sábado, 30 de março de 2013

Boa Páscoa!

Vinguem-se nas amêndoas, nos chocolates, nos folares, nas bolas, nos licores...e deixem os coelhos, coitados, em paz! :)

terça-feira, 26 de março de 2013

Mais vale pouco do que nada

Hoje perdi 2...gramas. 
Eu bem que pedi à médica que me tirasse uns bifes das pernas, umas fatias de entremeada da barriga, uns (bons) bocados de banha do rabo e uns torresmos dos braços, mas mesmo a pagar, mesmo sendo num hospital privado, mesmo com os meus olhinhos de Bambi ela só me tirou 2 sinais.
Não sei se me pesasse amanhã de manhã, nua e em jejum, notava diferença, mas vou adormecer a pensar que sim.
Se calhar ter feito a depilação também é capaz de ajudar. Vamos ver, mas algo me diz que é melhor não suster a respiração.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Disso do Sócrates acumular funções de comentador político na estação pública

Há muitos, muitos anos, quando ainda termos carro próprio era um feito digno de registo e mote para corridas entre amigos, vulgo exibicionismo em picos hormonais, vivia em eu casa da mamã, um amigo meu é presenteado pelos pais com um novo carro. Para terem a noção era um Renault Clio, mas na altura, ainda eu nem podia sonhar em ter carta, e em especial aquele modelo, era assim motivo de excitamento acima da média.
Vai daí, numa de experimentar o novo brinquedo, numa de se mostrar a potência (!) do dito e a suas qualificadas competências automobilísticas, esse meu amigo resolveu fazer uma demonstração numa pacata rua do bairro de Alvalade.
Como nessa altura as hormonas eram coisa que atacavam muitos, diz que houve mais quem se juntasse. Uns com carros menos novos, outros com jeito menos apurado, e lá vai disto.
Nessa altura, felizmente, eu era uma das moças que assistia ao espectáculo no camarote. A coisa estava animada e quase que só faltavam as "meninas da box" para o cenário estar completo.
Tudo estava a correr bem até um deles, um não tão brilhante condutor de um não tão fantástico Opel Corsa B (novinho, novinho, acabado de sair) se ter esmerdado num carro estacionado, propriedade de um vizinho que, àquela hora, devia dormir descansado.
Com aquele aparato todo, houve um desmancha prazeres, creio que os deve haver em todas as ruas pacatas de todos os bairros, que achou por bem chamar a polícia.
O que se tinha esmerdado contra o carro ali ficou, à espera que alguém aparecesse para resolver o problema, assim com (ainda mais) cara de parvo e os outros, mais sortudos, foram estacionar os carros voltando depois, impávidos e serenos, ao local do crime.
Quando a polícia chegou, só o azarado fanhoso (sim, para além de não saber conduzir era fanhoso) foi apanhado e o coitado lá se tentou explicar, lá tentou fazer com que eles acreditassem que ele vinha sozinho, calmamente a conduzir quando, do nada, se foi esmerdar num carro estacionado. Julgo que no meio do discurso ele era menino para dizer que o carro tinha ganho vida própria saltando para o meio da estrada sendo ainda ele, o fanhoso, a vítima. Os outros 2, contentes de só o fanhoso ter sido apanhado em falso, ficaram ali ao lado a fazer comentários e a dar palpites. "Uma vergonha! Esta malta nova não tens consciência nenhuma! Eu estava em casa, ouvi este barulho todo, mas quando cheguei cá fora...já não vi ninguém". Houve até quem já fantasiasse com os carros envolvidos e o Renault Clio passou a ser um carro potente, qualquer coisa entre um Ferrari e um Porsche.
Eu no camarote só me ria! Ria-me com a desgraça do fanhoso, com as teorias mirabolantes das testemunhas oculares e com a lata que os outros 2 tiveram de ir para ali, como se nada fosse, mandar a suas postas de pescada.
Deve ser mais ou menos isto que eu vou sentir quando o Sócrates estiver a tecer os seus comentários na tv. Desta vez só não me devo rir tanto porque, apesar de estar no camarote a ver, eu vou ser um fanhoso a quem esmerdaram o carro. Acho que assim não tem tanta graça.

Today's Mood #57

Mais um dia de extrema dureza...na minha cabeça. Obrigada chuva!

domingo, 24 de março de 2013

Custava alguma coisa? Custava? Custava???

Vá lá...Eu gostava tanto, tanto, tanto...
Estou assim tipo miúda mimada a quem só falta bater o pé com força no chão. Não será certamente um capricho, nem uma birra, nem uma necessidade. É assim mais um guilty pleasure, se bem que no fim, acho que ia ser (muito) mais pleasure do que guilty.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Dia Mundial da Trissomia 21

Porque há dias mundiais que devem, realmente, ser assinalados


A maior deficiência que pode haver é, sem dúvida alguma, o preconceito

Algo me diz

que tenho andado pelo sítios errados. Ai tenho, tenho! Depois queixa-te Anita, depois queixa-te.
Venham de lá esses dias com sol que eu conto-vos uma história, mas das boas, que eu cá não sou moça de historietas.

quarta-feira, 20 de março de 2013

A Primavera começa hoje?

Pois eu cá sempre aprendi que começava no dia 21 de Março, mas isso sou que sou antiga, desactualizada, que não faço posts fofinhos a dar-lhe as boas vindas, nem tenho fotos de capa no FB com flores e raios de sol.
Se gosto da Primavera? Gosto. Gosto tanto como da Prima Rita, da Prima Catarina, do Verão, do Inverno e do Outono.
Mais do que gostar dela tenho é medo, muito medo. Há quem diga, não que começa a 20 de Março, mas que é a altura dos pólens andarem no ar e parecendo que não, isso assustam-me.
É que se as coisas no Inverno já andam como andam, com pólen à mistura , nem sei o que isto vai dar!!!

terça-feira, 19 de março de 2013

Se eu fosse uma loja dos chineses

...uma loja dos 300's, uma mercearia de bairro ou uma banca de roupa na feira, até podia dar um desconto, mas acontece que não sou. Como tal, e como o tempo é de crise e não está para desperdícios, não há descontos para ninguém.
Cheira-me que esta atiude generalizada não é uma questão de necessidade, mas de pedinchice eu eu cá nunca fui muito amiga de pedinchões.
Anda tudo mal disposto e aziado, ora porque chove, ora porque está frio, ora porque a Primavera não chega, ora porque o Verão não vem, é o trabalho que corre mal, é o pêlo que está encravado, é porque se tem sono ou porque se dormiu demais, é porque o mês é comprido, é porque o dinheiro é curto, é porque se está desempregado ou porque se tem trabalho a mais. Na verdade as pessoas andam assim apenas e tão somente por dois motivos: por tudo e por nada!
E pronto, lá vão elas nessa vidinha de lamúrias e queixumes, de mau humor e lamentações, sempre a pedinchar paciência e descontos aos demais.
Pois por mim podem seguir em frente com a sua ladainha, eu é que me deixei de esmolas.
Ainda assim, e porque eu não estou de mal com a vida, nem com a minha, nem com a dos outros, vou tentar com que vocês sejam todos muito mais felizes, muito menos aziados, muito mais descontraidos e vou dar-vos uma sábio conselho (não, isto não é bondade, é quase serviço público para o meu próprio bem estar):

Perceberam a dica? Então vá lá, mas olhem que não é a cabeça dos outros, ok?

Today's Mood #56

E é mais ou menos isto...todas as manhãs!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Quando o inimigo está preso ao pescoço...

Não consigo! Eu bem tento abstrair-me, eu bem queria pensar noutra coisa, eu gostava, porque gostava muito de não estar sempre a ter estes flash, mas é impossível!
Como é que depois de se ver a luz ao fundo do túnel, como é que depois de vermos que afinal não é um mito, que afinal EXISTE, sim, existe mesmo, eu vi, tenho a certeza, eu vi, mexi, cheirei, uma pessoa pode trabalhar concentrada, hum?
Claro está que não pode!


domingo, 17 de março de 2013

Isto sim é amizade!

O que fazer quando a tua melhor amiga está num bar e, de repente, se começa a sentir mal? Assim com uma espécie de sulipampa que está algures entre um afrontamento e um desmaio?
Ora, mandas alguém (de confiança) tomar conta dela enqunto vais ao bar buscar uma vodka preta e continuas na conversa. 
Afinal de contas...há prioridades!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Moucos, é isso. São moucos

Quando chegamos a algum lado e, tal como se espera de alguém a quem a educação assiste  desde o berço, de alguém para quem ser educado é tão natural como respirar, dizemos, alto e bom som, "bom dia", e não obtemos nenhuma resposta de volta, vá, no máximo um grunhidozito, devemos pensar que são todos mal educados ou surdos?
Eu aposto na má educação, mas a pessoa fofa que sou faz-me querer acreditar que, na verdade, os coitados são  é todos moucos.
Espero, sinceramente, que seja surdez. É que com os aumentos sempre é possível comprarem uns aparelhos para ouvirem melhor e está o problema resolvido, já se for educação...não há tostões que lhes valham!

domingo, 10 de março de 2013

Vale Tudo

mas isto já entra no domínio do arrancar olhos.
É que porem o José Figueiras a fazer uma coreografia de uma música da Beyocé é maldade quando todos sabemos que o forte dele, a cantar e a dançar, é o tirolês.
Juro que por momentos assustei-me e pensei que o "Muita Louco" estava outra vez no ar. Tive medo!

E até há momentos em que achamos que somos mesmo, mas mesmo muito boas a ler nas entrelinhas

...mas depois, quando percebemos que as coisas tendem a ser simples, que quando se quer dizer alguma coisa diz-se, que na verdade não há entrelinhas para serem lidas e que não, não somos umas descodificadoras de sinais, irrita-me.
É aí que continuo a insistir, que continuo a achar que na verdade há sempre qualquer coisa lá pelo meio para ser entendida.
E é ao achar que há sempre por ali uma mensagem subliminar que começo a questionar-me se afinal o Charles Lutwidge Dodgson (para quem não sabe o autor de Alice no País das Maravilhas), esse guru das mensagens escondidas numa história para crianças,  não seria de facto uma mulher.
Tenho as minhas duvidas...

sábado, 9 de março de 2013

Isto é quase tão bom como

...ver um grande prémio de fórmula 1, corridas de nascar ou rallys na televisão.
A criança, na fúria de fazer uma garagem decente no GT5 sem a ajuda da mamã, tendo começado na penúria e apenas com um kart, não dispondo na garagem dos carros top a que estava habituado na versão anterior, resolveu adoptar novos métodos: passou de piloto a manager. Agora, como ele próprio me explicou, gere corridas. Escolhe carros, pistas, manda-os lavar e "kitar" as viaturas e depois...depois ficamos a vê-los correr. Dinheiro garantido, diz ele. Ao que parece, só vai voltar ao activo, ao alcatrão, quando na garagem tiver mais do que "charutos".
É bem!


Acho que devem haver poucas semanas assim

Onde condensamos, em 5 dias apenas, tanta coisa catita.
  • Projecto I: ACABADO (e bem, com direito a palmadinhas nas costas, muito bem, blá, blá, blá, continua assim, grande "like");
  • Projecto II: COMEÇADO (e da melhor maneira, assim ao estilo yuupiiiiii e com direito a umas chapadinhas de luva, sempre de luva branca que eu cá sou moça fina e educada);
  • Carro: COMPRADO (escolhido pelo Calvin porque na verdade há coisas em que o deixo mesmo ser "o homem da casa", e ele escolheu muito bem);
  • Férias: MARCADAS (sim, ainda falta 1mês para ir descansar no meio das vaquinhas, das caldeiras, das fumarolas, a ver baleias e a tomar banho em água quente, mesmo fazendo frio ou chovendo picaretas).

Assim não é fácil conseguirem estragar-nos os dias, mesmo quando tentam tão insistentemente.
Sugiro que também vocês arranjem uma estratégia, mas das boas, das eficazes, daquelas que no fim conseguem mesmo fazer mossa. Ah, é pedir muito? Hum, sois fraquinhos? Pronto, pronto, já percebi que não conseguem melhor. Se eu fingir que fez efeito vocês ficam mais contentes? É que eu até tentava pôr um ar enjoado, assim tipo "todos me devem e ninguém me paga" ou até mesmo um do género "a minha vida é uma merda e vai daí, o que eu gosto mesmo é de invejar e infernizar a dos outros já que não consigo fazer melhor...nem igual...nem parecido", mas não consigo! Vocês desculpem, mas é que nem um arzinho de mimimi me sai.

Este serve? É que assim de repente, é o único que me ocorre e o melhor que se arranja. Pode ser, ou acham lamechas demais?

quinta-feira, 7 de março de 2013

Tu sabes que o teu filho é uma criança para lá de desenvolvida...

...para lá de letrada, do mais erudito que já se viu quando ele finge (pelo menos foi o que ele disse, às gargalhadas, e eu quero acreditar nisso, mesmo) que arrotou a dizer "i".
Perante tal feito e depois de tão grandiosa façanha, questiono-me sobre quando serei brindada com o alfabeto inteiro.
Mal posso esperar por tal dia glorioso.
Um encanto a minha criança! Vá mamãs, roam-se de inveja do meu génio!

terça-feira, 5 de março de 2013

E assim começa um boato

Ora bem, dizem as más línguas que andam para aí ciganos, romenos, etc (e aqui começam as minhas duvidas. Quem são esses etc? Uma nova raça, uma mistura de ciganos e romenos, parasitas e caça subsídios em geral? Juro que nunca vi nenhum etc nos correios a levantar o abono...) a ganhar subsídios de 1400€ por mês, sem terem, jamais em tempo algum, feito 1 cêntimo que fosse de descontos. Vai daí, prantam isto no facebook como prova irrefutável do dinheiro que esses tipos, em especial os etc's, andam a a assambarcar aos contribuentes. Pois bem, no vale dos correios não vejo 1400€, mas sim metade. 701,22 €, para ser mais exacta. Aqui surge a dúvida nº2: onde estão os outros 700€ (698,78€ para continuar com exactidão das contas) de que falam?
Foi o etc que, mais cigano que o cigano, aldrabou o cigano e o romeno, abotoando-se à massa? Terão ido os 698,78€ para  amortizar a despesa à Troika descontos? Estaremos perante um caso tipo TV7dias em que "as gordas" não correspondem à verdade da notícia? Terá sido o cigano mesmo cigano enganando o romeno e o etc? Terá o romeno, entre a lavagem de um pára-brisa e um capot, ido aos correios levantar o vale e enganado o cigano e o etc? Será um erro de typing?
Um sem fim de possibilidades, gente, é o que é...

Eu devo ter visto um filme sobre o turismo em Portugal que não deve ser o mesmo que andam para aí a falar

É que é com muita indignação, desprimor, raiva, até mesmo muito algum ressabiamento, que vejo criticar o dito.
Eu, que às vezes distraio-me e acabo por ver coisas que mas ninguém vê, fui novamente à caça do filme, não fosse dar-se o caso de eu ter visto uma outra versão qualquer adulterada, mais cor de rosinha, polida e não a que tantos falam. E vi. Voltei a ver. Vi mais uma vez com muita atenção e com o som bem alto para ter a certeza que nada me escapava. Eis então que me sinto perdida, até mesmo defraudada. É que na versão que eu vi não encontrei nenhuma Ana rameira disposta a mostrar tudo e mais um par de botas a quem quer que fosse. Não vi nenhuma sopeira com buço, lenço na cabeça a servir as pessoas retirando-se de seguida a andar para trás, sem voltar as costas e a fazer vénias a quem fica. Não vi o tal senhor António lacaio a limpar casas de banho, nem tão pouco o Chef Avillez a servir às mesas e a anotar pedidos de fish & chips num bloco com nódoas de gordura.
Juro que procurei, procurei e não vi nada daquilo que o Pedro Bidarra viu aqui, levando-o a escrever ISTO!

A Ana que eu vi no filme foi uma Ana bem disposta, uma Ana jovem que, com gosto, mostrou, não alguma coisa da qual se deva envergonhar, mas um bocado da cidade dela a quem a quis conhecer. Eu já fui essa Ana e, felizmente, já tive quem fizesse o mesmo papel para mim, sem que para isso tivéssemos de dar mais do que umas boas gargalhadas e fazer mais do que novos amigos pelo mundo. O Chef Avillez não me pareceu um empregado de mesa, mas sim um Chef gentil o  suficiente para dar a conhecer a cara que está por trás de um prato elaborado, um Chef  capaz de dar um sorriso a quem lhe enche a casa sem que por isso lhe caíssem os parentes na lama. Gosto dessa proximidade, atenção e atendimento personalizados nos sítios que elejo como "os meus sítios", factores esses que fizeram com que fossem eleitos como tal. Não é, seguramente, pela cagança ou arrogância com que me atendem, que me fazem voltar. Para mim só vi a diferença entre um pato bravo proprietário de um restaurante da moda e um restaurante onde simpatia, bom gosto e simplicidade não significa simplório.
Não vi um senhor António de joelhos a esfregar os cantos da sanita para que alguém cague nela a seguir, de preferência enquanto ela ainda a limpa de gatas. Vi antes alguém preocupado para que o serviço que presta seja bom, agradável e com pormenores que lhe atestem a qualidade e fazem a diferença entre um hotel onde somos bem recebidos e um Ibis de aeroporto.

Aquilo que eu vi foi um turismo feito de gente, de pessoas, de simpatia, de abertura, de boas-vindas. Vi aquilo que eu espero que me aconteça de cada vez que eu  viajo e o mesmo que eu tento fazer sempre que conheço alguém de fora que por aqui anda perdido. Vi aquilo que, esteja eu no meu país, na minha cidade ou noutro qualquer sítio do mundo, me faz querer voltar, seja a um hotel de 5 estrelas ou uma pensão, a um restaurante da moda ou uma tasca.
Porque para mim são os sorrisos que encontro, o serviço que me prestam, as pessoas que conheço, que me fazem gostar tanto de viajar. O que de melhor trago de cada vez que viajo não vem nos roteiros turísticos nem se vê nos passeios de autocarros que percorrem os pontos de interesse em meia dúzia de horas, não está no sorriso amarelo do recepcionista do hotel, nem nos maus modos do empregado do café que me atira com o pacote de açúcar para cima da mesa, não está no restaurante pretensioso onde se podem encontrar manjares do mais sofisticado que já se viu, mas onde o atendimento é tão ou mais pretensioso quanto o restaurante pretende ser.

A menos que a nossa noção de turismo de qualidade seja ao estilo cadeia Iberostar na Republica Dominicana ou um hotel de 30 andares plantado numa praia de Benidorm, não vejo nada de humilhante no tal vídeo.
Parece-me a mim, pessoa que gosta de viajar, que já passou por alguns países, do 1º ao 3º mundo, de hotéis de 5 estrelas a holtals, que já teve locais como guias turisticos, que já se apaixonou além fronteiras, que já fez de guia turistica no seu país e no país dos outros, que um atendimento personalizado, que um serviço prestado com gosto, qualidade e simplicidade, que a arte do bem receber, que o prazer de mostrar aos demais o que de melhor há por esse mundo fora, não é significado de subserviência nem tão pouco que o luxo e a qualidade caminham ao lado da arrogância, do snobismo e da cagança, mas isso sou eu, que não ando a apregoar em defesa do café do bairro e da padaria de balcão de pedra, em detrimento das cadeias cagonas e pretensiosas onde o serviço é impessoal e tão menos amistoso.

Afinal não percebo se o que é nacional é bom ou não.
Enfim, é que para além de distraída, às vezes baralho-me.

Suponho que haja pelo menos um assim em todo o lado...


mas visto por aqui haverem imensos, muitos mais do que seria necessário ou mesmo desejável, é de bom grado que, numa altura em que ninguém dá nada a ninguém, eu, num rasgo de generosidade, num acesso de extrema bondade, ofereço, sim, leram bem, OFEREÇO, sem pedir nada em troca, assim de mão beijada, os que por aqui andam.
Vá, não precisam de agradecer que eu cá sou uma fofa, uma querida do melhor e ando numa de "mãos largas".
 

segunda-feira, 4 de março de 2013

Nisto de fumar com mau tempo

Juro que não sei o que me faz pior, se ir à rua e ficar sujeita a apanhar a gripe da vida, ali encostada contra o vidro a molhar o pés de cigarro na mão, se levar com o monóxido de carbono que há na garagem.
É que no meio das opções, a nicotina e os químicos do meu cigarro parecem-me o mal menor.


sexta-feira, 1 de março de 2013

Oh Gaspar!

Ai Gaspar, Gaspar, juro que nem sei o que te diga.
Sabes que não sou pessoa de te passar importância. Não sou pessoa de ouvir as baboseiras que dizes e que, perante o estado das coisas, chego mesmo a pensar que a ignorância é uma bênção. Eu cá que não sou pessoa de me lamentar, de chorar sobre o leite derramado, eu que até tenho um poder de encaixe dos diabos e ele há dias em que o sapo que engulo mais me parece um hipopótamo, sim Gaspar, parece, porque saber, sabe mesmo a merda e creio eu que não deve ser a isso que os sapos ou os hipopótamos sabem, hoje estou agoniada contigo. Estou mesmo a ponto de bolsar.
E tu vê lá ao estado a que cheguei para, eu, pessoa que muito raramente te dispensa o seu tempo, perder aqui uns minutos que sejam contigo! Estou desolada. Estou fatigada de te aturar. Estou exaurida de andar a tapar-te os buracos e de andar a remediar a trampa que fazes, qual mãe a emendar os erros e burrices de um filho desnorteado. Tu aprende homem, que já tens idade para isso.
É que eu posso querer fazer-me de burra, de distraída, de ignorante que não te passa cartuxo, mas há em mim um problema. Um problema que hoje tomou proporções gigantes, demoníacas, devastadoras. É que eu sei ler Gaspar, é verdade. E não, isso de eu saber ler não foi nenhuma equivalência que me deram por fazer um belo picotado na esponja da 1ª classe, não, não. Sei mesmo ler, e muito bem. Podia até aquele recibo vir em numeração romana que eu sabia lê-lo na mesma. Viste Gaspar, como eu para além de te sustentar à grande, a ti e a esses teus amigos tão parasitas como tu, sou uma pessoa que domina isso da escrita, árabe, romana, em português, inglês ou mesmo espanhol? Fabuloso, não é? E sim, isso é um problema. Porquê, perguntas tu? Porque foi à conta desta minha capacidade genial de saber juntar letras e números que me deparei hoje com uma coisa que me irritou, aliás com 1184, 13 coisas que me irritaram, para ser mais precisa.
Sinto-me quase como tua mãe, ali, estoicamente a aparar-te os golpes, a resolver a merda que vais deixando à tua passagem e também isso me deixa triste. É que se, para meu grande azar, fosse tua mãe, teria ao menos o consolo de te poder esbofetear, de poder pôr-te a trabalhar, ou mesmo de castigo virado para a parede ajoelhado em cima de milho. Podia mesmo ponderar dar-te para adopção, mas não posso. É pena.
1184,13, Gaspar? Sabes o quê que eu fazia com esse dinheiro a mais na minha conta, sabes?
Pois que eu, assim de repente, também não sei, mas certamente não te dava nem um tusto. Isso de certezinha.
Vendo bem as coisas, tu não és político, tu não és ministro, tu não és meu filho, nem sequer enteado. Tu não passas de um chulo! (podia dizer que és um chulo barato, mas postos os valores...nem isso!)