quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Constipei-me

De facto não é uma revelação bombástica, tendo em conta a época do ano. Eu e provavelmente meio mundo, padece do mesmo mal. Acontece que comigo estes estados de enfermidade, ainda que ligeiros, acarretam sempre uma descompensação ali ao nível do pensamento que só muito dificilmente, não é acompanhada por acções.
Assim de repente, e só numa pequena pausa, passou-me pela cabeça que se estivesse em casa a chá e brufen, estaria certamente a esvaziar armários e a escolher roupa para dar como se não houvesse amanhã, atitude da qual seguramente me ia arrepender assim que o efeito do comprimido passasse e tivesse tudo à volta revirado e do avesso.
No segundo seguinte, achei que bom, bom seria estar em casa a chás e brufen, aos quais juntaria um bolinho, ou uma mousse, ou umas oreo, enquanto, alapada no sofá, pensava no quanto gostava de estar mais magra e maldizia a minha vida por não conseguir perder a m£rd@ do 6 quilos que tenho a mais há quase um ano.
Pára Anita! Só te ocorrem disparates - disse de mim para mim. Precisas de te focar, mas que raio! E foi aí que me lembrei como seria agradável poder ir acabar as decorações de natal que ainda faltam, inventar outras tantas que não tenho e ir fazer listas de prendas de natal que hei-de compar, à última hora, numa correria desenfreada, tal e qual como em todos os outros anos, que eu cá sou uma pessoa de manter tradições.
E é nisto que anda a minha cabeça. Pior, aredito piamente que a culpa disto tudo é ainda não ter os roupeiros arrumados como gostaria e, parecendo que não, isso é coisa para nos deixar mais baralhadas do que uma constipação ou febre.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

A Marie Kondo que vai haver em mim


Já estava careca de ouvir falar no método KonMari, no "destralhar" e em organização, mas só esta semana li o livro até estou com medo de mim e no que isto vai dar. Aquilo, pelo menos lido, parece ser exactamente o que eu preciso.
Há já muito tempo que ando em busca da organização que arrume de uma vez por todas a minha cassa, a minha cabeça e a minha vida e no meio dessa busca, há coisas que, mesmo sem saber o que quer que fosse sobre ela, eu já fazia, mas falta o resto.

Não sei se o encontrei a solução ideal, mas que vou experimentar, ai isso vou.

Agore é tirar um dia inteiro para começar a pôr em prética e especialmente em ordem tudo o que me rodeia.
Não sei se ou eu quem precisa de sorte para a tarefa se os outros mamíferos que habitam a casa comigo.
#mariekondonocomando #fadadolar 

terça-feira, 26 de novembro de 2019

It's my birthday, bitches!

Era isto e só isto que eu devia ter vociferado quando, numa merecida pausa no trabalho, desci para fumar um cigarro.
O que eu não contava era espetar com os dois, sim, com os 2 - se é para ser que seja em grande - saltos das minhas botas, saltos esses vulgarmente conhecidos como salto agulha, na grelha por onde escorre a chuve que hoje não pára de cair. Eis então que fico ali a tentar equlibrar-me, para a frente e para trás, presa e bem presa, a estoirar com a camurça negra e viçosa que reveste tão bela bota, até cair de rabo no chão! Sim, de rabo no chão, com os pés presos à laia de snowboarder, com o cigarro encharcado na água, tal e qual o meu rabo. Valeu-me a segurança e mais um par de fumadores que, provavelmente estariam a controlar o riso com a visão dos infernos que eu estava a proporcionar, me ajudaram a levantar e me seguraram até conseguir arrancar os saltos da grelha maldita.
E é isto senhores. É assim que se entra em grande estilo nos 39! Depois deste episódio diria que, a partir daqui, o caminho será sempre para cima.
Tenho ainda mais 364 dias para esplhar charme até novas comemorações.
                   
Ainda dizem que o maior inimigo dos saltos é a calçada portuguesa. Meninos!

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Diário de uma gorda #2

Querido diário, 
Tenho sido um menina bonita e bem comportada. Tenho comido tudo muito saudável, ele é sumos de ananás, gengibre, hortelã e chia de manhã, é queijinhos magros e iogurtes à tarde, é sopa a todas refeições acompanhada de um tal ruminar de verduras que em breve temo transformar-me numa vaca e , esta sim é a jóia da coroa, sem finfar mais pasteis de nata nem ataques nocturnos ao frigorífico. 
Água com fartura, tudo muito lindo, tudo muito certo, mas diz que é sexta-feira e, assim de repente, fiquei com medo. É que à sexta o almoço não é de marmita e como se isso já não bastasse, o macho-alfa convidou-me para jantar.
Bom, uma pessoa também tem que viver, não é verdade? E afinal o que conta não é o interior, ou isso são balelas de gordos? 
A minha vida é só dúvidas, mas há para aqui uma coisa que eu tenho quase, quase a certeza, que a mim não me enganam, sou espeta como um alho. As calorias ao fim de semana contam metade. Pronto, 1/3 e não se fala mais nisso.
Agora vou só ali começar o aquecimento para o fim de semana, que aliás desconfio que é para isso que existe a sexta-feira, para aquecer, e volta lá porr segunda-feira para me queixar, boa?

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Diário de uma gorda #1

Ao fim de 2 anos de ter parido já não me parece legítimo culpar a mais nova pelos meus quilos a mais. Vai daí que uma pessoa agarra-se à marmita com unhas e dentes na esperança de que, fechando a boca, perca 1 ou 2 kg, dos 6 ou 7 que devia perder.
Podia dizer que ao fim de 2 dias não me estava a correr mal a coisa não fosse hoje ter finfado um pastel de nata para compensar o peixe do almoço.
É não desistir, Anita. É não desistir.
#eatclean #Anitafazoutravezdieta #Anitanãoquersergorda

quem diz que isto de ser blogger ou inluencer é fácil...

...é porque nunca tentou tirar uma foto de uns trapitos num provador da Zara ou num elevador. 
Juro que só queria mandar uma foto à mana para uma mísera e singela opinião. Vai que, de telemóvel em riste, começo a disparar cliques e não houve ângulo, luz ou pose que me valesse de parecer uma Maria Mijona mal amanhada.
Valeu-me o meu olho crítico e os dois dedos de testa que me restam para desistir da carreira, mas trazer os trapos à mesma.


Grupos de mãe...e pais, só assim pela igualdade!

11 anos e 362 dias foi o tempo em que, depois de me ter tornado mãe, escapei de pertencer a grupos de whatsapp criados para o efeito.
Podia gabar-me desse feito até ontem. Podia, digo em. Já não posso.
Ah, mas aos 12 anos essa criança é já um pré-adolescente e até é bom os pais terem os contactos todos dos pais dos amigos. Assim vão controlando mais facilmente onde, com quem e o quê que eles combinam - dizem vocês. Pois que não - digo eu. O grupo não é para a minha cria mais velha, mas sim para a minha cria mais nova que tem, espantem-se 2, DOIS, DO-IS anos. Isso mesmo.
Ao que parece, nós progenitores, não temos apenas de substituir a sua ainda parca autonomia para comer, vestir, deitar, trocar fraldas e demais afazeres básicos. Não. Temos também de substituir as nossas pequenas crianças nas redes sociais onde elas um dia hão-de comunicar. Assim vamos já adiantando serviço e vamos convivendo nós por elas. Não é bonito? É pois!
E espantam-se, nesse grupo, tal como na creche, ou mesmo na maternidade, a partir do momento em que expulsámos cá para fora esses pequenos seres, também não temos nome. O que é lá isso agora de termos nome próprio? Somos a mãe do fulano e do beltrano.
E se antes estes grupos eram quase exclusivos das mães, agora também lá há pais. Acho bem, que isto da igualdade é para tudo e para todos e o direito a esta rambóia virtual não podia ser exclusiva do cromossoma X.
Acontece que, pelo que ouvi dizer, estes grupos andávam muito à volta da festinha de anos dos cachopos, das decorações de natal do colégio, da festa de fim de ano e, acima de tudo, eram também uma espécie de montra onde as mães, seres cheios de orgulho nas suas pequenas criaturas, exibiam os seus feitos, proezas e conquistas, tal como antes se fazia à porta da escola, mas agora com fotos, para não deixar nada à imaginação dos outros, muito menos dúvidas sobre a veracidades dos factos. Ora bem, já se sabe, sem querer ser machista ou qualquer coisa menos simpática que me queiram apelidar, que os pais são menos dados a essas conversas e exibicionismos, pelo que me questiono qual será a sua participação nestas conversas. 
Podia pôr-me aqui a alvitrar sobre as possibilidades, mas prefiro remeter-me ao silêncio por uns tempos, observar e depois dizer de minha justiça. Nos entretantos acho que vou adicionar o macho-alfa ao grupo que isto de ter filhos e como no casamento: na alegria e na tristeza!

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Eu que tento estar sempre actualizada, na vanguarda, muito à frente...

...eu que já me achava uma grande maluca e uma verdadeira Christmas freak por nem sequer esperar pelo, outrora tradicional, dia 8 de Dezembro para montar o arvoredo, este ano, ao dia 18 de Novembro, sinto que já estou para lá de atrasada, em último na corrida, com as 10 primeiras posições já com 3 voltas de avanço.
Deve ser por isso que nunca vou ser uma blogger de sucesso, uma influencer. É que eu ainda estou ao espelho a ver se o bronze das minhas últimas férias se nota e me dá aquele arzinho saudável que só o sol é capaz de dar, e já vocês estão com as luzes da árvore a piscar, com as velas acesas e a fazer rabanadas.
Anita, Anita, assim não chegas lá! Ao lados dessas meninas, quando tu chegares ao Natal já estão elas a fazer as malas para as férias do próximo verão.

#ésempreaaviarcartuxo #onatalcomeçaemsetembro #quemnasceuparalagartixanuncachegaajacaré