sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

É Carnaval, ninguém leva a mal

É exactamente isto que eu espero que pense a senhora da loja de brinquedos onde eu fiz um fabuloso desfile de máscaras de Carnaval.
Realmente eu não gosto muito do Carnaval, mas nunca disse que não gosto de ir para as lojas que vendem artigos para o efeito experimentar tudo o que de mais ridículo existir.
Diz que fazer figuras de parva nas lojas me provoca umas boas gargalhadas. É terapêutico.
De entre as 476 perucas que experimentei, dos 1230 tipos de chapéus [capacetes de Vickings cornudos incluidos] aquilo que realmente me fez gargalhar até me sair uma lagrimita foram as fabulosas fotos que ilustram as embalagens onde vêm os fatos associadas ao nome [há que salientar o facto de estarem escritos em Português e em Espanhol, o que nalguns casos me fez lembrar um filme ou outro de orçamento mais reduzido e falas quase inexistentes] que algum iluminado deu àquelas máscaras.
Não percebo bem o conceito do Carnaval de hoje em dia, mas ao que parece é cada vez mais parecido com o Halloween do que outra coisa. É que se não nos quisermos mascarar de Noiva Morta Adulta, de Vampira [esta até me podia ficar bem, não fosse a pobrezinha estar encafuada num caixão!], de Enfermeira Assassina [também havia a versão psicopata para as mais retorcidas], de Alice Embrujada [desculpem-me os fundamentalistas da Língua Portuguesa, mas em Espanhol soa melhor], de Pêga Cigana [pronto, confesso: não era pêga que lá estava escrito, mas não me lembro do que lhe chamaram e era mesmo isso que ela parecia] ou Freira de Satã [mais uma vez estou a acrescentar detalhes ao nome baseando-me apenas na foto], restam-nos as Bombeiras Adultas, as Piratas [do Montijo], as Índias [esta não chagava lá sem o nome pois o vestido parecia uma camurça de limpar os carros e os restos mortais do que outrora deve ter sido um espanador dos chineses].
Para eles [sim, eles também têm de ir para a festa a preceito], faço um grande LIKE no Toureiro, no Matador [quase igual ao Toureiro, mas com menos brilhos, assim mais ao estilo Pedrito de Portugal], no Mexicano [podia ser outra coisa qualquer se não tivesse o belo do sombrero a dar o toque], no Rumbero [priceless! uma versão Elvis Presley, mas com muitos, muitos folhos coloridos nas mangas e nas calças à boca de sino] e no Mongue [se lá estivesse escrito Mongo ninguém dava pela diferença].
Para os homens que, não sei se por algum recalcamento, se por má orientação sexual ou porque a curiosidade de estar na pele de uma mulher é maior do que...a sua masculinidade, todos os anos insistem em mascarar-se de um espécime do sexo oposto, recomendo a máscara de Criada de Servir Matrafona. Muito boa!
Claro está que depois de ver todas as inúmeras, fantásticas, brilhantes, faubolas e encantadoras hipóteses existentes, fiquei numa baralhação que só visto e saí da loja de mãos a abanar. Valeram as gargalhadas e a cara da moça a quem acidentalmente estragámos o serão parada no meio do corredor, a bufar e de mão na anca, a olhar para as fatiotas.

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