E o que comprei eu, perguntam vocês?
Frigideiras. Sim, fri-gi-dei-ras.
Fiquem sabendo que as de aço inoxidável encontram-se com 40% de desconto no El Corte Inglês. De nada.
E o que comprei eu, perguntam vocês?
Frigideiras. Sim, fri-gi-dei-ras.
Fiquem sabendo que as de aço inoxidável encontram-se com 40% de desconto no El Corte Inglês. De nada.
Eu é mais Candy crash.
Estou quase há 2 meses sem uma placa de indução que prometia tudo e na verdade não cumpriu nada!
Em apenas 1 ano de vida faleceu duas vezes sendo que desta última, após 1 mês e meio nos cuidados intensivos em coma induzido, foi declarada a sua morte.
Bom, mas o material era novo, promissor e escudado de uma garantia de 3 anos. Verdade, mas isso da garantia é muito bonito se e só se houver quem nos dê resposta. Acontece que a marca Candy tem um atendimento ao cliente pior do que os eletrodomésticos que vende. Ignoram os clientes, deixam-os sem resposta e sem as coisas que compraram. Neste momento, se não fosse a generosidade de um tio, estaria a cozinhar numa fogueira no chão ou alapada num qualquer restaurante a pedinchar um desconto de família e assiduidade.
Ora bem, mas hoje seria o dia em que me iam entregar uma placa nova em substituição da defunta.
O técnico chega com ela embalada, novinha e folha e, diz não ter autorização para a montar pois não tinham sido feitas obras na cozinha. Confesso que até gostava de fazer. Ela é assim para o modernaço e não é muito o meu estilo, mas não o técnico não me estava a fazer uma sugestão de desing, não, não. O técnico acho por bem dizer que a fábrica (não ele) alegavam que a placa de encastre não podia ser instalada, espantem-se, de forma encastrada e que seria essa a razão da sua morte.
Incrivelm não é? Uma placa de encastrar que teria de ser instalada num sítio amplo, fresco e arejado sob pena de estoirar. Quem sabe o melhor não seria pô-la numa varanda ao fresco, com uma ventoinha apontada para ela, não vá o diabo tecê-las.
Se isto não é do mais ridículo e incompetente que já se viu, então eu não percebo nada disso de marcas manhosas e duvidosas.
Agora é aguardar que cumpram a lei e me devolvam o dinheiro que o que não falta são sítios para o gastar.
Porquê, senhores? Porquê?
Estão a ver aquela expressão que diz que uma coisa é a obra prima do mestre e outra coisa é a prima do mestre de obra? É exatamente isso que eu sinto.
Quando estava convencida que precisava de um reset à cabeça, que precisava de ajuda, tipo aquelas personal organizers que as influencers contratam para lhes arrumarem a casa, mas que me vez de prateleiras e armários arrumam cabeças, dizem-me que, afinal, preciso é de um reset ao coração. Afinal não é só a minha cabeça que entra em loop - o meu coração também.
Vendo a coisa de uma perspectiva mais romântica, este pequeno desatino do meu coração podia explicar imensa coisa na minha vida, quiçá até coisas na minha cabeça, mas a verdade é que prefiro ver este episódio como uma verdadeira mudança onde um homem, desta feita de bata, touca e munido de instrumentos médicos em vez de flores, vai pôr ordem no meu coração e deixá-lo como novo, sem problemas e a funcionar em pleno. Quem diria?
Houve ali uma altura, entre electrocardiogramas e aparatos de urgências, em que pensei que sofrer do coração - sem ser por amor - era coisa de velha, o qual estou longe de me sentir, apesar de ter entrado nos 40. Enganei-me. Ao que parece este meu "pequeno" defeito é de nascença e portanto nem sequer vou poder culpar a idade.
No meio disto tudo há tembém uma conclusão que poderá surpreender muita gente: afinal não sou maluca (sem qualquer desrespeito pelo cuidado cada vez mais necessário com a saúde mental), tenho é um coração com tanta energia que nem sempre a minha cabeça o consegue controlar. Lá está, sempre me vi como uma pessoa com um coração cheio, vibrante e selvagem. Agora tenho um gráfico que comprova que o que eu dizia não eram só balelas.
Há quase um ano fechada em casa, sem saída que justifique mais do que as havaianas que usei no verão e os ténis que calço para ir à mercearia desde então, tornei-me numa espécie de matrafona arranjada a meio termo, ou seja, qualquer coisa do tipo "da cintura para cima", mas definitivamente sem incluir sapatos.
Ora bem, se a gravidez dá desejos (ou pelo menos assim o dizem, que eu cá nunca os tive), porquê que a clausura não pode ter o mesmo efeito?
Tirando o desejo de voltar à normalidade, tal como os desejos de grávida, os meus desejos na clausura são também considerados excêntricos. Assim ao nível da grávida que quer comer bagas do Kilimajaro, colhidas por um anão mongol durante o primeiro raio de sol em manhãs de verão.
Se os pais das futuras crianças são obrigados, a bem da sua integridade física e mental, correr seca e meca para satisfazer os desejos da grávida, creio que também não será prudente ignorar os desejos de uma enclausurada.
No meio dos pensamentos sobre os meus desejos exóticos, surgiu-me uma questão: porque razão desejamos nós aquilo que não faz sentido nenhum ter?
No campo dos desejos devia esperar-se que, de certa forma, eles tivessem alguma utilidade imediata, que suprissem uma necessidade básica e de urgência inadiável. Gostava de dizer que sim, de forma prática e inequívoca, mas tal afirmação seria o mesmo que atentar contra a própria natureza dos desejos.
Independente do meu estado de liberdade ou de graça, os meus objectos de desejos sempre foram sapatos. Muitas as vezes saí de casa com a missão de trazer comigo roupa que, na ausência daquilo que procurava, era substituida por mais um par.
A clausura só me aguçou ainda mais o desejo e, no momento em que os meus passeios se resumem à ida à sala e vinda à cozinha, com passagem pela secretária onde trabalho, a necessidade de uns sapatos novos que não vou calçar tão cedo, é quase incontrolável.
Em tempos tinha dito que a minha prenda dos 40 anos seria este, há muito cobiçado, par de sapatos. Não foi e eu sinto-me sem alento para esperar até à chegada dos 41.
Vou dormir mais umas noites sobre o assunto. A almofada costuma tranquilizar mentes inquietas e desejos extravagantes.
Em alturas em que nos sentimos presos, privados de tudo o que gostamos, we have to "shoes" wisely.
#confinamento #desejos #manoloblahnik
De cada vez que tenho de fazer uma apresentação de pé ao lado de um ecrã ou tela, salta lá do fundo do meu ser a menina da meteorologia que há em mim e não consigo parar de me imaginar a apontar para um anticiclone dos Açores!
... e pela janela por onde olho, vejo o aqueduto das Águas Livres , o Cristo Rei, as Amoreiras, Monsanto, a ponte 25 de Abril, a serra da Arrábida e os aviões que aterram em Lisboa vindos de sul e penso que ainda há bons motivos para se subir na vida. A vista será, sem dúvida o melhor deles.
...de férias, em comezainas e petiscos, contra todas as expectativas para quem está a apenas 3 semanas de parir e come que nem uma pequenas lontra, a balança do médico diz que perdeste 1kg!
Algo me diz que, mesmo aos 36 e quase 10 anos depois do primeiro filho, a coisa não está a correr mal!
Agora que já se sabe quem são os vencedores, há uma corrida às salas de cinema para os ver. Afinal, toda a gente gosta de ter uma opinião para dar. O problema é quando se lê por aí que um grande filme foi o "Cercas". Sim, o Fences. Não tivessem mencionado o Denzel e eu também tardava a chegar lá. Gente, se o vosso inglês não vos permitir dizer o nome original, fiquem-se pela tradução em português de Portugal que alguém se deu ao trabalho de fazer. Referir-se ao filme como "Cercas" não só vos remete assim para um patamar entre o bronco e o azeiteiro, como faz com que a vossa opinião seja tão importante é credível como os devaneios filosóficos do Gustavo Santos.
#quandoamaltaquerpatecerinstruidasóquenão #andtheoscargoesto...
...com as sua novas botas. Uma pessoa acha mesmo que vale a pena investir em calçado de qualidade, daquele em bom, 100% pele, bons acabamentos, zero plástico. Uma pessoa não vai às Seaside desta vida porque as coisas não prestam e aguentam-se uma estação, mal e porcamente para afinal, o calçado bom em que investe não ser assim tão bom e também não se aguentar nem sequer uma estação, mas morrer à segunda utilização. Ah, mas se calhar resolveste ir a Fátima a pé montada nesse botim - dizem vocês. Pois, diria que os dias em que as usei foram semelhantes a uma penitência, mas apenas palmilhei meia dúzia de metros desde o carro até ao escritório.
Pronto, deixa lá que podes sempre trocá-las - sugerem vocês muito espertinhos. A ver vamos - digo eu com uma réstia de esperança - é que o prazo para trocas e devoluções já terminou pelo que me resta contar com a decência da loja. Ou isso ou vou ali ao calçado Guimarães porque bosta por bosta, sempre pago 1/4 do preço.