anos, na bancada VIP de um festival que de Optimus, este ano, teve pouco, a ouvir The Cure não me parece um mau começo.

Não me conformo com Florence and the Machine ter sido cancelado. Não se faz!

Com o gang que lá estava, aposto que até Tony Carreira era divertido! We are the music! :D

E ouvir aquela música, assim, ao vivo e a cores? DUREZA!

Radiohead...esperava muito, muito, mas mesmo muito mais!!!

À Optimus...agradeço a contribuição para a dureza da minha 2º feira.

Tu sabes que estás velha quando...

...num festival de verão és abordada por uma criatura a qual ainda não deve ter atingido a maioridade e esta trata-te por "você".

O facto de dormires num carro, tomares banho num chuveiro de praia quase que te fazem sentir mais nova, mas as dores nas costas na manha seguinte relembram-te que já passaste os 30...

Este país não é para cultos, apreciadores de [boa] música, festivaleiros e ramboieiros...

Se há mês em que muito facilmente se faz um burac(ã)o no orçamento é o mês de Julho. E não, não me refiro a férias, passeios, jantaradas à beira mar, fins de semana fora e afins. Falo apenas de...dar música!

A oferta é muita e muito boa! Ele é festivais em tudo o que é canto, ele é concertos do melhor que já se ouviu...

Estou deprimida!!! Isto de ter um orçamento limitado para o efeito obriga-nos a escolhas difíceis, difíceis.

Ora aqui fica o meu top de preferências:

• Madeleine Peyroux
• Jamie Cullum
• Sim, sim, eu sei que sou uma parola que gosta deles com leggings pele de cobram, coletes de cabedal e cabelos ripados, mas a estes...não resito!

Se a isto ainda juntarmos Coldplay, Foo Fighters, Portishead e Manu Chao, não só rebentava com o music 2011 budget como ainda tinha de arranjar forma de estar em vários sítios ao mesmo tempo...

Nota: Agradece-se a quem muito gentilmente arranjou bilhetes à borla para outros festivais, mas que devido a questões mommy related, não pude [com muita baba e ranho] usufruir!



O Panda não é fixe, é um chulo!!!

Estou chocada! Não é que o cabrão do urso cobra 20€ por pessoa para assistir a um festival? Como é que é possível?

No meu tempo nem havia festivais para crianças, quanto mais pagar 20€ para ver um urso aos saltos num palco montado num estádio de futebol, à torreira do sol.

Não me conformo. Fazem uma lavagem cerebral às crianças passando repetidamente anúncios de um Panda cool, com uma fita na cabeça ao estilo Rolling Stones e uma guitarra pendurada e depois nós paizinhos que nos aguentemos.

Sei lá, custa-me que este festival da pequenada custe pouco menos que um concerto com deve ser.

Já nem vou falar de outros tantos programas infantis bem mais giros que este, mesmo que custando o mesmo. Dói-me a alma (e aposto como também me iria doer a cabeça) pagar isso para ver um urso dentro de um fato de urso aos pulos e a cantarolar.

Vou ter de ponderar (e muito) entre o festival do urso e a peça O Principezinho na Quinta da Regaleira, uma ida ao Oceanário, uma ida ao Jardim Zoológico, uma ida ao Badoca Park ou mesmo uma ida ao Fluviário de Mora...

Vida de mãe é dura, dura!