sexta-feira, 7 de junho de 2013

Quando o telefone toca

Já não me bastavam os sms's, sim, os mesmos sms's que às vezes, quando estamos quase a implorar que o telefone toque, dê um bip, um qualquer som que não seja o de ter a bateria a morrer, me fizeram correr para o telemóvel para, ao abrir a mensagem, ver que afinal era só uma promoção tipo 2x1 para pizzas médias e familiares com 4 ou mais ingredientes, agora também telefonam.
Pois que está uma pessoa concentrada a trabalhar, empenhada em fazer pela vida e a focar-se no que realmente importa, quando é interrompida por uma chamada de um número que não conhece. Pois que uma pessoa pára tudo e atende o telemóvel com a voz mais amistosa, prestável  e educada que já se ouviu para do outro lado ter alguém cuja preocupação é apenas e tão somente saber porquê, sim PORQUÊ, como se eu tivesse de lhe dar justificações, que eu não encomendo pizzas há tanto tempo!
Para começar, não sei em que momento me tornei eu numa cliente tão importante que, ao fim de 3 ou 4 pizzas encomendadas ganhei o direito a uma chamada promocional de cortesia e da mais pura preocupação. Acredito piamente que a senhora queria genuinamente saber porque raio teria eu deixado de consumir os seus produtos e que o facto de no fim me impingir mais umas promoções, as quais ela ainda achou que eu ia apontar no papel para não me esquecer, foi única e exclusivamente em prol do meu bem estar e da minha boa alimentação.
Classe era, em vez de me telefonarem a pedinchar um pedido, mandarem-me entregar umas pizzas em casa à borla, assim a título de incentivo para próximas encomendas, mas algo me diz que eles não estão assim tão preocupados comigo.
Se por acaso estiver enganada e vocês me estiverem a ler, a minha favorita é a formaggio e uns pães de alho vêm sempre a calhar.
Vá, e não precisam sequer de me agradecer a sugestão para uma campanha de marketing genial. Ao contrário de vocês, às vezes dou umas borlas.

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