terça-feira, 13 de agosto de 2024

Quando a mente fica inquieta

Estou de férias a sul é como sempre já tenho a pele dourada e o cabelo salgado. O corpo está cansado dos mergulhos e ralaxado pela ausência de horários, mas a cabeça e o coração inquietos.
Parece que me falta alguma coisa que nem sei bem o que possa ser. 
Talvez ainda não te há conseguido desligar da rotina que pauta grande parte do meu ano. Talvez me falte um amor de verão, daqueles avassaladores e dos quais abdicamos quando escolhemos um amor para o ano (ou vida) inteiro. 
As crianças brincam, as brasas aquecem, a cerveja está gelada e o champagne também. O ar cheira a Algarve, o tempo está doce, a água quente, mas eu estou inquieta. 
Queria que alguém tivesse a respira que eu mesma não sei dar.
Alguma coisa que no meio desta paz me desse um frio na barriga.
Talvez seja eu que não sei viver mo descanso, na quietude de uma vida calma, tranquila e previsível. Talvez devesse aprender. Afinal é isso que todos buscam e em tempos eu também - uma vida na qual se navega por águas calmas e gentis. Agora que a tenho, por vezes sinto que me estou a afogar.
Dizem que mares calmos nunca fizeram bons marinheiros e eu cá acho que a vida me transformou num lobo do mar. Talvez a tempestade pela qual anseio não seja o que eu preciso, mas por agora, gostava de ter algumas ondas a rebentar na areia. 

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