domingo, 28 de setembro de 2025

Million Dolar Question(s)

De quê que é feito o amor?

Uns dirão que é de actos heróicos, românticos e arrebatadores. Serenatas numa qualquer noite. Surpresas sem data especial. Ramos de flores após uma discussão.

Outros dirão que é feito de amizade. De longas conversas, intimas e profundas. De andar sempre lado a lado, de mãos dadas, pela vida fora. De conhecer o outro como a palma da nossa mão e saber quando é que precisam de colo, de um abraço ou de um empurrão para seguir em frente.

Outros dirão que é de paixão. De beijos apaixonados. De noites loucas de amor. De brilho no olhos e borboletas na barriga.

Há quem diga que o amor é feito de tolerância e empatia. De aceitar as imperfeições do outro e ainda assim, ver todas as qualidades que somam mais do que os defeitos subtraem. De entender que todos falham e que isso não faz deles uns vilões, mas simplesmente humanos.

Alguns dizem que é feito de escolhas. Escolher ficar, em especial quando tudo à volta complica. Quando as borboletas já são mais traças e o brilho nos olhos pode ser apenas lágrimas.

Todos sabemos que na verdade o amor é feito de tudo isso e muito mais. Todos sabemos que o amor é feito de sonhos, de esperança, de respeito, de carinho, de medo. É feito de entrega e de fé. Sabemos que o amor é irracional e raras vezes se explica e que, dias há, nem se sente.

E é então que, quando julgávamos ter todas as respostas e a fórmula resolvente desta equação de 25º grau, surgem muitas outras perguntas que não querem calar: poderá um amor perdurar sem alguma, ou algumas, das partes de que é feito? Estarão essas partes mesmo ausentes ou, por vezes, temos a nossa visão toldada, deixando de as ver com clareza? Será medo de recomeçar? Estaremos nós a perder tempo onde julgamos não ser felizes ou apenas a desistir assim que surge uma dificuldade?

É que aqui que nós, outrora tão sabichões, cheios de certezas e respostas pensadas, ficamos perdidos e emaranhados num monte de pontos de interrogação, sem saber se o que respondemos é certo, errado ou sequer razoável.

A vida encarrega-se de nos responder e mostrar o caminho. Ouvimos isto constantemente, mas haverão sinais? E se houver, estaremos nós atentos a eles?

Não sei se algum dia conseguiremos responder a estas perguntas, mas pelo caminho, tenho esperança que consigamos responder a, pelo menos, uma boa parte.


sábado, 27 de setembro de 2025

Love is (not) all

Difícil não é deixar tudo para trás quando já não se ama. Difícil é tomar essa decisão quando, apesar de haver amor, tudo o resto parece não funcionar.

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Se eu fosse ao Alta Definição

  1. Gosto de viajar.
  2. Gosto de pequenos-almoços de hotel.
  3. Gosto do cheiro a terra molhada com as primeiras chuvas de outono.
  4. Não gosto da morte.
  5. Não gosto da palavra "Adeus".
  6. Não gosto mentiras.
  7. Gosto de uma casa organizada.
  8. Gosto de locais com luz natural.
  9. Gosto de comer.
  10. Não gosto de trabalhar.
  11. Não gosto de gente acomodada.
  12. Não gosto de machistas. Homens ou mulheres.
  13. Gosto de champagne com ostras.
  14. Gosto de ter tempo sozinha.
  15. Gosto de escrever.
  16. Não gosto de não ter tempo.
  17. Não gosto de pessoas que não arriscam.
  18. Não gosto de gente burra.
  19. Gosto da primeira noite numa cama feita de lavado.
  20. Gosto do Natal.
  21. Gosto de preparar presentes para os meus filhos.
  22. Não gosto da primavera.
  23. Não gosto de iscas.
  24. Não gosto de pessoas que falam alto.
  25. Gosto de gargalhadas genuínas.
  26. Gosto de sapatos.
  27. Gosto de surpresas pensadas para mim.
  28. Não gosto de pessoas cínicas.
  29. Não gosto de passar a ferro.
  30. Não gosto de cozinhar todos os dias.
  31. Gosto de beijar os meus filhos quando dormem.
  32. Gosto de fazer maratonas de séries no sofá.
  33. Gosto de conversas parvas com as minhas amigas.
  34. Não gosto de pessoas ciumentas.
  35. Não gosto de fascistas.
  36. Não gosto de fazer anos.
  37. Gosto de casas antigas.
  38. Gosto de bricolage.
  39. Gosto de colo.
  40. Não gosto de animais em casa (especialmente com pêlo).
  41. Não gosto de dormir na escuridão absoluta.
  42. Não gosto de pessoas intrometidas.
  43. Gosto de amar.
  44. Gosto de mar.
  45. Gosto da vida.
O que dizem os meus olhos? Nem sempre dizem, mas muitas vezes vêm mais do que eu gostaria de ver ou, até mesmo, de admitir.
A caminho dos 45, aqui estão 45 coisas sobre mim. Não vou ao Alta Definição, mas apeteceu-me.

Nylson, o charlatão

Dizia ele que estas semanas, desde o eclipse lunar e até ao fim do ano, seria eu, sagitariana, brindada com uma força incrível, com bênçãos inacreditáveis e prosperidade, como nunca antes visto.

Até agora não vi nada. Não sei que alinhamento cósmico é esse que parece só trazer chatice à minha vida.
Não me bastava o humor de cão com que ando, a vontade de mudar a minha vida de pernas para ao ar, as discussões com os pais no grupo de whatsapp da mais nova (graças a Deus que com o mais velho já não tenho essa cruz para carregar), hoje o dia começa com a empregada a partir a chave dentro da fechadura da porta.

Não sei se é saturno, mercúrio ou outro planeta qualquer, que está retrógrado, não sei se é o Nylton que é um charlatão e percebe tanto dos astros e dos seus desígnios como eu de apicultura, mas que estes dias andam uma valente merda, isso andam.

Se há boas notícias? Há. Hoje é 6ª feira e, já se sabe, para a classe trabalhadora é o dia mais aguardado da semana (mesmo que comece com o pé esquerdo, estejas a trabalhar e tenhas a festa de aniversário da pequena cá em casa amanhã).

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

E ao fim de 30 dias, o milagre deu-se

As calças voltaram a fechar, voltei a caber num S e as mangas começam a estar mais largas. Há um vislumbre daquilo que um dia foi uma cintura e os músculos começam a aparecer, ainda que de forma meio tímida.
Não têm sido dias fáceis. Tem havido mais exercício do que alguma vez fiz nada vida. Tenho bebido menos vinho do que gostava e a minha cerveja gelada então...nem cheirá-la.
O milagre não são todos os feitos que mencionei atrás. O milagre é mesmo ainda não ter desistido, mesmo com estes vagarosos progressos, e às 8h da manhã já estar a suar com pesos, steps e elásticos nas nas mãos.

Oremos!

Feita num 8


E foi assim que a mais doce acordou após ter dado mais uma volta nesse relógio imparável do tempo.
Esta fotografia pode não ser original. Bem sei que já a fiz com o teu irmão. Esta foto pode ser uma repetição, mas tu...ah, minha querida gordinha, tu és única e eu não podia estar mais grata e mais feliz por te ter na minha vida!
És, sem qualquer sombra de dúvida, a peça que falta no puzzle da minha vida!

Com(m)e to Mama

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Shit show

É o que têm em comum os grupos de pais no whatsapp e as caixas de comentários nas redes sociais.
Haver tanta gente parva, com ideias descabidas e discurso de fazer corar as pedras da calçada, tamanhas as barbaridades que são ditas.

Questiono-me quem é esta gente e que seres insuportáveis estão eles a criar? Depois olho para o mundo e tudo faz sentido. Não é o mundo que está podre, são as pessoas e concentraram-se mesmo muitas na turma da minha filha.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Let the games begin

Amanhã inicia a época das festas nesta casa. 
Do aniversário da Gordinha até janeiro, todos os meses há, pelo menos, um evento digno de ajuntamento. 
Se ao menos eu conseguisse passar por todos esses eventos em ácidos, já ajudava. Conhecendo-me como me conheço, resta-me preparar-me para o impacto e aguentar firme, não as festa que se avizinham, mas vivê-las comigo.
Nobody said it was easy...

A cenoura e o burro

Todos sabemos, ou pelo menos já ouvimos dizer, que se queremos que um burro ande mais rápido, é meter-lhe uma cenoura à frente dos olhos.
Todos nós temos um pouco, alguns muito, de burros pelo que, pelo menos para mim, não há cenoura melhor do que ter uma viagem marcada.

São esses dias de merecido descanso e passeio que me fazem aguentar mais um dia de trabalho onde sinto que tenho muito pouco de burra, mas tenho mesmo muito de mula de carga.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Era feliz e não sabia

Ao longo dos anos em que aqui escrevo, excesso de peso foi sempre uma tema (e queixa) constante.
Fui pautando os meu dias por dietas que nunca aconteceram e por lamurias de curvas avantajadas.
Bastou-me ver fotos dessa altura em que me achava gorda e olhar para o espelho agora, para perceber que nunca nos vemos com olhos de ver.

Posto isto, neste momento só desejava ser tão gorda como dizia ser antes.