sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Eu, as máscaras, o Calvin, o Halloween e a minha capacidade de traumatizar a minha cria

Não gosto de máscaras. Não gosto do Carnaval e tampouco percebo o porquê de festejarmos o Halloween. Acontece que sou mãe e acontece também que o meu filho frequenta um estabelecimento de ensino e até convive com pessoas que, por acaso, comemoram estes dias.
Assim sendo, e na tentativa de não tornar a minha cria num bicho raro, fui obrigada a compactuar com estes festejos, mas sempre com muito pouco sucesso.
Este ano estava decidida a fazer tudo diferente. Estava determinada a organizar-me, a encarnar o papel de mãe prendada no que a máscaras diz respeito, de tal forma que ao receber o mail do colégio no início da semana a anunciar a festa de Halloween, comecei logo os preparativos.
Confesso que achei estranho a festa ser hoje, uma semana antes do dia, mas pronto, podia ser a dinâmica do colégio e quem sou eu, criatura que não festeja nada disso, para questionar o dia em que resolvem mascarar os putos.
Vai daí que de manhã preparo o mais belo, o mais elaborado e o mais fantástico espécime de Harry Potter. Ele era o uniforme, a capa, o cachecol dos Gryffindor, a varinha oficial da personagem culminando tudo com uma pintura facial, a roçar a obra de arte, de uns óculos e da famosa cicatriz.
Orgulhosa. Era isso que eu estava ao olhar para o produto da minha organização e empenho nisto das mães, colégios e festas de máscaras e seria assim que me sentiria o dia inteiro se, ao chegar à porta de Hogwarts, perdão, do colégio, não me dissessem que a festa era só para a semana. Epic fail!
Ele quase chorava e eu só conseguia rir com a minha estupidez.
Valeu-me o facto da roupa do Harry ser parecida com a do colégio (as calças até eram as do uniforme) e de, depois dos adereços tirados e da cara lavada, ele estar decente para ir para a sala.
A sério gente, digam-me que ele não vai ficar traumatizado com isto, que percebe que quem fez figura de parva fui eu e que na verdade isto é um episódio que nos vai fazer rir MUITOOOO daqui a uns tempos. Caso não achem isso, agradeço a quem me der contactos de bons, muitooooo bons psicólogos infantis.

2 comentários:

  1. Continuas a fazer-me lembrar o "Betty Luke" ahahahah!!!!! Se ele qd tiver 20 anos ainda te adorar incondicionalmente como o faz hoje é sinal que não falhaste nadinha, e esses episódios foram meros acidentes de percurso, afinal não podemos deitar por terra a teoria do teu filho que acha que tem uma mãe e uma tia malucas e (vai-se lá perceber o porquê) ele encara isso com uma felicidade desmedida...

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    1. Crazy happy family in the house!
      Ele fica feliz porque já percebeu que as coisas são como são e não tarda ele será another crazy member in the cla ;)

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