segunda-feira, 16 de março de 2020

COVID 19 - Dia 4

Os 3 primeiros dias soube a fim de semana prolongado, tirando o facto de ter-se mandado a empregada para casa e o sábado ter sido passado, em grande parte, em limpezas.
Fizeram-se panquecas, viram-se filmes, séries, acompanharam-se as notícias, fez-se piadolas a e coisa foi-se levando com a responsabilidade que se impõe.
Foi-se comentando os acéfalos que insistiram em ir para a praia, os que resolveram ir beber copos para o Cais do Sodré pois há sempre um motivo para comemorar, seja ele qual for. Tentou-se perceber o fenómeno, esse grande momento em que o papel higiénico passou a ser um bem de primeiríssima necessidade esgotando mais rápido do que máscaras e transformando-se em motivo de batalha campal em plenos supermercado.
Hoje, ao fim de 4 dias em cativeiro começam a surgir as sensibilidades. O macho alfa amarrou a burra porque lhe dei um berro.
Como é que ao fim de 5 anos ainda não se habituou. Meninos...

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Há que haver bom senso...

...diz a malta muitas vezes.
Verdade. A questão é que se houvesse o mundo não seria como é.
Em conversa com colegas a propósito do Covid19, percebi que o bom senso escasseia quase tanto como uma vacina. Há quem ache normal vir trabalhar, seja lá em que estado estiver, a fim de não perder um subsídio de assiduidade.
E pronto, está explicado como se propagam viroses, maleitas e acima de tudo muita estupidez.
Vivemos num país onde ainda fica bem ir trabalhar mesmo doente. Dá assim uns ares de gente muito dedicada, muito empenhada e profissional. A mim este pensamento parece-me tão ou mais perigoso do que outra doença qualquer, mas se calhar é a mim, que devo ser uma calona de primeira água, que me faltam estudos ou maturidade para perceber as pessoas que pensam e fazem isso.



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Está tudo doido, só pode

É que lá sol está, mas calor para andar de bikini na praia é outra conversa.
Não percebo bem o termómetro interno da malta, ou se calhar é o meu (?), que lhes permite estar com 20ºC ao sol estendidos na praia. Juro que não entendo.
Apanhar sol na fuça numa esplanada à beira mar, fazer um bocadinho de fotossítese, tudo bem. Começar a trabalhar para o bronze assim, à bruta e em força parece-me um bocado...como direi - forçado?
E as filas, senhores? As filas! Era ver tudo a rumar à margem sul, qual Domingo de Agosto.
Não sei se são realmente as alterações climáticas (neste caso ao nível mental), se é a necessidade de alimentar as redes sociais e o assunto lá vai faltando, afinal já se foi o Natal, a grande maioria, já foi à neve, já publicaram tudo o que era foto das crias mascaradas, os pratos de restaurantes já estão muito batidos e já não rendem o que rendiam, as colecções Out/Inv também já estão nas rebajas de las rebajas, olha, venha de lá essa praia para animar os likes.

Malta, a menos que estejam no hemisfério sul, e olhem que até mesmo o Algarve continua a norte da linha do equador, sol não é significado de bikini e calor das arábias, ok?
Bom, mas isso sou eu a falar. Cada um sabe de si e do frio que rapa. Aliás, diz que o frio enrija as peles por isso não se perde tudo.

#veraoemfevereiro #sqn #naopodemverumanesgadesol #instagramlife #facebook

Sôdona Fernanda

A sôdona Fernanda é daquelas sôdonas na casa dos 60 e tal anos que não trabalham e que se referem às suas crias como "a minha Magui ou o meu Chiquinho".
Como uma boa sôdona que é, tem tempo de sobra para se preocupar muito com as notícias do prédio, para reclamar com tudo, seja o pêlo do cão do vizinho de cima que lhe caiu na varanda, ou o barulho que outro vozinho fazia e que às 23h não deixava a sua Magui - coitadinha, uma latagona gorda e anafada, de quase 30 anos alapada em casa da mãe - descansar o suficiente para enfrentar com bravura o trabalho no dia seguinte.
Naturalmente que também há um macho - que neste caso está longe de ser alfa, é assim mais para o epsilon do que outra coisa - que lá anda, cabisbaixo, sempre pronto a fazer o que lhe mandam. É daqueles maridos que, mesmo havendo garagem, deixa a sôdona à porta do prédio e vai ele estacionar porque ela, já se sabe, sempre muito atarefada, não tem tempo a perder, que a sopa e o jantar não se fazem sozinhos e o que seria se desse a fome à sua Magui e não houvesse o que trincar? À pois é, que isto são só preocupações na vida da sôdona Fernanda. É uma agitação, um corre-corre, uma lufa-lufa de trabalho e afazeres que a coitada não tem descanso nem para onde se virar e, vejam lá bem, tem que aspirar a casa ao Domingo às 8h da manhã pois nem ao fim-de-semana pode haver descanso. Isso é que era bom! Olha agora dormir um bocado num domingo de manhã, aspirar mais tarde? Não queriam mais nada. Daqui a nada ainda perguntam se, uma vez que não trabalha fora de casa, não podia aspirar a casa durante a semana, querem lá ver?
Acredito que haja uma sôdona Fernanda em todos os prédios. Não me parece que esta seja espécime único. O que eu tenho pena e que no meu prédio a sôdona esteja mesmo por cima de mim.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Os meus filhos, o carnaval e eu


Desde que fui mãe que me revelei uma pródiga em traumatizar as minhas criancinhas pela altura do Carnaval e Halloween. 
Não acho muita graça a nenhuma das datas e menos ainda a pequenos mamíferos mascarados, mas diz que na escola todos, mas mesmo TODOS se mascaram e pior, fazem-no a real perceito pelo que, não tenho alternativa a não ser alinhar na coisa.

Durante anos a máscara do mais velho era basicamente o que sobrava na loja do chinês em vésperas de festa, chegando mesmo a repetir uma máscara vários anos (já falei dos meus dotes para estes festejos aqui , aqui e aqui). 
Agora com a chegada da gorda, com 10 anos de maternidade, carnavais e halloween's no lombo, já devia ter aprendido alguma coisa que se visse e a verdade é que aprendi, mas que esta vai ser tão ou mais traumatizada que o irmão.
Hoje era dia de festra de carnaval no colégio.
Máscara de fada? - CHECK
Resultado final? Pois não sei... Saí cedo de casa e foi o pai que ficou encarregue de tratar do assunto.
Já vos disse que no outro dia ele a mandou para a escola só de collants e túnica e que, quando questionado sobre a escolha reduzida da indumentária, pergunta - muito orgulhoso - se aquilo não era o que, nós mulheres, chamamos de leggings? Exacto, estamos neste ponto.
No grupo de whatsapp da escola estou farta de receber fotos dos mamíferos mascarados, mas da minha ainda nada. Não sei se será por pena, medo ou para pouparem o pai por mais um par de horas até eu ver o resultado com estes olhinhos que a terra há-de comer.
Veremos.

#écarnavalninguemlevaamal #maesofre

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Férias, dieta, descanso e 6-pack

Já fui de férias e já voltei. Tal como em todas as outras vezes, já estava pronta para ir novamente, mesmo não tendo passado sequer uma semana do regresso. Nada de novo, portanto.
Continuo gorda, o que faz com que também neste capítulo não haja grande novidade.
Era mais 2 semanas a esquiar que vinha fit, com o rabo no sítio, com um 6-pack definido e umas pernas torneadas, mas depois há o aprés-ski...
Pronto, vinha só mais feliz, com mais km's de pistas no lombo e provavelmente mais gorda ainda. 
Quem diz que não se come bem em espanha não vai, de certeza, aos mesmos restaurantes que eu.
A grande questão que se impõe é: qual é o período de carência que deve haver entre umas férias e o ínico do planeamento das seguintes?

#eraferiasoanotodo #neve #ski

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Mau, mas querem lá ver?

Pessoas, estamos no Inverno, tá? IN-VER-NO! Párem lá com isso de andar para aí a desejar um calor das arábias e que a temperatura mínima não passe dos 20º C. Sosseguem que ainda não é altura para andarem descascadonas na rua nem de andar a desfilar na praia de bikini. Cada coisa a seu tempo, tipo slow food, estão a ver? É comer fruta da época e agora é época do frio. Estamos entendidos?
Vá, agora vão lá às vossas vidas e peçam que o frio volte em força, de preferência acompanhado de muita neve, pelo menos lá para as bandas para onde eu vou. Párem lá de fazer simpatias que me estraguem as férias.
Muito agradecida.

#neve #skitrip #aindanaoetempodepraia

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Era uma vez uma menina...


...que achava que o recreio era todo dela e que era ela, e só ela, quem comandava as brincadeiras.
Era ela que decidia como, quando e quem é que brincava. Ai de quem ousasse pisar fora da linha ou dizer-lhe que as regras do jogo não eram bem assim como estava a dizer. Mostrar-lhe que o recreio, talvez, não fosse só dela então, ui, era brincar com a vida e não lhe ter grande amor.

Essa menina era aquilo a que agora, nos tempos modernos, chamamos bully, mas na verdade, em bom português, era só uma mal-criadona a quem faltaram umas belas lambadas na tromba para ver se aprendia.
Ora um dia essa menina, após mais um dos seus desaguisados, não tendo e a pompa e circunstância que ela estava habituada, decidiu deixar de ir à escola durante uns tempos, por coisas lá dela, naturalmente. A escola não lhe sentiu muito a falta. A vida continuou airosa e pacata, sem peixeiradas nem desacatos. Não sei se por estar entediada ou com falta de atenção, a menina resolve aparecer numa bela manhã lá pelo recreio. Antes ainda andou a sondar sondar o quê que a malta achava sobre o seu regresso. Uns assobiaram para o lado, assim como se não tivessem ouvido a pergunta, outros dizeram que sim, que seria muito giro, exibindo um enorme e rasgado sorriso amarelo, mas o silêncio dominou. Ah, mas a menina não era de se ficar. Aliás, sempre ouviu dizer que quem cala consente e pumba, lá deu as caras, como se nada fosse. Acontece que o seu regresso não foi propriamente aclamado. Não foi levada em braços pela malta sedenta da sua companhia nem saudosa da sua presença e a menina ficou triste. Já se sabe que neste tipo de meninos a tristeza nunca dá para uma lagriminha no canto do olho, um suspiro, muito menos para um "vá lá, o que se passa? Gostava tanto de brincar com vocês de novo", não. Neste tipo de meninos a tristeza é mais frustração do que outra coisa e manifesta-se com maus modos, má-criação e aquele espernear desenfreado, mesmo a pedir um palmadão a ver se se acalma.
Agora é ver se ela entende a mensagem e se vai embora para outro recreio onde ainda a deixem brincar.
Afinal o recreio não era só dela e ela não era assim tão bully. Era só uma parva de merda.

#meninasparvas #bullies #karmaisabitch #andor

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Desconfio que tenho muitos mais dotes do que os que conhecia

Cheira que era mulher para abrir uma agência de viagens.
Ou isso ou ser uma grandessíssima e alternadíssima dondoca e passar a vida a organizar as viagens da nossa "muy bella" familia.

#cadauméparaoquenasce #dondoca

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Notícia de última hora

É oficial: está confirmada a actuação da Ivete Sangalo no Rock in Rio.
Ninguém estava à espera disto, pois não? 
#ivetesangalo #rockinrio #estreia 

Há coisas que nunca mudam. Podem tardar, mas não falham

Nos blogues, tal como na vida, há sempre quem tenha uma necessidade quase patologica de chamar à atenção.
Ora, numa criança ainda se pode admitir uma birra, um atirar-se para o chão a bater com as mãos e com os pés, lavada em lágrimas e cheia de ranho, só para conseguirem colo, mas só uma, muito de vez em quando. Num adulto é só triste. É aquela sensação de vergonha alheia ao vê-los ali aos pulinhos, a espernear para que reparemos neles, enquanto gritam e choram, desesperados por um bocadinho de atenção, por alguém que brinque, nem que seja só um bocadinho. Tal como as crianças, escolhem sempre fazer esses espectáculos com a maior audiência possível. Depois há quem suspire, revire os olhos e pense que na verdade o que eles precisavam era de educação ou de uma bela palmada a ver se acalmavam os nervos e paravam de fazer figuras tristes enquanto os deixam ali a chorar sozinhos e há quem prontamente acorra aos seus gritos a dizer "pronto, pronto, tem calma que nós estamos aqui e brincamos contigo. Não chores!"

#vaicomeçarodeboche #ésócarência

19...

Dezanove. Dezanove longos e penosos dias! É isso que me separa de umas mini férias.
E até lá? O quê que eu faço? 
(trabalhar não é uma resposta válida. Já tenho trabalho que me chegue e se fosse isso que queria, já teria a resposta, não precisava de perguntar a ninguém)

#allyouneedisvacation 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Roadkill

É mais ou menos assim que me sinto - atropelada por um camião que passava a alta velocidade e com a carga no máximo.
Pior do que me sentir assim é realmente parecer que isso me acoteceu.
Alguém me explica de onde vieram estes papos conzentos que tenho debaixo dos olhos, mesmo tendo dormido a noite toda?
É castigo, é? Já não bastava o fim de semana ter passado num estalar de dedos, nem deu para descansar, ainda tinha de começara a semana assim?
E não, não vou dizer que destesto as segundas-feiras. Vou antes dizer que me desagradam todos os dias 
úteis em geral e os que não estou de férias em particular.
Era hibernar como os ursos e não se falava mais nisso.
Não sendo isso possível, alguém que se chegue à frente com umas rodelas de pepino para eu pôr nos olhos e se ofereça para fazer o trabalho que tenho para acabar enquanto eu durmo uma sesta, se faz favor.

#mondays #queriaserdondoca #euromilhoes

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Uma ovação de pé para as mães que...

...conseguem estar sempre impecáveis, com a depilação, unhas, cabelo, ginásio e sono em dia envergando sempre um belíssimo outfit enquanto levam as crianças, também elas impecavelmente arranjadas e comportadas à escola, após o que, voltam para as suas casas meticulosamente arrumadas, todas estilo nórdico e clean. Se a isto juntarmos as que se arranjam à noite com todo o glamour para irem jantar com os seus respectivos, deixa de ser uma ovação de pé para ser uma vénia.
Já eu, mesmo madrugando, consigo arranjar-me medianamente (tirando os dias em que o meu cabelo mais parece uma esfregona), não consigo ir ao ginásio, deixo a casa meio reverida ao sair com os miúdos, ele a revirar os olhos, ela a fazer as birras (a que prefiro chamar divismo) com direito a ranho e tudo, casacos, malas, lancheiras, sempre atrasada e a suar.
Ah, mas hoje foi dia de não almoçar e ir fazer as unhas por isso, não diria uma salva de palmas, nem sequer umas palminhas, mas vá, ao menos uma palmadinha nas costas acho que mereço.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Car Crash

Entre a semana que antecedeu o Natal e o dia 2 de Janeiro bati (ligeiros toques, vá), 4 vezes com o carro.
Consegui esfolar 2 cantos do pára-choques, estoirar um pneu num passeio e, a cereja em cima do bolo, arrumar com ele num pilar da garagem rebentando com o pára-choques (já riscado), com o guarda-lamas e com a óptica.
A dúvida que me assola é se o mando já para a oficina para arranjar as mazelas ou se espero mais um pouco, não vá o diabo tecê-las.

Já se fez a vindima, já se lavaram os cestos, já se foi o Natal, Ano Novo e dia de Reis...

...mas a árvore de natal ainda não foi desfeita.
Diria que a o entusiasmo e alegria com que a monto é da mesma dimensão da preguiça e enfado com que a arrumo!
Começo a questionar-me se será assim tão mau deixá-la como parte da decoração até à Páscoa, ou até me apetecer, sei lá.
#ressacadenatal