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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Fátima, Papa e Aniversários

Amanhã podem fazer 100 anos que a Nossa Senhora apareceu aos pastorinhos, mas para mim faz 94 anos que nasceu a minha avó e olhem que o nascimento dela também foi uma aparição.
 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

O que achas disso das mães serem nossas amigas no Facebook, Anita?

Acho óptimo! Assim não restam dúvidas em como o meu requintado e sofisticado sentido de humor não é trabalhado, mas sim genético.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Anda uma mãe a criar um filho para isto

Uma mãe esforça-se, esmera-se, leva a cria ao cabeleireiro de sempre, aquele onde já ia antes de sonhar ser mãe e ao qual continua fiel, para que a criança ande com um corte digno, diferente daquele que em tempos teve feito com a tesoura da cozinha. Enquanto espera a mãe arranja as unhas e troca dois dedos de conversa com o cabeleireiro sobre crianças mal educadas. Abençoado o momento em que me abstive de fazer comentários e de dizer o quanto o meu filho é uma jóia de moço. Adiante. Unhas arranjadas, cabelo cortado, contas pagas e casacos vestidos, cá beijinho e até à próxima, o cabeleireiro pede ao Calvin para dar um beijinho à avó. O Calvin podia ter dito "será entregue", "combinado", podia até ter dito apenas "ok", só que não. Preferiu antes dizer "a avó disse que nunca mais cá vinha". Esta  foi a parte em que esbocei um sorriso amarelo e entre uma gargalhada nervosa disse que não, que a avó não tinha dito isso. Fosse ele um miúdo educado dos que tínhamos falado e não teria respondido "ai disse, disse!".
E pronto gente, é aqui que resolvemos pôr a viola no saco, sair de mansinho com a cara mais vermelha do que as unhas e dizer até à próxima enquanto te passa pela cabeça se o internato não será uma opção.
Eu sou fiel ao cabeleireiro. A avó claramente não. O Calvin? Por este andar vai voltar a ver a tesoura da cozinha.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Há-de chegar, mas não chegou

Há-de chegar o Natal em que no início de Dezembro eu tenha os presentes meticulosamente escolhidos e e comprados. Há-de chegar o Natal em que nas vésperas não vou ter de andar ao encontrão no supermercado a tentar que os meus convivas não comam macarrão com tomate na noite da consoada. Há-de chegar o Natal em que as duas semanas que antecedem o evento vão ser passadas de forma calma, ordeira, em jantares de amigos, em brindes, com a casa pronta e a despensa a postos. Há-de chegar o Natal em que não vou ter prendas de última hora nem olheiras que comprovem a minha desorganização. Há-de chegar..., digo eu. Também há-de chegar o Messias, dizem eles, e o que é certo é que ainda não chegou e todos vivem felizes na mesma.
Por isso família, nada temeis. Já estou de lista de compras em riste a caminho do hipermercado. Fome não vão passar, já eu dormir...vemos isso lá para depois das festas.

terça-feira, 4 de março de 2014

Eu e mana...

... a um curto passo de sermos ricas, milionárias, obscenamente abastadas, (ainda mais) excêntricas - sim, a mana tem jogado no euromilhões com grande fé e, apesar de não haver qualquer tipo de sociedade, há um pacto que garante o meu bem estar futuro - começámos à procura da nossa nova morada.
Enquanto nos debatíamos se era melhor uma casita familiar em Miami, um chalet em Bridgehampton (a mana acha que basta ter a palavra Hampton no nome para ser logo uma opção para lá de chique), ou uma cabana nas Grenadines, chegámos à conclusão que bom, bom é continuarmos por cá. Que essas mansões à beira mar plantadas em terras de estrangeiros e sol não prestam, que não fazem jus à nossa classe e condição e que, se é para gastar, se é para não olhar a tostões, se é para viver à grande, então que seja já aqui ao lado, com vista para o nosso belo Monsanto e radial de Benfica.
A única questão que se põe, pelo menos para mim, é se com tanto dinheiro não dá para trocar o nome à freguesia e passar a ser São Domingos de Sporting. Cheira-me que não é nada que não se resolva com uns trocados. Afinal, somos excêntricas ou não somos? 

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Resumo do Natal

Casa quente, músicas de Natal como banda sonora, cheiro a Natal por todos os cantos, barulho e rebuliço, gargalhadas, brindes e...ai que não estão aqui as couves! Terão ficam em casa? Esquecidas no supermercado? É o que dá ter sido a senhora da caixa a meter as compras no saco...Sem duvida que a minha mãe sabe como animar as hostes numa noite de paz. Seis da tarde, enquanto a minha irmã vai a casa da mãe em busca das couves desaparecidas, o tio sai porta fora na esperança de encontrar algum sítio onde se consiga encontrar uma couvinha. Em casa fica o resto em processo de mentalização "ahahaha, lá se foram as couves...não faz mal, há couves de bruxelas, feijão verde, espinafres, afinal quem é que disse que a tradição são couves? não faz mal, há tanta coisa...".
O tio chega desolado por já estar tudo fechado e vir sem couves na mão. A mana salva a consoada por ter ficado esquecido um molho de couves na mercearia do costume, daquelas onde ainda podes bater à porta de casa do merceeiro para te safares.
A partir daí voltou-se ao tchin-tchin, ao oh oh oh, ao rockin' around the Christmas tree, aos WAU's da chinesa que passou o seu primeiro Natal connosco (já nem sabemos o que é um Natal sem um estrangeiro a passar as festas com a nossa família), à comezaina, à troca de presentes que cada vez mais são a verdadeira comédia e a piada da noite foi, sem dúvida, as couves do Adelino...





  
Por acaso mencionei que desde Domingo andei com uma virose que não me deixava comer? Ah, não...pois que andei por isso a parte da comezaina só se vai aplicar a  mim hoje! E sim, também sei que restos não são uma alimentação saudável, mas é o que se pode arranjar!
Ao menos sou diferente. Devo ser a única pessoa que não anda para aí a dizer que engordou horrores este Natal. Always looking at the bright side of life!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Se há coisa que inspira os outros é a desgraça alheia

Depois de uma maratona de compras vou buscar o Calvin a casa da avó onde me queixo de, logo no primeiro dia de férias estar cansada.

Calvin: Mãe, eu conduzo o carro para casa para tu descansares.
Eu: Ahahahahaha, exacto filho, é isso mesmo...
Avó: Então? se calhar não o arranhava na garagem como tu.

E isto só porque este fim de semana o muro da da minha garagem decidiu desviar-se e meter-se à frente do meu carro...mais uma vez.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Será que agora sou tia?

A minha mãe liga-me, assim numa espécie de euforia histérica, para me dizer que a nossa família tem um novo membro e que vem outro, já, já a caminho.
Pois não é que a ovelha lá da quinta pariu um memé? Ao que parece, tal como muito boa gente, as ovelhas também não podem ver nada que querem ter igual e vai daí, a outra ovelha também está de esperanças, quase a parir.
A questão aqui é que não sei se isto faz do meu tio, dono das ovelhas, avô e da minha mãe tia-avó, se faz de mim tia em segundo grau ou se, aproveitando a quadra e o facto de termos um rebanho de ovelhas, deito o Calvin numa manjedoura cheia de palha e fazemos um presépio humano.
Querem apostar em como eu ainda conseguia com que a próxima festa da TVI fosse no Cartaxo e ainda aparecíamos todos na tv?

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Podem achar que não, mas isto explica tanta coisa!

Publiquei o post anterior no Facebook o qual mamã querida comenta com um "Se quiseres eu também posso cantar, sim, tu sabes o quanto eu canto bem. É só dizeres."

É preciso eu dizer mais alguma coisa ou vocês ficaram esclarecidos sobre aquilo que se diz ser de família? 
I rest my case!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Presente ou vingança?

A minha querida mãe ofereceu ao meu rico filho um kit de guaches para ele, criatura brilhante que é, poder dar asas à imaginação e soltar o artista que há nele.
O Calvin, como neto doce, dedicado e amoroso que é, aproveitou  facto da avó fazer anos amanhã para lhe fazer um desenho com os ditos guaches.
Tendo em conta que, como sabem, o conceito envolve tinta e água, não sei se isto não terá sido assim uma espécie de vingança por qualquer coisa que eu tenha feito na minha infância...

terça-feira, 9 de julho de 2013

És capaz de estar assim para o "entradota"...

...quando o teu irmão mais novo, sim o puto, aquele que quando nasceu tu já andavas de bicicleta, já lias, escrevias e até já olhavas para a sombra, te liga, lá de longe, lá de onde ele foi viver sozinho armado em adulto, humpf, para dizer que está a chegar e que tu bem podes preparar um vestido bonito, não para ir para a borga, mas para ires  ao seu casamento!
Se juntares o facto de, no mesmo ano, o teu filho, aquele que ainda achas ser um bebé, ir para a escola PRIMÁRIA, vês que afinal não estás entradota, estás é velha!
Vou só ali catar o brancos e venho já, ok?

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Irmãos mais velhos...pois!

Tempos houve em que, para além de me tentar afogar numa banheira alegando que tal feito servia só e apenas para tentar tirar-me o medo do chuveiro (na sua opinião esta era a parte em que eu até agradecia), a 1ª experiência dos meus pais no tortuoso caminho da descendência , achou por bem alimentar a ideia de que eu pudesse ter sido adoptada.
30 anos de convivio passados continuo a questionar-me se isso será mesmo verdade e eis que, num momento de devaneio telefónico, partilho com o teste nº 1 (aqui é de louvar a coragem dos meus pais em irem à 2ª, mas também...pior não ficava. Perdidos por 100, perdidos por 1000 :P ) essas minhas dúvidas.
Após uma conversa que fez com que os meus colegas do lado se questionassem sobre a minha sanidade mental (coisa rara e nunca antes vista na chafarica a que insisto chamar trabalho), eis então que recebo a seguinte mensagem:

"Mamã, acho que deviamos contar a verdade à Anita. Ela já desconfia que é adoptada, mas o drama é que ela pensa que foram ciganos. Mais vale dizeres aquele encontro que tiveste com os libaneses há 32 anos atrás e daí o aparecimento da pita. Se quiseres eu apoio-te.
Beijos da tua filha legítima".


Se a isto juntarmos episódios como este ou este, percebem que isto pode explicar muita coisa, certo?


terça-feira, 24 de abril de 2012

Da irmandade

Há algo de Titanic na minha relação com a minha irmã, e não, não é por nos afundarmos, por termos rombos, por esbarrarmos em icebergs, muito menos por termos a Celine Dion como banda sonora (abençoadas!). A nossa relação "titanicesca" baseia-se na celebre frase: "You jump, I jump!"
Connosco não é bem saltar, mas aplica-se a quase tudo o resto e esta manhã foi assim:
  • You smoke, I smoke;
  • You sing, I sing;
  • You're cold, I'm cold;
  • You want to go to the WC, I want to go the WC;
  • You're stupid, I'm [even more] stupid;
Se isto não é irmandade, sintonia, até mesmo telepatia, então eu não percebo nada disto das irmãs.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Under Pressure

"Vou fazer rodião (carne de vitela na brasa à moda de Vinhais). Ainda estás indecisa?"

E foi com este sms que a minha mãe queimou o último cartucho na tentativa de me convencer a passar um fim de semana em família no Cartaxo.
Ao fim de uma longa semana de insistências [com participações especiais da minha irmã, participações essas que hoje tomaram proporções dramáticas], de pedidos, de súplicas, de tudo o que era argumento, chegando mesmo ao ponto de "fazer a cabeça" do Calvin usando as ovelhinhas que ele podia alimentar, foi assim que ela rematou.
Ela já tinha usado [sem sucesso] as ovelhas que pastam alegremente na quinta, a vaca rija que o tio comprou [esta coitada já morta, claro] e como último recurso, atirou-me com uma vitela.
Juro que não sei onde é que isto ia parar caso eu, já exausta, farta, cansada de as ouvir, não tivesse sucumbido à pressão!!!

Quando vos parecer que há algo em mim que não bate muito bem, em vez de criticarem, espantem-se! Olhem que no meio de uma família assim até que nem me safei mal de todo...

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Como irritar uma Mãe em...3 minutos


Há que começar por deixar bem claro que irritar a mãe não era um objectivo. Digamos que tratou-se apenas de um happening...
A questão é que isto de falar [muito] é de família. É algo que nos corre no sangue...e na língua. Até aí tudo bem. Podemos (con)viver com isso, mas e quando há alguém a quem a mudice [há quem lhe chame distracção, o que também é válido] se aplica?
Pois diz que a mãe querida queria conversa e que a filha desnaturada não estava para aí virada.
Do pouco que consegui ouvir, pareceu-me ouvir algo como "até irrita! eu faço as perguntas, dou as respostas e tu nada!"
Claro está que rematando a querida filha que esse comentário lhe valeria um post no blog, conseguiu-se arrancar uma gargalhada e um "estava mesmo a lembrar-me disso!"
Vês mãezinha, como posso não ter falado muito, posso não ter alinhado no fim de semana familiar, em fazer pão, em liquidar com a carne de vaca rija que venderam ao tio com sendo tenra [e da qual ele se tenta livrar a todo o custo], mas escrevo sobre ti?
Se isto não é ter protagonismo, então eu não percebo nada disso de estrelato! :)

terça-feira, 6 de março de 2012

Dos jantares de família

Toda a gente terá, por muito enterrado que esteja no baú, recalcamentos de criança. Coisas que nos marcaram para a vida e fizeram de nós o que somos hoje. Eu também tenho os meus e normalmente saltam cá para fora em alturas de reunião familiar.
Hoje ficou bem claro a infância difícil que eu e a mana tivemos. O momento musical que hoje protagonizámos mostra o quão entranhado certos episódios ficaram nas nossas cabeças e eu diria mesmo que se caíssemos nas mãos de um psicanalista, não havia muito que ele pudesse fazer por nós.
Mana querida estava, num rasgo de loucura e bondade, a sacar comprar, que sacar é proibido, uns álbuns de Nana Mouskouri para a mãe na net. Eis então que começo a cantar a música Amapola.
Já não bastava eu estar espantada comigo própria [se calhar assustada é melhor] por me lembrar perfeitamente da música apesar de já não a ouvir há uns 20 anos ou mais, a mana ainda tinha de contribuir alarvemente para o meu susto espanto ao acompanhar-me num dueto.
Impressionante! Quanto mais cantávamos, mais a letra nos saía, não da boca, mas da memória!
Já não nos bastava saber o repertório completo da Ana Faria e os Queijinhos Frescos [o que já nos valeu uns episódios embaraçosos], já não era suficiente cantarmos, dançarmos e vibrarmos com os Abba, ainda tínhamos de saber cantar Nana Mouskouri. Amapola? Como é que é possível?!
Após o choque inicial, depois do meu filho dizer que cantávamos tão alto que até lhe fazíamos doer os ouvidos [aqui talvez o cachopo tenha confundido o volume com a qualidade sonora] e quando, à luz dos meus 31 anos reflecti no que tinha acabado de cantar, houve uma pergunta que me assolou o espírito. Por que raio cantava a tipa em espanhol se ela era grega?
Ok, o David Carreira, o David Fonseca, entre tantos outros, são portugueses e cantam em inglês, é um facto, mas a Nana Mouskouri cantar em espanhol parece-me estranho. Em inglês [que também canta] eu ainda percebia, mas em espanhol?
A verdade é que eu hoje, do nada, comecei a cantar a música sabendo-a de cor e salteado, eu e a mana. Às tantas falar em estranho neste momento é, no mínimo, despropositado, mas que posso eu fazer? Sou uma moça pragmática!
Não sei se a minha mãe tem noção do impacto que as suas escolhas musicais durante os 80's e 90's tiveram em nós. Já várias vezes afirmei que a música tem um papel preponderante na minha vida e esta Sra. tinha seguramente um lugar nas minhas memórias musicais infantis, mas não esperava que ocupasse tal lugar de destaque. Não esperava que no recanto mais profundo do meu cérebro estivessem lyrics desta natureza à espera de um momento [de fraqueza] para virem cá para fora em todo o seu esplendor.
Se até hoje eu já entitulava a minha família como sendo a popcorn family madness, aqui está a prova provada que não era exagero.
Com isto não pretendo ganhar nenhum tipo de compaixão, mas vá lá, dêem-me um desconto de vem em quando, boa?

Para quem a infância foi terna, pura e gentil e esta Sra. passou ao lado, aqui fica a música que me valeria mais umas boas horas na cadeira do psicólogo se eu decidisse tratar-me!

sábado, 23 de abril de 2011

Quem conta um conto...

acrescenta um ponto, ou dois!
Qualquer aldeia que se preze tem sempre histórias assombradas que alguém jura a pés juntos já ter vivido na primeira pessoa ou mesmo ouvido a alguém que jamais seria mentiroso. Pois esta não é diferente das outras e histórias dessas, passadas em solares e palacetes abandonados, em encruzilhadas ou mesmo e só numa rua escura, são mato!
Há no entanto uma dessas histórias fantasmagóricas que será comum a quase todas [se não mesmo a todas] as aldeias - a típica história da estrada que atravessa um qualquer pinhal ou mata, na qual, numa das muitas curvas e contra-curvas se encontra uma senhora a pedir boleia.
Rezam as más línguas que quem lhe der boleia é gentilmente informado, numa outra das muitas curvas, que foi ali que ela morreu seguindo-se um fantasmagórico puuufff [leia-se: desaparecimentos da dita senhora]. Os mais desconfiados e menos caridosos que não dão boleia à senhora...diz-se que se espetam na curva onde ela diz ter morrido.
Convenhamos que já por si, na sua versão original, a história não augura nada de bom!!! É que tenho para mim que fosse qual fosse a hipótese escolhida [dar boleia ou não dar], a coisa acabava em acidente. É que ter alguém que se esfuma no nosso carro ao dizer que por acaso, mas só por acaso, tinha morrido naquele sítio, deve ser...sei lá, assustador.
Bom, mas há no entanto pessoas que para além de serem capazes de distorcer uma história já de si algo distorcida, ainda a conseguem transformar numa um bocadinho mais macabra!
Ai não acreditam? Pois eu conheço uma pessoa que o conseguiu. E para que não restem dúvidas, vou contar a história.
Era uma noite escura, muito escura. Iam 2 almas [desta feita não penadas] num Ford Fiesta estrada fora, a caminho de um conhecido espaço nocturno das redondezas que distava a qualquer coisa com 20 km's.
A estrada era escura e serpenteava no meio de uma mata, havendo candeeiros a iluminá-la de quando em vez. Nessa noite, para o cenário estar completo até havia um nevoeiro rasteirinho, assim ao estilo névoa que passava por baixo do carro e o qual não deixava ver muito além do capot [mesmo a calhar].
Foi então que, ao passar perto da aldeia na qual dizem acontecer estas coisas, a moça que ia no lugar do pendura se lembrou de partilhar esse mito de haver senhoras a pedir boleia à beira da estrada.
Eu confesso que o facto da narradora da história estar visivelmente embriagada foi um grande contributo para o fantástico desenrolar da história. É que na imaginação fértil da narradora [ou no seu desconhecimento alcolémico], quer se desse boleia ou não à dita senhora, o desfecho era o mesmo - do espatifanso na famosa curva não nos livrávamos!
A partir desse momento, eu diria que a condutora, devia estar qualquer coisa entre o para lá de raivosa pela maneira descontraída como a história estava a ser contada e o nem me cabe uma agulha no rabo de tão apertado que ele está , tal era o medito.
O que é certo é que devem ter sido os 20 km's mais longos da vida dela e o mito...não passou de um mito [ainda por cima mal contado] pois no caminho todo não se viu viva alma quanto mais morta!

Nota: por razões de confidencialidade e bom nome dos intrevenientes, não serão reveladas as sua identidades.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A terra

A terra com a Serra da Estrela como pano de fundo
Se há expressão que os portugueses muito apreciam, em especial pela altura das férias grandes [leia-se Agosto], Natal, Páscoa, ou outro qualquer feriado ou fim-de-semana prolongado é ir à terra.
Outra coisas não seria de esperar de um povo que sempre teve a capacidade de arrumar as imbambas e fazer-se à estrada à procura de uma vida melhor, fosse para outros países ou apenas para longe o suficiente para ter uma terra onde voltar.
E a terra é um lugar fantástico! É um lugar que dispensa nomes ou sequer indicações. Basta-nos dizer "este fim-de-semana vou à terra" que automaticamente parece que toda a gente sabe para onde vamos e de que terra somos.
E quem como eu nasceu e cresceu em Lisboa, não tem uma terra para onde ir nas alturas de festas [visto que na minha terrinha já estou eu] a não ser a terra alheia.
Seria de mau tom, algo inconveniente até, andar-me sempre a colar à terra de alguém pelo que, e para ter também uma terra para poder ir, adoptei uma.
A escolha da terra a adoptar não foi difícil, eu diria até que foi herdada uma vez que é de família. Nem mais, a terra dos avós paternos é sempre uma boa opção [a dos maternos também era muito bem adoptada, era sim Sr., mas está mais longe pelo que é mais uma paixão distante].
E posto isto, estando nós na semana da Páscoa, o que fiz eu? Ora bem, fiz as malas, juntei as imbambas, o filho, a mana, o cunhado e um cão, e toca de vir para a terra.
E como há coisas que nunca mudam, esta ida à terra prevê-se que seja cheia de boa comida, recheada com muitas e longas histórias e regada com bom vinho e licor até às tantas da manhã.
Acreditem em mim gente, se ainda não tiverem uma terra, adoptem uma, mesmo que hajam dias em que não sabem muito bem de que terra são.
Agora procurem outra, é que esta terra já foi adoptada :)))

Solar dos Viscondes

Açude

domingo, 27 de março de 2011

42 + 1

...é este o número de posts que o meu blog tem. 43, portanto (isto para o caso de alguém não saber fazer contas)!
Há pessoas que têm um papel essencial na nossa vida. Que contribuem largamente para o que somos hoje em dia e o meu querido avô sem dúvida desempenhou esse papel em muitas ocasiões.
De entre os episódios com bicicletas, as férias na aldeia, ensinar a nadar e afins, vou eleger hoje o facto de ter sido ele quem me fez ser uma apoiante convicta do Sporting Clube de Portugal.
Sendo a minha família maioritariamente sportinguista, não havia grandes hipóteses de eu escapar à tendência clubística familiar (para isso já tínhamos a minha irmã como ovelha tresmalhada) e como tal, no que a futebol diz respeito, as minhas cores são o verde e o branco!
Confesso que ele não me convenceu através das grandes vitórias do clube no desporto rei, uma vez que a 1ª vez que me lembro de festejar uma taça foi após 18 longos anos de derrotas. O meio que ele teve de me tornar uma sportinguista foi o da habituação e vá...algum suborno. Consistia em visitas regulares (de carácter semanal e habitualmente ao Domingo) ao estádio para ver treinos e jogos, no fim dos quais eu tinha direito a beber uma bebida "maternalmente proibida" - Green Sands!

A fantástica bebida de Domingo de manhã! Leite era para os tenrinhos ;)

Aprendi desde cedo que nem só de vitórias se faz um clube e que é nas alturas de crise, nas alturas em que nem tudo corre bem que é preciso apoiar. Fiquei a ver o Sporting como um clube nobre e do qual sempre saíram grandes e bons jogadores. E foi assim que me habituei a entoar com igual ânimo os cânticos do meu clube, fosse lá como fosse que a época estivesse a correr!
Bom, mas se eu sou uma sportinguista convicta e de coração, também é verdade que sou uma pessoa que tenta não ser tendenciosa e que procura manter sempre o sentido de humor e noção do ridículo pelo que sou forçada a dizer, pior, digo-o entre umas quantas gargalhadas, que creio termos batido no fundo.
No final da péssima época passada juro que ainda mantinha a convicção de que esta época seria diferente e que a festa ia ser verde e branca. Para além de me dar um gozo fantástico ver o meu clube a sair do poço onde se encontrava, dava-me um jeito tremendo. É que também eu tenho uma cria a quem é meu dever converter ao clube do leão, mas tendo em conta que não tenciono "comprá-lo com bebidas maternalmente proibidas", um clube que não fosse alvo de chacota, até mesmo pela parte dos próprios sportinguistas (sim, eu sei que não é bonito, mas posto os últimos acontecimentos é difícil) vinha mesmo a calhar! É que já nem peço grandes feitos, taças e afins, mas alguém me explica como converto uma criança que ainda por cima é para lá de inteligente com isto?
Ah grande Futre! Já não chegava a moda em tempos lançada com o belo penteado, agora ainda temos de levar com estratégias para levantar o clube! MARAVILHOSO!!!
Convenhamos que não vai ser uma tarefa fácil! A verdade é que esta época e pelos visto a próxima, para o meu Sporting não vai ser uma festa, mas sim um pagode (chinês).
Gente, juro que me custa dizer isto, mas confesso que até sinto algum peso de consciência quando tento dizer ao meu filho que o Sporting não é o maior, mas sim o melhor!!!
Bom, visto que o Calvin é uma criança que até tem um sentido de humor bastante desenvolvido, pode ser que se deixe convencer pelos momentos hilariantes que o nosso Sporting nos tem proporcionado ultimamente.
Já agora, e visto que nem com eleições a malta se entende lá pelo Alvaláxia XXI, sugiro que abandonemos a democracia e que se tente, quem sabe não resulta, uma ditadura, assim do estilo Mao Tse Tung. Já que uma das estratégias para levantar o clube passa por abrir o mercado asiático, num desses muitos charters que vão chegar com adeptos chineses para verem os jogos, mandem lá vir também um gajo que, apesar de pequenino e amarelo, ponha ordem na jaula!
E para terminar, já que a chegada de um jogador chinês vai dar origem a um novo departamento no meu Sporting indo o meu clube beneficiar do turismo em massa que essa contratação vai gerar, iremos nós, portugueses sportinguistas passar a ter desconto nos restaurantes e lojas chinesas? É que com a crise que para aí anda, todos os trocos são lucro!

Nota: Peço desculpa aos adeptos do Sporting que não têm sentido de humor (ou coragem) suficiente para ver tais vídeos, declarações e notícias, mas mesmo na qualidade de sportinguista...não consegui evitar!