sábado, 22 de outubro de 2022

Anita, vamos lá ver se nos entendemos

Foca-te no que é importante e, neste momento, o mais importante és tu.
Olha à tua volta. Vês? Isso foste tu que construiste e fizeste-o com a determinação, com o empenho, com o amor e dedicação que só os grandes têm.
Dizem que os homens não se medem aos palmos, mas as mulheres também não e tu, apesar dos teus 160cm, és enorme. Pois sim, já sei que às vezes andas aí aos tombos, na verdade é mesmo aos trambolhões, mas não me interrompas. É que nisso de andares aos trambolhões não é nada de original. Acontece a todos. A questão é que tu levantas-te e, podes não acreditar, mas levantas-te sempre um pouco mais forte.
"Ai, mas quando é que as coisas passam?" 
Já não te posso ouvir fazer essa pergunta. A que devias fazer e não fazes é "quando é que eu vou parar de pensar nos outros e pensar realmente em mim?". Aí sim eras uma menina bonita. Se em vez de perguntar fizesses, então ias ver que afinal era só mesmo isso que precisavas de fazer para as coisas andarem para a frente.
Não te contentes com pouco por achares que podes nunca vir a ter muito. Mentira. Basta estarmos prontos para receber que as coisas aparecem. Prepara-te! 
Deixa de fazer dos outros o teu grande projecto. O maior projecto de todos és tu. 
Às vezes tenho de te vir lembrar destas coisas, por vezes à bruta, bem sei. Todos têm dificuldade, uns mais do que outros, em ouvir a voz da consciência, mas a verdade é que a resposta para quase todas as perguntas estão lá, se as quiseres ouvir.
Agora que já paraste, respira. Não, não é esse arfar. Respira fundo. Isso...
Não percas o norte com que tantas vezes já te alinhaste e nunca deixes de acreditar. Não hipoteques os teus sonhos nem te prendas a nada nem ninguém que não os partilhe contigo.
Usa essa tua luz que sempre atraiu as pessoas e que sempre te tornou especial para ver o que a vida te traz, mas por favor, vê se me vais dando ouvidos para não dar asneira. Por muito que te irrite admitir eu sei tudo. Quase tudo, vá.
Agora vai. Levanta essa cabeça, empina esse nariz, limpa essas lágrimas que só te trazem papos nos olhos e pés de galinha, sacode o cabelo e põe-te a caminho. Não. Não me perguntes para onde. Tu sabes bem a direcção.
Depois passo por aqui para ver se me deste ouvidos ou se vou ter de te dar um puxão de orelhas em vez destas conversas em que te sento ao meu colinho. 

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