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quarta-feira, 19 de julho de 2023

I hate to say it but...I told you so

A cria mais velha resolveu armar-se em cabeleireiro com uma máquina de cabelo acabada de comparar. Note-se que não só não fui eu que a comprei, como sempre fui contra essa aquisição, mas existem tias. Acontece que o pequeno aborrescente não tem os dotes dum Vidal Sassoon, estando mais próximo de um Eduardo mãos de tesoura do que de outra coisa e, escusado será dizer que, tal como eu tinha augurado, o resultado foi desastroso e terminou com uma cabeça em modo magala - pente 0! Ainda pensei comprar-lhe uma peruca no chinês, assim a título de castigo, mas acho que ele já está triste o suficiente com o novo look pelo que vamos todos só esperar que cresça. Até lá, muita paciência e protetor 50+.

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Not so Alive 2023

Hoje começa o Alive. Em tempos não perdia 1 dia. Hoje, e como a vida muda, os anos passam e uma pessoa (burra) não compra bilhete quando devia, mando apenas o meu filho em minha representação. Espero que ele esteja à altura e que tenha a noção da responsabilidade da sua função. O primeiro concerto a que foi na vida foi no Alive. Iniciou-se nos festivais com uns The Cure meio velhos e pingões. Hoje vai voltar lá, mas sem a mãe. Vai sozinho com os amigos pela primeira vez. Espero que os Red Hot continuem frescos (como me lembro deles) e que lhe ofereçam um concerto tão memorável como ofereceram a mim. Já eu, vou ficar em casa a chorar e a recuperar deste choque que é ter um filho adolescente enquanto espero a hora de me transformar num Uber e os ir buscar. Quer passar de party animal a Uber Mom? Pergunte-me como.

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Programa da Manhã

Kika: Vou contar-vos uma coisa... A Ana Sofia e o Henrique deram um beijo na boca sem ninguém ver! Eu: A sério? Não acho isso nada boa ideia. Podiam só dar as mãos. E tu Kika, já tens namorado? Kika: SIm, tenho. Calvin: É da tua sala? Kika: Não. É de outra escola Eu: De outra escola?! Então como é que o vês? (já ali entre a curiosodade e o pânico) Kika: Não o vejo. Ele é invisível. Só o oiço e sinto o seu cheiro Calvin: Se ele é invisível, se não o ouves e só lhe sentes o cheiro, então isso não é um namorado - é um pum! E é este o meu mundo no trânsito entre escolas e colégios. Um primor.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Diz que é Carnaval outra vez

E esta mãe, desde que decidiu que não seria o motivo de trauma da sua cria por ir sempre mascarado com as sobras da loja na véspera dos festejos, soltou a fada que há em si e, passando por cima da sua antipatia pelo Carnaval, faz máscaras que é uma beleza.
Diz que este ano o tema era a Alice no País das Maravilhas e esta mãe sacou um Ás de Espadas da cartola que estava  mimo!
Posso não saber pregar um botão, mas de máscaras percebo eu!

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Calvin também faz a sua profunda análise sobre as eleições presidenciais nos EUA

Calvin: Mãe, como é que o Trump tem uma mulher tão nova?
Mãe: hummm...bom...
Calvin: Já sei! É tipo o Pinto da Costa? 

E pronto, já tenho um filho extremamente politizado. 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Agora só se fala em acabar com os exames do 4¤ ano

E eu não podia concordar mais, mas isso daria aqui pano para mangas e já por várias vezes expressei a minha opinião sobre o assunto em blogue alheio. Assim sendo, e considerando-me eu uma criatura revolucionária, cheia de ideias peregrinas, porque não acabar antes (ou também) com as milhentas festas temáticas que teimam em fazer nas escolas, por tudo e por nada, tendo sempre como denominador comum uma máscara?
Ele é Carnaval, Páscoa, festa de fim de ano, Halloween e agora até a festa de Natal. No meu tempo (oh meu Deus, já digo no meu tempo!), a festa de Natal consistia nuns desenhos e colagens para decorar a sala e em fabricar uns presentes para os pais. Já com o Calvin, passei a participar nas decorações do colégio, feitas em casa e em família e a assistir a uma coreografia muito ensaiada com músicas de Natal, exibida com orgulho na sala de aula de todos os dias. Agora no 3 ano, a fasquia é outra. Alugam-se auditórios, faz-se um Natal multicultural com representação de vários países e a mim calhou-me um chinês!
Senhores, bem sei que as metas são ambiciosas, que é tudo muito bonito, tudo muito certo e que aos 8 anos todos devem saber, a bem da cultura, das regras e do bom ensino, quais as tradições culturais de cada país pela altura de Natal. Sei também que há que justificar o trabalho feito nas aulas de Mandarim e que serem trilingues aos 8 é que é muito bom e sinónimo de progresso, mas acho que as senhoras da Mascarilha já não me devem poder ver e eu confesso que já deito o We Wish You a Merry Christmas, cantado pelo Calvin em chinês, pelos olhos!!!
Se calhar esta medida não dava tanta discussão como os exames por isso, fica aqui a sugestão.
Muito obrigadinha.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

As festas, ai as festas e o caruncho e tudo me chega... estou que nem posso...

A época das festas na minha vida começa com o São Martinho. O São Martinho porque sim, porque gosto de castanhas, porque todos os motivos são um bom motivo para juntar os amigos e conviver à volta de uma mesa e é a partir daí que começa o descalabro. Vêm os anos do Calvin, 3 dias depois vêm os meus e por cá tudo tem de ser comemorado com bolos na escola, com jantares de família, com festas de anos com os ganapos, festas essas que podiam ser em tantos sítios indicados e concebidos para o efeito, mas não, que a minha criança gosta mesmo é de festas em casa, daquelas com muitos miúdos e que dão para lá de um trabalhão, e jantares de família outra vez que cá na minha ninguém pondera ou sequer aceita deixar passar o dia do nascimento sem um repasto em grupo.
Assim chegamos ao dia de hoje, dia esse que é já o final da maratona, onde já vislumbro a recta da meta, em que já passei por 2 jantares, por 3 bolos de anos, por muitos presentes comprados, por mais de 100 mensagens recebidas e individualmente respondidas, por horas dispendidas ao telefone, por romarias ao supermercado e encontros amorosos com o fogão, mas que para romper a fita da chegada ainda me falta um serão a preparar a casa para a festa, a fazer mais um bolo (siga para o 4º), mousse, gelatinas, mais uma voltinha no supermercado para comprar os frescos e, se tudo correr bem, dormir um bocado. Se a isto juntarmos o trabalho na chafarica, começo a perceber o porquê da russa, esse cão traiçoeiro que não conhece a mão que o alimenta, ficar espantada por eu ter feito 35, achando ela ,na sua cabeça, que seriam muitos mais! Não estivesse eu tão cansada e não precisasse tanto dela amanhã, ia ver o que lhe acontecia, que isto uma pessoa é capaz de perdoar muita coisa, perdoa até facas arruinadas por ela achar que dão óptimas chaves de fendas, mas jamais perdoa uma má avaliação da sua idade.
Posto isto, concluo que os 35 são coisa para doer um bocado, mas que os 8 do Calvin acabam por me doer muito mais.
Então e para ti Anita, não há festa nenhuma? Pois claro que há, ou pensavam que esses que se dizem meus amigos são lá pessoas para não cobrarem mais um repasto? Há sim senhor. Vai-se chamar prolongamento do lanche das crianças sendo o menu composto por restos e vá, uns franguinhos assados a compôr o ramalhete. Fraquinho? Acham que é fraquinho? Olhem que depois de uma semana sem parar, sempre em festa e a alimentar muitas bocas com manjares mais elaborados, é uma sorte não terem no terraço, ali entre as balizas que hão-de manter a criançada na rua a brincar, uma manjedoura com uns fardos de palha para matarem a  fome, por isso, respect!
Pronto, pronto, no Domingo hibernas e ficas o dia todo a vegetar de pijama pela casa, dizem vocês. Era bom. Na verdade é o melhor plano que consigo traçar na minha cabeça, mas depois vem a louca que há em mim dizer que é quase Natal, que há uma árvore para ser montada, um centro de mesa para ser feito e jantares de Natal para serem organizados e uma pessoa quase que ganha energia para passer então o Domingo a preparar as próximas festas que aí vêm!
Há quem tenha emenda, ou mesmo juízo. Claramente não é o meu caso...

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Já passaram 2 dias, mas o que são 2 dia numa vida inteira cheia de Amor?

8! Sim, já passaram 8 anos desde aquele que seria "o primeiro dia do resto da tua vida!"
Que seja uma vida feliz, cheia de tudo o que de bom lá couber. Que seja uma vida tão doce quanto tu!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

E então Anita, como está a correr isso da cria ter whatsapp?

Pois...digamos que passei a uma nova fase educacional: ralhete virtual. Isto de ser mãe em tempos modernos requer uma certa modernização e eu cá estou em fase de update.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Dia da Mãe

E o que eu amo estas prendas!
Agora vou só ali babar mais um bocado para cima dele e ver se me aguento sem a abrir até Domingo.

sábado, 4 de abril de 2015

Diz que começou a chover...

...mas agora que já acabou o passeio, que descobrimos praias novas, que demos um mergulho e temos uma sopa de peixe à espera, acho que sou moça para sobreviver a uns salpicos.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Anda uma mãe a criar um filho para isto

Uma mãe esforça-se, esmera-se, leva a cria ao cabeleireiro de sempre, aquele onde já ia antes de sonhar ser mãe e ao qual continua fiel, para que a criança ande com um corte digno, diferente daquele que em tempos teve feito com a tesoura da cozinha. Enquanto espera a mãe arranja as unhas e troca dois dedos de conversa com o cabeleireiro sobre crianças mal educadas. Abençoado o momento em que me abstive de fazer comentários e de dizer o quanto o meu filho é uma jóia de moço. Adiante. Unhas arranjadas, cabelo cortado, contas pagas e casacos vestidos, cá beijinho e até à próxima, o cabeleireiro pede ao Calvin para dar um beijinho à avó. O Calvin podia ter dito "será entregue", "combinado", podia até ter dito apenas "ok", só que não. Preferiu antes dizer "a avó disse que nunca mais cá vinha". Esta  foi a parte em que esbocei um sorriso amarelo e entre uma gargalhada nervosa disse que não, que a avó não tinha dito isso. Fosse ele um miúdo educado dos que tínhamos falado e não teria respondido "ai disse, disse!".
E pronto gente, é aqui que resolvemos pôr a viola no saco, sair de mansinho com a cara mais vermelha do que as unhas e dizer até à próxima enquanto te passa pela cabeça se o internato não será uma opção.
Eu sou fiel ao cabeleireiro. A avó claramente não. O Calvin? Por este andar vai voltar a ver a tesoura da cozinha.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

7 já cá cantam

E eu sobrevivi! Sobrevivi a 20 miúdos a correr em manada casa fora em completo sugar high. Sobrevivi ao faz sandes, croissants, gelatinas, mousses, prepara, decora, recebe os pais com o melhor sorriso, atende o telefone, agradece os parabéns, dá indicações de onde fica a casa, brinca, certifica que a comida da mesa é resposta, conhece pais que ainda não conhecias, conversa com aqueles que já vêm de outros carnavais, prepara o jantar para os que ficam para depois da festa, ao devolve os miúdos aos pais (que continuam a achar que tu foste uma corajosa em fazer isto em casa e tu que não, que és só louca) sãos e salvos, sem um único galo ou esfoladela, à chuva que esteve sempre a cair e que me impediu de correr com todos para o terraço onde tinham mais do que espaço para correrem como gnus enfurecidos (ahhhh a felicidade de cada vez que a campainha tocava depois das 18h...) e a uma criança na mais pura felicidade e excitação.
Eu sobrevivi e a minha casa também. Podia dizer que enquanto me lembrar da trabalheira não me meto noutra, mas cheira-me que isto das festas em casa é como os partos, uma pessoas anda não saiu da maternidade e já não se lembra bem como é que aquilo foi e começa logo a dizer que afinal não custa assim tanto, que compensa a felicidade e que para o ano há mais.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Portugal vs Argentina

Calvin: O Gaitán vai entrar. Bolas, estão a cansar-me o homem! E se lhe fazem uma falta que o lesionam? Ficamos sem extremo!

A indignação minha gente. O pânico.
Cá em casa é cada um com as suas preocupações...

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Sweet November

Ele gosta das festas de anos em casa. Eu acho que dá muito trabalho e sugeri o Castelo de São Jorge. Ele, não sendo em casa, sugeriu uma corrida de karts. Eu lembrei-o que nem todos os pais acham piada a ir para fora de Lisboa para uma festa de anos, que nem todos acham piada aos filhos de 6/7 anos a fazerem corridas e que as meninas seguramente não iam achar graça nenhuma à coisa, tal como ele já não acha a festas só com princesas. Ele insistiu no assunto e eu tive de lhe contar a história da raposa que convida a garça para jantar, Vá lá, não me façam contar a história outra vez...bom, resumido é algo do tipo a raposa, espertalhona, serviu o jantar num prato raso de onde evidentemente a garça com o seu longo bico não conseguiu comer. Até aqui ele achou piada. Riu-se que nem um perdido ao pensar na coisa como uma partida. Coitado, ainda está no espírito do Halloween. Eu continuei a história rematando com a vingança da garça que retribuiu o convite à raposa tendo esta última apenas direito a lamber o gargalo da almotolia onde o jantar foi servido. Ele percebeu a lição. Voltámos ao Castelo de São Jorge. Ele continuou a preferir em casa. Cinema está fora de questão. MacDonalds jamais. Festa científica: done. Insufláveis: done (e na verdade ninguém merece aquilo). Palhaços: cruzes credo. Porra, no Verão ou na Primavera era tão, mas tão mais fácil. Ele voltou a insistir nisso de ser em casa e de poderem brincar no terraço. Eu lembrei-o que terraço no fim de Novembro é capaz de não dar bom resultado. Ele esqueceu a festa no terraço resumindo o assunto às 4 paredes. Eu calei-me e comecei a pensar que ainda o ano passado cedi a isso de ser em casa e que no fim do dia disse "para o ano é fora".
Comecei mentalmente a fazer planos. Gelatinas caiem sempre bem, umas sandes, uns cupcakes, os que fiz o anos passado não ficaram comestíveis, mas estavam giros. Depois lembrei-me da mancha de sumo que ficou no tapete no ano passado. Este ano os arranjos de balões não podem ser dos Angry Birds outra vez. No ano passado, pelo Ano Novo, ainda tinha balões de hélio em casa que mesmo estando murchos arrebitavam por uns dias quando postos à frente do ar condicionado. Durante umas horas pareciam novos. E bolos de gomas? Ficam giros, ele gosta e não devem ser muito difíceis de fazer. Casa cheia de miúdos em sugar high a esfregarem mãos engorduradas nas paredes ao estilo pinturas rupestres. Em vez das gomas posso antes fazer umas espetadas de fruta, fazer uns palitos de cenoura assim tipo festa saudável. Exacto, isso e umas bolachas de dinossauros. Afinal até comprei umas formas novas. E a trabalheira? Raios partam o catraio que não podia ser mais caseiro. Calha bem uma das prendas de anos ser uma casa para ele brincar no terraço. Assim podem estreá-la logo. Espero que não chova. E se ele convidar a turma inteira? A somar aos miúdos fora da escola dava tipo 30 crianças em manada fechados em casa. O jeito que dava haver um parque de diversões em Lisboa. Abençoados os pais que tiveram filhos pequenos enquanto ainda havia a Feira Popular. Se calhar é melhor tirar os tapetes da sala para estarem mais à vontade. E se...
Pumba, está-se mesmo a ver que vou arranjar lenha para me queimar, que a festa vai ser cá em casa, que ele vai convidar a turma inteira e que eu vou convidar os respectivos pais porque afinal, parecendo que não, gosto de receber gente em casa, que vou passar 3 dias na cozinha a preparar tudo, que vou andar num virote uns dias antes e exaurida até uma semana depois, mas vai valer a pena (como é que é? já estou a assumir que vai?) porque afinal o dia é dele e se é assim que ele quer a sua festa que seja, que a mãe cá se há-de arranjar e que no final de tudo, quando ele estiver a dormir feliz da vida depois de um dia bem passado eu vou andar de rabo para o ar a limpar tudo e a pensar que para o próximo ano é fora de certeza.
Agora é só esperar que não chova. Calhava mesmo bem ele poderem ir lá para fora brincar na tal casa e eu até era mulher para organizar uns jogos e brincadeiras  lá fora.
Acho que chegámos a um (des)acordo. Habemus festa.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Calvin's room

Isto de ter de ficar em casa por motivos técnicos e não poder sair podia ter-me batido pior.
You go girl!

sábado, 25 de outubro de 2014

Isto no meu tempo não era assim

No meu tempo não havia canais de desenhos animados disponíveis 24h/dia. Bom, com a idade do meu filho falar em canais era referirmo-nos à RTP 1 e à RTP 2. A SIC e a TVI foram um upgrade de luxo à rotina televisiva. Quem diria!
Desenhos animados durante a semana eram os que passavam durante a votação do Agora Escolha e a Rua Sésamo ao final da tarde (caramba, agora que penso na mistura explosiva que é juntar a Vera Roquette e o Poupas percebo alguns dos meus traumas). Restart tv era um conceito tão esotérico e distante como cidades flutuantes e carros voadores, e o que eu tinha agradecido à alma caridosa que tivesse engendrado essa invenção nas tardes em que a minha avó se juntava com as amigas para verem um capítulo da novela venezuelana e eu não podia ver a Ana dos cabelos ruivos. Tinha sido gratidão para o resto da vida!
Os Sábados de manhã eram o dia mais esperado da semana. Era o dia em que tínhamos uma manhã INTEIRINHA de emissão infantil. Eram desenhos com fartura pá e uma pessoa acordava horas antes da emissão começar só para não perder pitada. Nem sei bem o que fazíamos no período de tempo em que no ecrã só estava a mira televisiva. Julgo que ficávamos assim entre o modo catatónico e o hipnotizados a olhar para a porra do relógio que aparecia no canto, a contar os segundos (sempre entretinha mais do que contar os minutos) até às 8h.
A partir daí era uma manhã bem passada no sofá a ver tudo o que tínhamos direito.
Aos 33 anos, quase 34, ainda não perdi o vicio de ao Sábado de manhã me enroscar no sofá a ver desenhos e até há bem pouco tempo a coisa corria bem. Não sei se fui eu que numa dessas manhãs adormeci e dormi demais acordando com ele já demasiado crescido se é culpa da abundância e variedade televisiva disponível, mas o que é certo é que hoje, Sábado de manhã, dia em que devíamos estar a ver desenhos animados, a única enroscada no sofá sou eu enquanto ele joga PES e me vai ensinando as diferenças entre as posições dos jogadores e as tácticas de jogo.
Entre a lavagem cerebral do médio ofensivo, avançado, ponta de lança, defesa central, defesa esquerdo e direito, dos 4x4x2, das faltas, dos carrinhos, dos golos e de tudo o que é equipa europeia, estou a pontos de dizer: volta Poupas, estás perdoado!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Eu, as máscaras, o Calvin, o Halloween e a minha capacidade de traumatizar a minha cria

Não gosto de máscaras. Não gosto do Carnaval e tampouco percebo o porquê de festejarmos o Halloween. Acontece que sou mãe e acontece também que o meu filho frequenta um estabelecimento de ensino e até convive com pessoas que, por acaso, comemoram estes dias.
Assim sendo, e na tentativa de não tornar a minha cria num bicho raro, fui obrigada a compactuar com estes festejos, mas sempre com muito pouco sucesso.
Este ano estava decidida a fazer tudo diferente. Estava determinada a organizar-me, a encarnar o papel de mãe prendada no que a máscaras diz respeito, de tal forma que ao receber o mail do colégio no início da semana a anunciar a festa de Halloween, comecei logo os preparativos.
Confesso que achei estranho a festa ser hoje, uma semana antes do dia, mas pronto, podia ser a dinâmica do colégio e quem sou eu, criatura que não festeja nada disso, para questionar o dia em que resolvem mascarar os putos.
Vai daí que de manhã preparo o mais belo, o mais elaborado e o mais fantástico espécime de Harry Potter. Ele era o uniforme, a capa, o cachecol dos Gryffindor, a varinha oficial da personagem culminando tudo com uma pintura facial, a roçar a obra de arte, de uns óculos e da famosa cicatriz.
Orgulhosa. Era isso que eu estava ao olhar para o produto da minha organização e empenho nisto das mães, colégios e festas de máscaras e seria assim que me sentiria o dia inteiro se, ao chegar à porta de Hogwarts, perdão, do colégio, não me dissessem que a festa era só para a semana. Epic fail!
Ele quase chorava e eu só conseguia rir com a minha estupidez.
Valeu-me o facto da roupa do Harry ser parecida com a do colégio (as calças até eram as do uniforme) e de, depois dos adereços tirados e da cara lavada, ele estar decente para ir para a sala.
A sério gente, digam-me que ele não vai ficar traumatizado com isto, que percebe que quem fez figura de parva fui eu e que na verdade isto é um episódio que nos vai fazer rir MUITOOOO daqui a uns tempos. Caso não achem isso, agradeço a quem me der contactos de bons, muitooooo bons psicólogos infantis.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A D. Dolores que às vezes há em mim

Quem acha que uma bateria, um órgão ou uma guitarra eléctrica oferecido a uma criança é um presente envenenado para os pais, é porque não tem balizas para dar uso depois de um dia de trabalho.
A Messi não chego e Cristiano Ronaldo é o Calvin. Resta-me treinar para ser a D. Dolores ao fim da tarde.
Mãe chora!