quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Há quem diga que a vida é injusta

Até pode ser, mas a morte também.
Há quem a morte leve cedo demais, mesmo nunca sendo tarde para ir.
É aqui que se redefine o conceito de perda, de abandono, de choque, de planos roubados, de sonhos por concretizar, de revolta, de saudade, de vazio, não por opção de alguém, mas por imposição sabe-se lá de quê.
Não deviam haver vidas assim interrompidas, filhos que ficam sem o pai, mães que ficam sem os filhos, amores que ficam sem a outra metade, amigos que ficam sem amigos...
Resta encontrar um cantinho onde caiba a saudade, que nunca cabe, transborda, e arranjar forças para continuar a andar ainda que no início nos pareça sem rumo.
Que merda de vida? Eu prefiro dizer: que merda essa morte!

2 comentários:

  1. Sei do que falas, porque o escreves, e a quem te referes. Não convivi muito com essa pessoa, embora me lembre perfeitamente bem dela (dele).
    Fiquei em estado de choque. Poderia ter sido qualquer uma daquelas almas que por lá estão. E isso assusta-me. Começo a pensar se realmente vale a pena todo o sacrifício de viagens, de estar longe de casa, da família, para ter o mínimo de condições de vida. Arriscamos o nosso Ser e depois, para quê? Não consigo sequer supor o que será perder um amigo próximo. Fisicamente pelo menos. Se já psicologicamente um afastamento me deixa KO, e me faz cair, acho que morreria um pouco também com a partida física dessa pessoa. É assustador.. :(

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